segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Construindo atitudes positivas nos negócios

Por Jerônimo Mendes

Atitudes mentais positivas são fundamentais para prosperar no mundo dos negócios. Nada na vida pode ser construído sem paixão e entusiasmo.

De acordo com Jeffrey Gitomer, autor de O Livro de Ouro das Atitudes, criar uma percepção e uma conscientização sobre atitude são os primeiros passos para adquirir uma atitude positiva. Poucas pessoas são ensinadas a manter uma atitude positiva desde a infância e isso não faz parte do currículo escolar.
A maioria delas acredita que tem atitudes mentais positivas, mas, na prática, ao menor sinal de pressão, desanimam com facilidade e acabam destruindo o pouco que conseguiram construir em momentos de lucidez. Otimismo e pessimismo se alternam com predominância do segundo. É a sua mente negativa conspirando com frequência.
Aposto que se você perguntar a todos os seus amigos a respeito, muitos vão dizer que se consideram pessoas otimistas, de atitude, capazes de superar problemas com frequência. É difícil admitir o contrário.
Da mesma forma, você já notou que a atitude mental positiva de algumas pessoas incomoda? A impressão que se tem é a de que uma pessoa otimista é alienada, vive no mundo da lua, não tem noção da realidade.
De fato, para muitos, é menos doloroso, ou mais prazeroso, pensar assim do que tentar mudar a sua própria condição. A síndrome do "coitadinho" é inerente ao ser humano, utilizada como refúgio e justificativa para tudo aquilo que a sua atitude mental negativa não consegue mudar.
O lado ruim de tudo isso é que, quanto mais você avança no tempo, mais difícil se torna a mudança. Portanto, enquanto ainda é jovem e tem um bom tanto de vida pela frente, quanto mais rápido você ajustar o discurso e a sua forma de pensar, mais benefícios vai atrair para sua vida e para seus negócios.
Em síntese, quanto mais você trabalha sua atitude, menos vulnerável se torna em relação aos aspectos negativos provocados por ela. Ao ler as histórias de Akio Morita (Sony), Soichiro Honda, Alexandre Costa (Cacau Show), Raul Candeloro (Venda Mais) e Eloy D´Avila (Flytour), entre outros, vai descobrir o verdadeiro valor de uma atitude mental positiva. Todos prosperaram em meio ao caos.
Agora, vamos transportar tudo isso para o mundo dos negócios. Se você possui uma atitude mental negativa, o sucesso alheio incomoda, chega a dar ódio. Por que é que você trabalha tanto para conseguir um pouco e algumas pessoas, para as quais você não dava nada, continuam prosperado?
Parte disso está diretamente relacionada com os seus modelos e as suas atitudes comparadas com as do seu suposto concorrente. Não estou falando aqui de grandes corporações. Refiro-me a pequenas e médias empresas que ainda seguem lutando para se posicionar no mercado e se manter em pé. O que acontece nas grandes corporações é uma realidade bem diferente.
Como mudar isso? A reflexão e a resposta para algumas questões são fundamentais para descobrir de que lado você está. A realidade não muda se você não mudar a forma de encarar as adversidades que estarão caminhando, lado a lado, até o fim da jornada, na vida e nos negócios.
1. Você é um empreendedor entusiasmado? Nada pode ser construído sem paixão e entusiasmo, portanto, ao empreender, coloque toda sua alma nisso, procure ver o lado bom das coisas e lembre-se de que, para tudo na vida, existe uma ou mais saídas.
2. Você se considera intimamente feliz? Se o dinheiro for a sua única esperança de vida, você nunca alcançará essa tal felicidade, portanto, a despeito de tudo o que possa lhe acontecer nos negócios, e vai acontecer, o que vai mantê-lo vivo é a sua felicidade interior; com dinheiro ou sem dinheiro, siga em frente, continue caminhando, pois, as coisas mudam com rapidez.
3. Você tem um bom discurso? Fale sobre o lado bom das coisas, mantenha um diálogo aberto e positivo, ignore a concorrência, mantenha distância daqueles que tentam desencorajá-lo, faça exatamente aquilo que a sua atitude mental positiva manda; priorize palavras que aumentem a sua atitude positiva.
4. Você focaliza as oportunidades em vez dos obstáculos? Já dizia Henry Ford que obstáculos são aquelas coisas medonhas que você quando tira os olhos do seu objetivo principal, portanto, evite coisas do tipo "não posso", "não devo", "não quero", "não vou" e utilize mais frequência "como", "quando", "o que", "quem" e "quanto".
5. Você procura aprender e crescer todos os dias? O mundo dos negócios é muito dinâmico e está em permanente reciclagem, portanto, é necessário reavaliar o conhecimento todos os dias; não há nada que não possa ser ensinado e nada que não possa ser aprendido; quanto mais você aprende sobre o seu próprio negócio, mais eleva a sua própria condição.
6. Qual é a origem da sua motivação? Se o seu negócio, de alguma forma, existe para ajudar milhares de pessoas, é um bom começo; embora seja necessário ganhar dinheiro, o desprendimento em relação ao dinheiro vai torná-lo mais útil e produtivo do que a maioria dos empresários que conheço.
7. O seu sucesso arrasta os outros para o sucesso? Não há nada mais encorajador e gratificante do que gerar prosperidade e torcer pelo sucesso das pessoas que trabalham contigo e dependem do seu negócio; o propósito de fazer as pessoas mais felizes faz toda diferença no sucesso da Disney.
Como diz o próprio Gitomer, atitude positiva não tem nada a ver com o que lhe acontece ou acontece com os seus negócios, mas, o que você faz com o que lhe acontece ou como você reage a isso.
Pense nisso, empreenda e seja feliz!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

10 livros que todo administrador deve ler

Por Simão Mairins 

Veja algumas obras que não podem ficar de fora da lista de leituras de nenhum profissional de negócios.

Desde que o homem inventou a escrita, o registro gráfico da palavra – independente do idioma e do suporte – se constituiu como o principal instrumento de armazenamento e difusão do conhecimento. Em um papiro ou num iPad, ideias circulam, pensamentos se renovam, teorias fundamentam revoluções. Apareceu o rádio, a TV, a internet, nós mudamos a nossa forma de ler e o termo “texto” ganhou uma multiplicidade de significados. Mas ele, o livro, nunca deixou de existir. 
Hoje, ele pode ser de papel – novo ou empoeirado. Pode ser digital – no PC, no Kindle, no iPad ou mesmo no celular. Independente da maneira como o vemos, o livro continua cumprindo seu papel, de salvar o pensamento e registrar a história para que tudo chegue às outras pessoas lá na frente.
Levando em conta essa importância, resolvemos preparar uma lista com sugestões feitas por profissionais de diferentes segmentos do mundo dos negócios, da nossa equipe e de vocês leitores, através do Facebook e do Twitter. O objetivo, evidentemente, não é esgotar aqui toda a bibliografia interessante à área de Administração (talvez, nem um site inteiro fosse suficiente para isso, um post então...), mas apresentar obras que fizeram a diferença na vida e no trabalho de gente que tem a Administração e o mundo dos negócios enquanto parte fundamental de sua vida, seja o nosso colunista Stephen Kanitz, o escritor norte-americano Carmine Gallo, a nossa equipe ou vocês.
Vejam abaixo:
Imagem: divulgação/Editora Campus

