quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mindset, o nosso maior inimigo!

Os americanos adotam a terminologia "Mindset" para representar o modo dominante como vemos, compreendemos e julgamos as coisas à nossa volta, o que por sua vez norteia as nossas ações no dia a dia profissional, pessoal e também o mundo dos negócios. Este termo, numa tradução coloquial e livre, significa: modelo mental predominante, forma institucionalizada de enxergarmos as coisas ou também paradigma pessoal ou empresarial.

Entendo que outro grande desafio da maioria das empresas que buscam melhores resultados é também mudar o "mindset" existente, ou seja, apoiar as pessoas a pensarem de forma diferente e reverem aquilo que elas têm feito, facilitando o difícil caminho de pensar "fora da caixa" ou pelo menos cogitar ideias diferentes e que podem ajudar na superação de desafios, algo que acaba sendo abafado com o passar dos anos e convivência numa mesma profissão, atividade ou meio empresarial.

Uma forma clara de identificar o quanto um determinado "mindset" pode estar ajudando ou prejudicando um determinado negócio, é prestar muita atenção naquilo que as pessoas afirmam no dia a dia, o quanto elas defendem certas ideias no desenvolvimento de projetos, criação de produtos/soluções, resolução de problemas, estabelecimento de diretrizes ou até mesmo em reuniões cotidianas da empresa e o quanto tudo isto impacta em colaboração, sinergia, motivação e criatividade ou emperra, negativa e colabora para desconectar pessoas e impedir o desenvolvimento de relacionamentos profissionais sadios e produtivos.

Outro fator também bastante preocupante e que tem a ver com a máxima de princípios de liderança (influência e modelagem de comportamentos), é o quanto os líderes de uma empresa estão incentivando ou reforçando um determinado "mindset", fazendo isto principalmente através de suas orientações e afirmações ou, tristemente, da defesa intransigente de posicionamentos questionáveis. Líderes com um "mindset" negativo ou pessimista pode colocar um negócio, uma empresa e todo um time a perder, e diante disto não há estratégia, investimento ou recursos que possam reverter resultados ruins que são alimentados diariamente por um "mindset" negativo.

Ao refletir sobre este tema, eu chego a estar convicto de que o grande problema de muitos negócios atualmente não está na concorrência acirrada e muitas vezes desleal, na falta de capital ou investimento, nas estratégias adotadas, na gestão dos recursos disponíveis, na forma como as ações são executadas ou até mesmo sobre como uma equipe é gerida, hoje o grande problema das empresas é desafiar o "mindset" predominante, principalmente quando faz parte de um quadro patológico, o que em última instância dirige pessoas, mentes e corações.

Penso que neste assunto, todos os líderes de empresa e as equipes que fazem parte de um negócio precisam aprender a reaprender, precisam se esforçar a desconstruir paradigmas - muitas vezes criados e reforçados por eles mesmos, precisam adotar ações eficazes que ajudem todos a pensar diferente e com isto encontrar novos e melhores caminhos e soluções além daquelas que o "mindset" predominante diz ser possível.

Existem inúmeras perdas que podem ser citadas quando a empresa e seus líderes estão tomados por uma forma de pensar e agir inadequada, entre elas, gostaria de ressaltar: a perda de talentos, a disseminação de uma cultura de medo e cinismo, o bloqueio da criatividade, o aumento do estresse e a pressão no desenvolvimento de atividades corriqueiras e principalmente a falta de confiança.

Os maiores inimigos de um negócio não estão fora dos muros da empresa, os maiores inimigos estão dentro da própria empresa, o que podemos chamar de "inimigos internos" que nascem, crescem e se alimentam dia a dia do "mindset" predominante, que quando negativo, impede o crescimento de negócios, mata sonhos e destrói projetos.
Como cita o escritor e consultor Roberto Shinyashiki: Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores. Desafie o "mindset" predominante do seu negócio e você vai ser surpreendido com os resultados positivos!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

INVISTA EM VOCÊ!

Por Cíntia Bortotto
Se você deseja crescer, tanto pessoal como profissionalmente, não tenho dúvidas de que o melhor caminho passa pelo autodesenvolvimento. Este assunto vem cada vez mais ganhando espaço no mundo corporativo e pode trazer muitos benefícios em curto, médio e longo prazo.
O balizador do autodesenvolvimento é o plano de carreira. Onde você quer chegar? Em quanto tempo? Por quais passos tem de passar? Quais são suas fortalezas ou fragilidades?
Diversas habilidades podem ser desenvolvidas num processo como este, dependendo da área de atuação do profissional, é claro. No caso dos que atuam na área de vendas, por exemplo, é necessário ter boa comunicação, capacidade analítica para articular um argumentário de vendas, boa capacidade de relacionamento e boa capacidade de escuta, estas últimas para ouvir e se relacionar com os clientes. Para desenvolver este tipo de competência, é importante conhecer muito bem o produto que será vendido, ter sensibilidade, e isso pode ser desenvolvido acompanhando pessoas muito boas em vendas com esta capacidade. Elas podem contar como percebem as nuances dos clientes, o que ajuda quem está aprendendo a aguçar a percepção.
Já na área industrial, é importante ter uma boa habilidade com números, boa capacidade de raciocínio analítico e muita lógica. É uma área em que é importante fomentar a inovação, pois um simples ajuste em uma máquina ou um processo pode representar milhões. É necessário também demonstrar liderança, pois se trabalha com muita gente e é importante saber direcionar, motivar, enfim, gerir pessoas. Para aprender tudo isso, é importante escolher uma formação em exatas, pois ajuda com a lógica e o raciocínio analítico, além de cursos e leituras sobre liderança.
Há vários caminhos para seu autodesenvolvimento, desde treinamentos, workshops até leituras de artigos e jornais. Algumas ferramentas, indico para todos, como:
  • Coaching: peça para alguém ser seu orientador em determinado tema;
  • Leituras: leia sempre e cada vez mais; livros, artigos e jornais são fontes repletas de conhecimento e lhe ajudam a refletir sobre suas próprias ações;
  • Benchmarking: aproveite sempre que possível para saber o que os outros estão fazendo. Isso sempre o favorece a inovar, sugerir e fazer a crítica saudável;
  • Assuma a responsabilidade: assumir projetos, novos desafios ou saber mais sobre novas áreas são fontes de conhecimento e aquisição de novas habilidades e competências;
  • Treinamentos: participar de treinamentos também é positivo, mas não esqueça de se planejar financeiramente e de escolher instituições sérias.
Investir em você é sempre algo que com certeza renderá bons frutos. E o autodesenvolvimento lhe confere independência e chances de voar cada vez mais alto. Siga confiante e boa sorte!