Vantagem competitiva das nações, 
de Michael Porter
 “O livro que destrona ‘Riqueza das Nações’, de Adam Smith”.
Indicação de Stephen Kanitz - mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, e autor da coluna Ponto Final, na revista Administradores.
Blink: a decisão num piscar de olhos, de Malcolm Gladwell, autor de “O ponto da virada” e “Fora de série”
“O livro me foi recomendado (e presenteado) pelo meu super monitor de Psicologia Aplicada à Administração, Lucas Funchal e, bem, é revolucionário porque afirma que decisões acertadas não são sempre fruto de longos processos decisórios e de coleta de informações. Uma decisão rápida também pode ser ótima! Ele aborda a existência de um "inconsciente cognitivo" (expressão minha para diferenciar do inconsciente de Freud) que ele chama de inconsciente adaptável. Bem, para saber mais, é preciso ler o livro. Decida-se logo!”
Indicação de Silvia Generali, professora da UFRGS e autora do livro Psicologia aplicada à Administração.
Think and grow rich (no Brasil, "Quem pensa enriquece"), de Napoleon Hill
“Apesar de ter sido escrito há mais de 70 anos, o conteúdo ainda é atual ao abordar a essência do processo de construção de riqueza e sua relação com o funcionamento do cérebro. O autor é extremamente convincente ao demonstrar que a atitude das pessoas é fator imperativo em sua prosperidade, mais do que o acesso à informação ou formação privilegiada. Os exemplos do livro tratam tanto de formação de riqueza pessoal quanto empresarial, explicando a relação entre as duas. Mesmo sendo um pesquisador no assunto, mudei algumas de minhas convicções após a leitura dessa obra de Napoleon Hill”.
Indicação de Gustavo Cerbasi, administrador, consultor financeiro, autor do best-seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” e apontado em 2009 pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes.
Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie
“Se pensarmos que alguns fatores cruciais de sucessos dos negócios estão na habilidade de cultivar relacionamentos estratégicos e gerenciar pessoas, é fundamental ler essa obra e incrementar sua habilidade de networking e talento para lidar com os recursos humanos”.
Indicação de Edney Souza, pioneiro da blogosfera no Brasil, responsável pelo Interney.net, um dos blogs mais populares do Brasil.
Em Frente! - Como a Starbucks lutou por sua vida sem perder a alma, de Howard Schultz (CEO da Starbucks)
“Howard Schultz mudou a forma como eu vejo a comunicação nos negócios. Eu o entrevistei alguns anos atrás e, revendo a transcrição, percebi que ele não usou, em nenhum momento, a palavra “café”. Schultz ama café, mas sua grande paixão é criar um ambiente de trabalho que faça as pessoas se sentirem bem e uma cultura que recompensa os serviços de atendimento mais excepcionais. Há uma diferença entre o produto que você vende e o que esse produto representa. Schultz nos lembra que paixão é tudo”.
Indicação de Carmine Gallo - norte-americano, é especialista em técnicas de comunicação, escreve para a revista BusinessWeek e é autor dos livros “Faça como Steve Jobs” e “Inovação – a arte de Steve Jobs”.
O fim do marketing como nós conhecemos, de Sergio Zyman
 “De uma forma ácida, clara e contundente, Zyman conta em detalhes o case da New Coke, outros vários erros (que ele nunca assume) e traz conceitos super interessantes de como lidar com marketing, vendas, branding, pessoas etc.”
Indicação de Marcos Hiller - coordenador do MBA Gestão de Marcas da Trevisan Escola de Negócios e colunista do Portal Administradores.
SUGESTÕES DA REDAÇÃO
Conversamos, analisamos, discordamos, concordamos e chegamos aos dois títulos abaixo, que deixamos aqui como nossas sugestões de leitura indispensáveis a todo administrador:
Estratégia competitiva, de Michael Porter
Lançado nos anos 1980, o livro colocou o nome de Michael Porter de forma definitiva na lista dos principais pensadores do management mundial e é a base dos os estudos que compõem suas obras seguintes, “Vantagem competitiva” e “A vantagem competitiva das nações”. 
Imagem: divulgação/Grupo A

Safári da Estratégia, de Henry Mintzberg
Um livro fantástico que reúne os principais estudos a respeito da estratégia já feitos no mundo, desde a Antiguidade até hoje. Uma obra que foge das tradicionais receitas de bolo sem deixar de ser didático, o livro é um instrumento fundamental para estudantes de Administração e qualquer interessado em compreender o que de fato é ser estratégico.
AS SUGESTÕES DOS LEITORES
A Arte da Guerra ganhou várias edições no Brasil (Imagens: reprodução)

Entre os nossos seguidores no Twitter e fãs no Facebook, os dois livros mais citados foram “A arte da guerra”, de Sun Tzu, e “O monge e o executivo”, de James C. Hunter. O primeiro, como o próprio título sugere, é sobre estratégia. Mais especificamente, um tratado militar do século IV a.C. que influenciou diversos líderes ao longo da história e até hoje se mantém muito atual. Já o último, utilizando como gancho um encontro entre líderes de diversos segmentos em um mosteiro no norte de Michigan, aborda o tema “liderança” sob a perspectiva do líder servidor.
Finalizada a lista, você deve estar se perguntando: sim, mas nenhum livro de Peter Drucker? Respondemos: sim, nenhum livro de Drucker. E o motivo é simples: esse dispensa indicações, é leitura obrigatória para todo administrador e estudante de Administração.

Nenhum líder é formado em salas de aula


Ensino de técnicas de gestão dissociado da experiência de trabalho produziu uma geração de administradores ruins.

Por Henry Mintzberg
Quem nos colocou nessa situação? Os responsáveis pela crise financeira não são somente economistas irresponsáveis e credores gananciosos. Os líderes também tiveram o seu papel, afastando-se da administração de suas companhias e dos seus eventos do dia-a-dia. E por trás disso está um processo educacional que encoraja esse comportamento.

Como eu explico detalhadamente no meu livro,Managers not MBAs (MBA? Não, obrigado!, no Brasil), o MBA é uma educação mais refinada – mas sobre funções de finanças, não no exercício de administração. Essa é uma prática que deve ser aprendida no ambiente de trabalho: nenhum gestor, muito menos líder, foi formado em uma sala de aula. Na verdade, programas de MBA que dizem fazê-lo deixam a impressão de que os seus graduados podem administrar em qualquer contexto profissional. Isso é uma falácia e um perigo.
Então qual é o objetivo da educação de administração? Resumindo, ela deve mesclar-se ao desenvolvimento organizacional e de gestão. Para começo de história, precisa ser restrita àqueles que já exercem funções de gestão no ambiente de trabalho. Em vez de retirá-los para a sala de aula, eles deveriam permanecer em suas posições, alternando entre discussões no curso e aplicações práticas. Dessa forma, intercalando o aprendizado com a ação, essa educação pode conectar-se mais eficientemente à experiência de trabalho.
Imagem: Thinkstock

É fácil falar, mas como fazer? Estivemos trabalhando há 15 anos em um conjunto de programas incomuns, criados com a ideia de que gestores aprendem melhor recuando um passo das pressões do seu trabalho para refletir sobre as suas experiências. No programa International Masters in Practicing Management, que está funcionando desde 1996, os gestores participantes sentam-se em mesas redondas de uma sala de aula comum para que possam refletir sobre as suas experiências e partilhar insights entre si. Tudo que nós educadores ensinamos é carregado para essas mesas e conectado ao contexto.
Esta se provou uma forma poderosa de aprendizado. O nosso desafio, contudo, vem sendo carregá-la para o ambiente de trabalho onde ela pode ter um impacto real. Ultimamente, nós utilizamos duas maneiras criativas de alcançar esse objetivo: uma que agrega o aprendizado da sala de aula ao lugar de trabalho e uma que traz o aprendizado diretamente ao local de trabalho. Nós acreditamos que essas duas ideias podem formar uma revolução no desenvolvimento de gestão e educação.
Duas soluções
Nunca mande uma pessoa alterada para uma organização inalterada. Todos nós já ouvimos isso, e mesmo assim é o que fazemos. Nos programas, nós podemos encorajar os gestores a utilizar o seu aprendizado, seja transmitindo-o a seus colegas de trabalho ou usando o que eles aprenderam para transformar as suas organizações. Muitos gestores fazem ambos, mas dificilmente de uma forma suficientemente coordenada e metódica.
O problema é que o grupo de alunos na sala de aula se divide depois em gestores sozinhos em seu ambiente de trabalho. Nós discutimos o assunto em um workshop com representantes de duas das companhias envolvidas com o IMPM desde a sua criação, Lufthansa e Rio Tinto, e chegamos a uma intrigante solução: reforçar cada gestor na sala de aula com um "time de impacto" em sua empresa composto de subordinados diretos ou colegas de mesmo nível. Essas pessoas participam efetivamente do programa, mas virtualmente: um aluno efetivo alavanca cinco outros em seu trabalho. Juntos, eles podem tornar-se um time entusiasmado para implementar mudanças.
A segunda ideia, trazer o aprendizado ao lugar de trabalho, veio de um gerente familiar com o nosso programa IMPM. Ele sentiu a necessidade de desenvolver os seus próprios gerentes, mas não tinha orçamento para mandá-los todos a algum programa. Então sugeriu que nós trouxéssemos esse tipo de aprendizado ao seu lugar de trabalho: periodicamente reunir os seus gerentes ao redor de uma mesa para que possam refletir sobre as suas experiências e partilhar as suas preocupações e insights. Ele fez exatamente isso, de maneira informal em almoços a cada semana, usando parte do material do IMPM para iniciar as discussões.
Essa ação foi tão bem-sucedida, tanto promovendo mudanças no ambiente de trabalho quanto desenvolvendo os gerentes, que continuou por dois anos. Essa experiência nos levou a incorporar a ideia inteira na forma do CoachingOurselves.com, permitindo assim que outros grupos de gerentes façam o mesmo. Hoje, as companhias se juntam ao programa, formam pequenos times de gestores e fazem o download de materiais sobre vários tópicos de gestão (por exemplo, Desenvolvendo a Nossa Organização como uma Comunidade, Reconhecendo a Gestão Média) para aperfeiçoamento pessoal e organizacional. Algumas companhias estão usando o CoachingOurselves para trazer mudanças verdadeiramente efetivas em seus negócios.
Essas são duas ideias simples: ligar o aprendizado na sala de aula ao ambiente de trabalho e trazer o aprendizado em si para esse ambiente. Em ambos os casos, os gerentes usam o conhecimento adquirido para implementar mudanças. Mas a grande diferença da educação de gestão convencional é o fortalecimento da ligação entre os gestores e as suas organizações. E essa pode ser uma boa forma de ajudar a prevenir outra confusão administrativa.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Capacitação profissional, um desafio para toda a sociedade

Por Jonathan Dagues em 26.11.2012 

Muito se tem falado sobre a dificuldade de encontrar profissionais capacitados para o mercado de trabalho. Leio matérias jornalísticas em que profissionais de recursos humanos dizem que estão diminuindo seus pré- requisitos para conseguir recrutar profissionais para as organizações, já que não conseguem preencher as vagas.
Primeiramente, é importante compreender por que estamos passando por esse processo no Brasil, e várias razões nos levaram a esse cenário. A primeira, e inegável, é a baixa qualidade da educação brasileira. Se ampliamos o número de estudantes nas escolas nos últimos anos, não o fizemos de forma sustentável e com qualidade. O ensino superior, por exemplo, deve apresentar um crescimento de 11% em número de alunos em 2012, em relação ao ano passado, chegando a 6,1 milhões de estudantes no país, segundo estudo do Semesp, sindicato que reúne grupos privados de ensino superior do Estado de São Paulo. O levantamento mostra ainda uma forte evolução no número de matrículas entre 2000 e 2010, período em que o crescimento acumulado atingiu 103%.
Além da qualidade do ensino nos mais diversos níveis, um segundo ponto a se considerar é o impacto causado pelas novas tecnologias da informação e comunicação no mundo do trabalho. Veja o exemplo de minha área de atuação, a logística e o marketing promocional. A atividade, que envolve o controle de diversos processos (recrutamento de mão de obra, treinamento, gestão de estoque, reposição de produto no ponto de venda, promoção para efetivação de vendas), está cada vez mais contando com o suporte de ferramentas tecnológicas que exigem habilidades operacionais.
Nesse contexto, hoje, a tecnologia tem caráter obrigatório para o sucesso da atividade promocional e de tantas outras. São utilizados softwares para gestão de equipes, controle do fluxo de reposição de produtos, meios informatizados de precificação de itens nas gôndolas etc. Há, cada vez mais, novos e específicos softwares para o bom desenvolvimento das tarefas (alguns criados pelas próprias empresas) a fim de atender necessidades particulares dos clientes dos mais distintos segmentos.
Assim sendo, é de se esperar que haja uma dificuldade maior de inserir e capacitar os profissionais para ocuparem as vagas nas organizações. Integrar a iniciativa privada com as necessidades de nossa sociedade contemporânea no campo do trabalho é imprescindível. A capacitação é também papel das empresas.
Nesse sentido, desenvolvemos o Projeto Capacitar, que já acontece há quatro anos e que treina, gratuitamente, 300 profissionais por ano para atuarem em atividades promocionais. Entendemos que, assim, melhoramos a qualidade da mão de obra que opera em nosso segmento e ampliamos o reconhecimento por parte de nossos clientes, parceiros, e dos próprios consumidores, no que concerne à seriedade e importância da atividade promocional. Para que haja um bom desempenho da indústria e do varejo, é fundamental que exista qualificação do funcionário que atua no marketing promocional.
Dos 300 profissionais que formamos no ano passado, muitos foram aproveitados em nossa própria operação. Alguns são recrutados de imediato para ações pontuais, outros passam a integrar equipes de atendimento contínuo de indústrias clientes, ou, ainda, tem seus currículos registrados em nossos bancos de dados para aproveitamento em oportunidades futuras, o que realmente acontece. Geramos, anualmente, um total x oportunidades de emprego no Brasil.
É importante lembrar que, ao fazermos parte de um segmento, temos compromisso com toda a cadeia que ele agrega, e mais, com toda a comunidade, com a sociedade em que está inserida. Ao investir em treinamento, melhora-se o desempenho do setor, decrescem os prazos produtivos, aumentam as motivações individuais, diminuem os acidentes trabalhistas e transtornos diversos. Isso vale para o marketing promocional, para a construção civil, para o segmento industrial, enfim, para qualquer campo de atividade. A qualificação da mão de obra é um dos grandes problemas que o Brasil terá que enfrentar para continuar crescendo. Nós estamos atentos e buscando colaborar para transpor esse gargalo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SEM VENDAS NADA ACONTECE


Por Mauricio Hasbeni

Os principais responsáveis por trazer dinheiro para as empresas são os vendedores.Mas muitas dessas empresas ainda veem o vendedor como um profissional quebra-galho.
Não tem estudo? Coloque ele(a) como vendedor(a).
Não tem experiência? Coloque ele(a) como vendedor(a).
De nada adianta o empresário ter o capital, os melhores executivos, a fábrica mais eficiente, o melhor produto do mercado, a campanha de marketing mais pegajosa se as pessoas (clientes) não comprarem seus produtos.
Mesmo assim, os vendedores são os profissionais menos prestigiados nas empresas.
Estudos mostram que o número de vendedores vêm caindo, pois enfrentam rotinas extenuantes, ganham pouco e não recebem os treinamentos adequados.
Mas essa situação tende a mudar com a nova visão da gestão estratégica de pessoas. E o motivo é meramente econômico.
Segundo a consultoria McKinsey, um vendedor de alta performance vende três vezes mais que um colega mediano. Mas vendas de alta performance não é nada simples. Requer muito estudo, preparação, motivação diária, mais técnica, mais conhecimento de relações humanas. Ainda há muito pouco de ciência e muito de arte e intuição naquilo que separa um craque em vendas de um "tirador de pedidos".
Quando tudo vai bem, os produtos, praticamente, se vendem. Mas quando a maré não está para peixe, o telefone da empresa não toca nem por engano, é o vendedor de alta performance que faz a diferença. E para isso ele precisa estar preparado.
Hoje, a contratação de vendedores por competência vem se tornando prioridade estratégica para algumas empresas. Empresas inteligentes tem descoberto que dá para fazer mais com o mesmo. Que é possível crescer sem investir, diversificar ou arriscar. Basta vender mais usando a mesma estrutura. Mas para isso, deve-se aumentar a produtividade da equipe de vendas, pois esse é o jeito mais barato e menos arriscado de crescer.

MAURICIO HASBENI
Advogado Especialista em Direito Empresarial pela FGV.
Certificação Internacional Professional & Self Coaching pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching.
Criador e Coordenador do Clube do Empreendedor.
Consultor para pequenas e médias empresas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Líderes despreparados: por que muitos deles têm tido sucesso?

Por Silvio Celestino

Quando um profissional deseja ser o principal líder da organização simplesmente para ganhar dinheiro, ter status e poder, empresa e equipe devem ficar em alerta.

Em geral, o sucesso leva ao orgulho. E o orgulho, ao fracasso. É comum um profissional almejar o posto mais alto da companhia. Esse desejo é saudável, desde que seja acompanhado de um propósito empresarial – e pessoal – maior. Ou seja, é válido querer ser o presidente da empresa por ter um pensamento novo, de como ela poderia atender melhor os clientes, crescer e oferecer melhores condições aos seus funcionários. Entretanto, quando o indivíduo deseja ser o principal líder da organização simplesmente para ganhar dinheiro, ter status e poder, causa grandes danos à organização e às pessoas.
A soberba de estar em uma posição de poder, acrescida da ausência de propósitos elevados, promove as condições para que o indivíduo, principalmente aquele de má índole, se deixe levar por ambições negativas.
O que faz um bom líder é o seu propósito. Esse desígnio pode ser de construção, no qual identificamos elementos de coexistência e de desenvolvimento. Ou pode ser destrutivo – e nesse caso observamos evidências de desconstrução, desrespeito a normas e pessoas.
Não é fácil fazer frente a um líder de destruição, quer seja individualmente ou em grupo. Afinal, o ato de destruir é muito mais fácil que o de construir. Um edifício demora anos para ser erguido. Exige planejamento, técnica, método e pessoas trabalhando em conjunto até a sua conclusão. Para destruí-lo, um explosivo pode fazê-lo em questão de segundos. Por isso é que um líder de destruição não precisa ser tão inteligente quanto aquele que constrói. E, em geral, não é.
O mesmo ocorre com as empresas. Décadas de construção podem ser arrasadas com a simples ascensão de um líder destrutivo a uma posição relevante. Geralmente, adotam estratégias equivocadas, removem pessoas-chave de postos fundamentais, promovem indivíduos despreparados – mas que são bons puxa-sacos – e desdenham regras, auditoria e planejamento. Com frequência, se beneficiam de acordos obscuros e questionáveis com fornecedores.
Normalmente, o líder destruidor chega a essas posições por sua capacidade de gerar resultados financeiros. Isso chama a atenção de acionistas e, com a habilidade de esconder seus métodos, acaba por ser visto de forma favorável.
Somente no longo prazo aparece o verdadeiro resultado de suas ações, e do grupo que o acompanha: a destruição. Ela pode vir em forma de um dano à marca, à reputação da empresa, alta rotatividade e, nos casos mais agudos, acidentes e falência da companhia.
Por essa razão é que existe a necessidade, cada vez maior, de formar bons líderes e fazê-los se interessar em ocupar posições relevantes nas empresas, no governo e no mundo. Não adianta que pessoas de boa índole se graduem em excelentes universidades, aprimorem suas competências em cursos, workshops e coachings executivos, se não tiverem energia e desejo de ocupar cargos de grande responsabilidade. É preciso fazer isso imbuídos de propósitos elevados.
Infelizmente, nossa cultura, até nas organizações, valoriza demais quem fala bem e não necessariamente quem pensa bem. Muitas vezes observamos que a liderança é selecionada pela forma como expressa ideias, e não pelo conteúdo de sua fala e capacidade de reflexão. O mundo e as empresas estariam em melhores condições se refletissem profundamente sobre o significado das palavras pronunciadas por líderes. E se avaliassem, com severas restrições, seus resultados no curto prazo, carisma e capacidade de emocionar a plateia. Vamos em frente!
Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching e autor do livro "Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira". No Twitter, siga @silviocelestino. 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O líder coach e sua importância corporativa


O mundo corporativo anseia por gestores que façam diferença na vida das pessoas

Por Fernando Borges Vieira em 24.09.2012
No mundo corporativo não são raras as vezes nas quais um profissional é alçado à condição de líder. Problema algum haveria se este profissional almejasse esta liderança, o que pressupõe tenha se capacitado e orientado seus esforços neste sentido. Problema haverá sim se o mesmo passou a líder sem que estivesse atento a esta possibilidade, o que faz pressupor, por sua vez, que ele não tenha se preparado.Um dos primeiros dentre tantos questionamentos que orbitarão a mente do novo líder será sobre qual estilo de liderança adotar.
Neste sentido, enumero as seis principais espécies de líder:
1- o educador (coach), que realiza junto com o liderado de sorte a ensiná-lo;
2- o democrático, aquele ouve e aprende com quem sabe realizar;
3- o liberal, que deixa realizar quem já sabe realizar;
4- o autocrático, que apenas determina o que e como tem de ser realizado;
5- o popular, que é carismático e mantém bom relacionamento com todos;
6- o ausente, ou seja, aquele que não acompanha de perto seus liderados.
Exceção feita ao líder ausente (será que é líder?), todas as demais espécies e características hão de compor o perfil de liderança, pois caberá ao líder buscar o equilíbrio e adaptar suas ações ao liderado, ao grupo e ao momento.Contudo, merece atenção ao líder coach, aquele que desenvolve as competências de seus liderados e permite que cada qual contribua de modo mais eficaz à consecução de um objetivo comum.Este líder, antes de tudo, deverá se perceber como líder e não como chefe -- este possui objetivos sem visão ampla, apenas informa e treina seus subordinados, é centrado no produto e no resultado, obedece às diretrizes de um projeto e as executa, é tão somente leal ao valor predominante, é eficaz e estável.
O líder, por sua vez, possui objetivos e uma visão do todo. Ele se comunica, é centrado no cliente e no resultado, desenvolve e orienta seus subordinados, critica as diretrizes e sugere alternativas e, mais do que leal, é comprometido com o valor dominante; é inovador e empreendedor.O líder-treinador (coach) age sobre o liderado para que suas capacidades se desenvolvam e se exteriorizem e, para tanto, vale-se de treinamento (coaching) que, em brevíssima síntese, nada mais é do que um processo integrado por atuações voltadas ao auto-desenvolvimento, por meio do qual o líder desenvolve as competências de seu liderado e o orienta de forma a mantê-lo sempre alinhado e congruente com suas metas e seus objetivos.
O verdadeiro coach apresenta as seguintes características técnicas e conhecimento de habilidades:
1- Utiliza a disciplina como motivação e estímulo: os outros são o fim; os objetivos e metas formam junto com o resultado o seu corolário; ele utiliza muito o recurso de reuniões e procura e valoriza muito a sinergia; delega, orienta e reconhece;
2- Estimula o feedback: tem o desempenho como resultado, transforma os erros em aprendizado e promove o desenvolvimento;
3- Conserva a habilidade de ouvir e considerar: ele respeita e reconhece as ações de seus liderados (seu fim), canaliza os conflitos na direção do crescimento, usa a crítica como ferramenta e incentiva o trabalho em equipe.De fato não há mais espaço para àqueles chefes ortodoxos e burocráticos, pois o mundo corporativo anseia por verdadeiros líderes que, além de fazerem a diferença na busca de melhores resultados, são capacitados para o coaching.
Estes profissionais são muito valorizados, sobretudo por conservarem a capacidade de transformar as pessoas e o mundo à sua volta, extravasando a mesmice da qual muitas empresas são reféns.Mais do que agente desta mudança, ao coach compete disseminá-la, preparando seus liderados para que desenvolvam suas competências e garantam a continuidade - e também disseminação - da criticidade e de uma cultura corporativa diferenciada e produtiva.
E você? Está preparado para ser um verdadeiro líder coach ou continuará a ser o chefe de sempre?
Fernando Borges Vieira atua no ramo do direito empresarial preventivo e contencioso. É sócio do escritório Manhães Moreira Advogados Associados, onde coordena as áreas de Inteligência das Relações de Trabalho e Comunicação Corporativa.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Que KPI’s utilizar em sua estratégia em mídias sociais


Com o advento de redes sociais as empresas investiram grandes somas de dinheiro para ter uma presença em si, muitas vezes sem objetivos claros. Atualmente as empresas estão começando a concentrar seus esforços em estabelecer metas e medir resultados. Uma parte fundamental da medição de desempenho é estabelecer indicadores (KPI), eles nos permitem saber se as estratégias e os objetivos foram alcançados com sucesso.
Com as métricas também possível medir o retorno sobre o investimento (ROI) em mídias sociais, no entanto a verdade é que as métricas não são fixas, mas variam de acordo com os nossos objetivos.
Kpis
As Mídias sociais parecem ter removido as dúvidas sobre o seu potencial e que estão forçando a mudança na forma de consumir. Mas, mesmo sabendo disso, não é fácil escolher os KPIs adequados para acompanhar a evolução de suas ações nesse canal, especialmente se você deseja vincular valores monetários para o negócio. Este artigo irá mostrar-lhe alguns dos KPIs mais relevantes quando você planeja monitorar presença, recrutamento, retenção e engajamento, etc. .. em redes sociais.

O que é um Key Performance Indicator (KPI)?

Os indicadores-chave de desempenho (KPI) servem para ajudar as empresas a compreender o quão bem elas estão realizando o trabalho em conexão com suas metas e objetivos estratégicos. Num sentido mais amplo, um KPI fornece a informação mais importante de desempenho que permitem saber se você está no caminho certo.
O KPIs são utilizados para reduzir a complexidade do desempenho de uma empresa, um pequeno número de indicadores chave, a fim de a estratégia tornar mais compreensível. Esta é a mesma abordagem que usamos em nossas vidas diárias. Um exemplo claro:
Se vamos ao médico, para discutir a nossa saúde, o nosso médico usa vários indicadores para entender como somos, tais como, a pressão arterial, o peso, altura, etc. E é assim que um médico é capaz de analisar a complexidade de um corpo humano.
Bem, é isso que se trata de conseguir uma empresa para determinar o seu KPI. Não vou referir à publicidade neste canal, mas apenas para outras ações:

Presença / Cobertura

 Para este fim, a coisa mais importante que temos para medir é o “escopo” de nossa presença, basicamente serve para nos responder quantas pessoas estamos alcançando com nossos posts em redes sociais, artigos de um blog, Twitter ou mensagens no Facebook, views de  imagens no Flickr ou Instagram, vídeos no YouTube ou Vimeo, etc, etc …
Este KPI é talvez o mais fácil de medir. Você deve ser capaz de adicionar as opiniões do blog ou assinantes do RSS, fãs e seguidores, views de suas fotos ou vídeos onde quer que os tenha, e qualquer outra métrica que fale do alcance de suas mensagens.
Métricas não são precisas, mas podem muito bem dar uma informação para entender se a tendência está refletindo no público alvo que você definiu, ou se em vez disso, você tem que tomar uma ação corretiva.

Captação

Para monitorar o recrutamento através de redes sociais vai exigir tags em todas as suas mensagens e campanhas com valores reconhecidos pela ferramenta de analise web, para logo medir os seus efeitos sobre o tráfego que geram e suas conversões , e otimizar em conformidade.
Além disso, você pode adicionar um valor de referência monetária para a visibilidade de uma estimativa de ROI, com base no custo médio por visita que você gera por campanhas de aquisição não orgânicas (por exemplo, o Google Adwords, afiliados, banners, anúncios Facebook, etc … ). Ou seja, se o seu custo de aquisição de uma visita dos outros canais é de 0,50 centavos, você pode atribuir este valor para as visitas atraídas para calcular o ROI de campanhas, e logo depois de medir os números das ações que você definiu como meta.

Fidelização/Engajamento

Para cumprir este objetivo, precisamos medir e monitorar o engajamento que  ocorreu entre a marca e os usuários sobre as mensagens em diferentes em lugares onde você tem presença e participa. Métricas como retweets, o “curtir”, o “+1″ ou “pin ir”, as opiniões sobre um produto, ou comentários em seu blog, ou cliques, são ações que devem ser medidas para avaliar o nível de engajamento que geram essas mensagens. Você deve ser capaz de dissecar as suas mensagens de acordo com temas, tipos de produtos / serviços ou objetivos pré-definidos, para então você avaliar aqueles com maior impacto e melhorar o que é interessante, enquanto identifica aqueles que necessitam de uma mudança ou revisão.
Não se esqueça de considerar também os valores que não contribuem para as métricas, como o número de comentários negativos ou classificações, que você deve subtrair.
Você também pode considerar uma métrica muito específica de um canal, como o Facebook, o número de usuários que estão falando sobre você, que você poderia incorporar como métricas de engajamento.
Para qualquer uma destes três grandes objetivos, você pode criar um KPI para adicionar os valores das diferentes métricas para acompanhar ao mais alto nível, com mais granularidade para se aprofundar  melhor, se necessário.
Toda estratégia de marketing online tem que confiar em web analytics, que nos ajuda a conhecer e medir o comportamento do usuário que entra no nosso site e como nossas ações on-line estão alinhadas aos objetivos de negócio.  Em todos os casos, a recomendação é seguir essas métricas a cada semana, sem descurar os objetivos.
Fonte: site Marketing Digital 2.0

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Como transformar ideias em negócios

Por Jerônimo Mendes

Esse artigo traz dicas valiosas e um esquema infalível para avaliar suas ideias e transformá-las em oportunidades de negócio. Pense nisso, empreenda e seja feliz!

Transformar ideias em oportunidades e abrir novas possibilidades é um desafio e tanto para futuros empreendedores, o que vai exigir muito mais do que métodos e soluções comprovadas. Para colocar uma ideia em prática é necessário, antes de tudo,enxergar benefícios onde a maioria enxerga somente prejuízos.
Calma! Para ajudá-lo a trabalhar melhor as ideias não é necessário reiventar a roda. Embora você deva fugir dos padrões e usar a mente criativa para encontrar a melhor forma de colocar as ideias em prática, muitos estudiosos tiveram essa preocupação antes de você. Portanto, deixe o orgulho de lado e procure utilizar o conhecimento a seu favor. Ideias existem para ser aperfeiçoadas.
Dessa forma, tomei a liberdade de utilizar parte dos ensinamentos mencionados no quarto capítulo do fantástico livro As Vantagens da Adversidade, de Paul Stoltz e Erik Weihenmayer, cujo título é Possibilidades Pioneiras.
Como dizem os autores no início do capítulo, "quantas vezes, no transcurso da sua vida, alguém lhe disse que alguma coisa que você queria fazer era impossível? Já reparou que são geralmente os seus companheiros de trabalho, amigos e entes queridos que tentam "pôr algum juízo na sua cabeça" cada vez que você inventa "um esquema maluco" para experimentar algo novo ou assumir algum risco que eles consideram uma insensatez? Sinta-se agradecido porque essas pessoas se preocupam com você e por isso tentam dissuadi-lo. Elas pensam que lhe estão fazendo um favor e talvez até estejam. Mas, e se...?"
E se as pessoas que gostam de você estiverem erradas? E se o que você sempre sonhou fazer for realmente possível? O que você sentiria se fosse o primeiro a realizá-la? E se, ao tornar possível aquilo, quando tudo lhe parece impossível, você abrisse um mundo de oportunidades inteiramente novo, tanto para você quanto para sua empresa e para as pessoas à sua volta?
Não seria ótimo se uma voz interior profunda e confiante lhe dissesse o melhor caminho a ser tomado? Infelizmente, isso é raro, portanto, comece a pensar que, com as condições certas, as pessoas certas, os sistemas certos e as orientações certas, a ideia pode ser realizada.
Uma das incertezas mais comuns e desafiadoras é quando tentamos algo novo que ainda não foi testado. O medo do desconhecido nos apavora, pois, não estamos acostumados a escalar às cegas, mas, o desejo de ir além é grande. Isso aconteceu com a maioria dos empreendedores que conheço.
No caso dos empreendedores, dos pesquisadores e dos aventureiros em geral, esse medo existe, entretanto, não é tão grande quanto o medo daqueles que passam a vida sem tentar algo novo. É o medo de descobrir que não é tão bom quanto seus pais dizem que você é, de fazer papel de ridículo perante os amigos, de tropeçar e dar com a cara no chão.
Qualquer ideia pode ser colocada em prática. Então, vamos utilizar o Quarto pico – possibilidades pioneiras para exemplificar e fundamentar a ideia que você tem em mente. Quando a ideia sugir ou se a ideia já existe, pegue caneta e papel e comece a descrevê-la de acordo com o roteiro sugerido pelos autores, a seguir adaptado para o fim que você deseja. Vejamos:
Primeira Etapa – Escolha um Objetivo de Valor (Uma ideia de valor)
  • Motivação: por que você quer fazer isso?
  • Forças: que habilidades ou recursos são necessários para colocá-lo em prática? E quanta força de vontade?
  • Entusiasmo: qual o seu grau de empolgação com isso?
Segunda Etapa – Projete Sistemas Personalizados utilizando os critérios PROPS
  • Portátil ou Portável – pode ser levado para qualquer lugar.
  • Reaplicável ou Reproduzível – pode ser recriado, reproduzido ou ambos.
  • Original – nunca foi feito antes (exatamente desse jeito).
  • Pessoal – adequado a você e seu estilo de vida (agradável).
  • Simples – não é fácil, tampouco apresenta complexidades desnecessárias.
Terceira Etapa – Pratique até alcançar a perfeição
  • Quais são os critérios para uma solução eficaz?
  • Onde e como você vai praticar a nova ideia (ou sistema)?
  • O que você vai tentar primeiro?
  • Como refinar sua solução?
  • Onde ou como você pode experimentar?
  • Quem pode lhe dar feedback útil?
  • Quando poderá começar?
  • De quanto tempo ou dinheiro precisa para desenvolvê-lo?
Quarta Etapa - Escreva sua história pioneira
  • Que Objetivo de Valor – Desafio Máximo – você vai enfrentar a despeito das opiniões negativas até atingir a objetivo?
  • Qual será o legado do seu avanço, depois de inaugurar essas possibilidades?
  • Quem se beneficiará com sua ideia ou realização?
Será que o esquema funciona? Tente, afinal, o que você tem a perder com isso? Com a prática, pode tornar-se um grande alquimista capaz de converter ideias simples em grandes oportunidades, mas, lembre-se: nada vem de graça.
Tirar uma ideia do papel e colocá-la em prática é tarefa para pessoas determinadas a vencer na vida, não importa o tamanho do sacrifício. Se estiver pensando em como deixar a sua marca no mundo, comece a praticar tudo o que aprendeu até agora, caso contrário, vai ficar apenas querendo.
Quando se trata de empreender, ideias somente não bastam. O mundo está cheio de boas ideias que vagam sem destino e são desperdiçadas porque ninguém acredita nelas e os autores desistem ao primeiro não. Mais do que obter uma ideia, você precisa de iniciativa, esforço, otimismo e, na maioria dos casos, persistência para conseguir alguém que acredite no que está dizendo.
Assim, quando as ideias surgirem do nada, seja disciplinado. Faça de cada ideia uma possibilidade. Se não for hora de aproveitá-las, guarde-as com carinho. Um dia você vai precisar delas.
Pense nisso, empreenda e seja feliz!

5 dicas para falar bem em público


Fluência e clareza são fundamentais para uma apresentação de sucesso.

Falar em público pode despertar certa insegurança em algumas pessoas que não se sentem preparadas, simplesmente, pelo fato de deixarem o sentimento agir ao invés do pensamento. Para André Ortiz, especialista em vendas e diretor da consultoria Oficina do Sucesso, a oratória é imprescindível no mercado de trabalho. Fluência e clareza são fundamentais para uma apresentação de sucesso.
Hoje, qualquer profissional que queira ter sucesso na carreira precisa entender que falar em público é uma consequência do trabalho diário e que, com ela, boas oportunidades de crescimento podem surgir.
Para André, o profissional precisa saber falar, saber fazer uma boa apresentação e, principalmente, saber conquistar o público e falar de forma que ajude o cliente a resolver o problema dele.
"É importante preparar-se para uma apresentação de impacto, pois as oportunidades são únicas. Por isso, quando o profissional tem uma chance para apresentar o seu trabalho, ele deve aproveitar, ao máximo, o tempo estipulado para conquistar o cliente e mostrar que é possível", afirma.
Segundo André, que também é professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), as pessoas não têm medo de falar em público, mas sim, de errar em público, por isso a importância em controlar o sentimento e o pensamento, ou seja, deixar o pensamento agir sobre o sentimento. Dessa maneira, o profissional saberá criar uma sequência para a apresentação.
Sabendo disso, André deixa cinco dicas para ter uma boa desenvoltura durante uma apresentação no trabalho:
1. Tenha um objetivo: Estude e saiba o que o cliente precisa. Com essas informações, você poderá suprir as expectativas do público e ter um resultado positivo com a oportunidade.
2. Crie um roteiro: Antes da apresentação é fundamental criar um roteiro para facilitar o desenvolvimento do trabalho. Faça um mapa mental e, dentro dele, estabeleça a introdução, o desenvolvimento, que é a argumentação de ideias, e a conclusão, sempre de acordo com o tempo.
3. Conheça o público: Estude e conheça o público para o qual você falará. Isso permite que haja sintonia entre vocês, o que possibilita a conquista do cliente.
4. Dicção e linguagem corporal: Treine a sua dicção e a sua linguagem corporal, que são emoções soltas no ar. Atentar-se aos vícios de linguagem, ao português e as expressões corporais são práticas fundamentais.
5. Tenha autoconfiança: Permita-se errar. Mas, saiba que antes de começar uma apresentação, você precisa, e muito, se preparar, ou seja, ter um objetivo, saber sobre o assunto, conhecer o público e o seu problema e trabalhar para resolvê-lo, mostrar ao cliente que você pode ajudá-lo e sempre apresentar algo novo, que surpreenda positivamente. 
Por Redação, www.administradores.com

COMO VENCER O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Não existe fórmula milagrosa para vencer o medo de falar em público, mas uma série de recomendações que em conjunto o ajudarão neste sentido:

1. Domine o assunto sobre o qual irá falar. Não acredite na sorte porque só com o seu trabalho e estudo obterá êxito. Se não tiver tempo para dominar totalmente o assunto use roteiros simplificados e projeções. Não abuse destes recursos para não evidenciar falta de preparo. Procure saber mais do que irá expor. Imagine as perguntas que a plateia poderá fazer.
Estude as respostas. Reduza toda possibilidade de risco de se perder, esquecer ou confundir assuntos.

2. Pratique, pratique e pratique o que vai falar. O ensaio é importante para você fazer uma boa apresentação. Organize uma sequência ideal para falar. Treine em casa e no local um pouco antes da apresentação. Siga as dicas para o ENSAIO:
• Use inicialmente suas anotações. Depois, aos poucos, livre-se delas.
• Só use anotações em última necessidade.
• Pratique situações em que você olha seu roteiro e em seguida volta o olhar para a plateia.
• Desenvolva a espontaneidade dominando totalmente o tema. Ganhará confiança.
• Depois que ensaiou olhando as suas anotações, treine falar de improviso, sem uso de roteiros, para inspirar mais credibilidade diante da plateia.
• Pratique usando gestos, variando a intensidade da voz e a velocidade, as pausas, depois decida qual o modo ideal de comunicar determinado ponto.
• Pratique na frente do espelho para se observar.
• Pratique na frente de amigos e peça para que corrijam você quanto à postura, gestos, fisionomia, tiques, vícios de linguagem e intensidade da voz. Seja receptivo às críticas ou sugestões.
• Tente reproduzir as condições da apresentação para tornar mais real o ensaio.
• Cada vez que você ensaia percebe que sua fala acaba sendo um pouco diferente do que ensaiou. É assim mesmo. Na sua memória ficam os pontos principais que servem de gatilho para você improvisar o resto.

3. Procure se conhecer. Saiba como as pessoas o veem. Use um gravador: se familiarizará com o volume da sua voz, pronúncia, velocidade e outros aspectos dela. Use uma filmadora para ajudá-lo a treinar sua expressividade física e vocal. Faça gravações com textos diferentes.
Poderá se ver sorrindo, sério, com raiva. Verifique suas falhas de comunicação, mas se esforce também para identificar os aspectos positivos. Gere a autoconfiança que precisa. O autoconhecimento permite que a pessoa saiba quem é, como os outros a veem e ouvem. Em geral a imagem que fazemos da nossa pessoa é pior do que aquela que os outros de fato
observam. Com o autoconhecimento desenvolvido você não terá dúvidas sobre sua capacidade.

4. Faça contato com os ouvintes antes de falar. Funciona como quebra-gelo. Você ficará mais à vontade por não ter de lidar com ouvintes totalmente estranhos. Cumprimente os ouvintes na entrada do auditório. Converse. Sorria!

5. Use todas as possibilidades para falar em público. Nas reuniões de condomínio, na empresa, igreja, clube, sala de aula. Poderá praticar mais e ganhar autoconfiança. Quanto mais apresentações fizer, melhor se sairá nas próximas.

6. Não elimine totalmente o medo, controle-o. O que precisa ser combatido é o medo excessivo e descontrolado. Oradores experientes são eficientes porque controlam o medo.
Sempre haverá algo desconhecido que nos deixa com receio. Isto é positivo porque nos mantêm atentos. Uma pessoa totalmente segura, despreocupada, correrá o risco de se tornar negligente ou arrogante. Trabalhe para controlar o medo, não para eliminá-lo.

7. Canalize a energia do nervosismo para o entusiasmo. Nervosismo controlado ajuda o orador a produzir mais diante do público. Aproveite a energia nervosa e canalize-a para a fala, colocando emoção nas palavras e dar vida ao discurso. Adrenalina e emoção são duas coisas intimamente ligadas. Faça-as trabalharem em sintonia, não uma contra outra. O entusiasmo pode ser transmitido pela voz, gestos e o sorriso. O entusiasmo ajuda a conquistar o público.

8. Imagine sempre seu sucesso. É comum produzirmos acontecimentos futuros negativos:
"Vou dar vexame", "ficarei nervoso". Tais pensamentos limitam o potencial de comunicação e a profecia muitas vezes se realiza. De tanto você pensar que vai dar errado, acaba acontecendo.
Substitua cenas desastrosas por vencedoras: aplausos, elogios da audiência. Mantenha atitude positiva. Lembre o tempo que você gastou preparando-se. Lembre que mesmo preparado todos ficam nervosos. Simplesmente mantenha o controle da situação, "desligue" um pouco os nervos e visualize fazendo uma apresentação de sucesso: pessoas animadas, interessadas, tomando notas, interagindo, fazendo perguntas.

9. Desenvolva a autoimagem e a autoestima. A extinção das ideias negativas sobre nós ocorre quando condicionamos a mente com pensamentos construtivos. Você precisa estimular ideias positivas a seu próprio respeito, antes de iniciar uma palestra. Sua autoestima se elevará, ficando mais fácil lidar com situações difíceis.

10. Veja você como uma pessoa normal. Ter medo de falar em público está entre os primeiros lugares nos tipos de medos que sentimos. Pensar que você é alguém anormal, azarado, inferior, sem talento para falar em público, só agrava a situação. A maioria das pessoas tem medo de falar em público.

11. Falar para um público deve ser aceito como uma honra. São poucas as pessoas que têm condições de falar para uma plateia. Você é uma pessoa privilegiada. Parta deste princípio e invista toda sua energia para preparar um ótimo discurso. Recompense seu público por conceder-lhe o privilégio de poder falar.

12. Pense menos nos seus problemas e mais no seu público. O público quer ouvi-lo e merece atenção. Pare de pensar em seus problemas. Pense naqueles que deixaram suas casas, trabalho e foram ouvir você. O público quer ver uma apresentação bem sucedida. À plateia interessa o que você está falando, não o que está sentindo. Agarre-se a está ideia e siga em frente.

13. Falar em público se aprende, não é um dom. Bons oradores se fazem através de muito trabalho e treinamento. Em qualquer atividade pessoas aprendem mais facilmente que outras, mas todas podem exercê-la com sucesso. Os melhores artistas, atletas, cientistas vencem porque treinam bastante e são disciplinados. Exercite muito!

14. Mesmo os oradores mais experientes ficam nervosos. Fazer uma palestra não é um acontecimento comum. Você enfrenta situações diversas, algumas sem a possibilidade de obter total controle, o que provoca tensão, expectativas e nervosismo. Por isso não espere ficar totalmente relaxado. Frequentemente você percebe ou escuta um profissional da televisão dizer
que fica nervoso quando fala em público.

15. Só você sabe que está nervoso. Nunca revele o seu nervosismo para o público.
Raramente demonstramos o quanto estamos nervosos. Nas aulas de oratória peço aos alunos que deem uma nota para o grau de nervosismo para o colega que se apresenta. Sempre as notas são inferiores às que o aluno imaginou para ele mesmo. Uma coisa é o que você sente, outra o que transmite e fica visível para a plateia. Se o público não nota o seu grau de
nervosismo vá em frente e faça sua apresentação.

16. Memorize a introdução e a conclusão da palestra. "Bom dia! Meu nome é Roberto.
Peço cinco minutos da atenção de vocês para falar sobre..." Percebendo que começa seguro, terá mais autoconfiança para continuar. Então é preciso memorizar a introdução e também a conclusão para não vacilar na hora de concluir.

17. Saúde os presentes com voz alta, segura. Bom dia!" Entre em cena de forma decidida. Comece bem para terminar bem.

18. Tome água fresca, não gelada, porque prejudicará sua voz. Evite cafezinho. Nunca tome bebida alcoólica.

19. Tudo em ordem. O medo que algo dê errado durante a apresentação pode deixar você muito nervoso. Certifique-se que todo o material de apoio e os recursos audiovisuais estejam em ordem. A organização completa traz a segurança de que tudo vai dar certo. Faça uma Lista de Verificação e use-as a fim de preparar-se para a palestra. Assim poderá se concentrar mais em sua própria preparação.

20. Respiração adequada. Ciclo completo: inspire pelo nariz contando quatro segundos, segure quatro durante segundos, expire pela boca durante 4 segundos. Repita o ciclo cerca de cinco vezes, calmamente. Procure um local isolado. Nunca respire apressada e seguidamente.
Poderá sentir tonturas.

21. Relaxamento: isole-se numa sala para relaxar, antes de iniciar a palestra. Desligue-se.
Faça alongamento. Exercícios simples ajudarão você a reduzir a tensão e ganhar mais controle sobre o corpo.

22.Crie um ritual como fazem atletas, atores e lutadores de boxe: respiração adequada, alongamento, relaxamento e atitude positiva. Repita a mesma rotina antes de cada apresentação ou ensaio que irá enfrentar.

23. Reze. Lembre que Deus não ajuda preguiçoso. Treine, treine, treine!

Texto de , professor do Curso de Oratória, Cérebro & Comunicação - Desenvolvimento Pessoal.