quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Faça os melhores profissionais escolherem a sua empresa para trabalhar

Por Júlio Clebsch

Ao contrário do que geralmente se pensa, não são apenas as empresas que escolhem seus futuros funcionários. Os melhores profissionais sabem muito bem onde querem trabalhar e são disputados no mercado. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% das empresas sofrem com a falta de mão de obra qualificada. Se as dificuldades são tantas, o ideal seria conseguir atrair os melhores profissionais para cada seleção aberta na empresa. Ideal, porém nada fácil de conseguir.

Algumas empresas, no entanto, já atentaram para a necessidade de ter altas taxas de “empresabilidade”, ou seja, a capacidade de atrair os melhores funcionários e também os melhores clientes, fornecedores, comunidade e investidores – os chamados stakeholders. O termo “empresabilidade” veio da palavra empregabilidade, muito usada na década de 90 para descrever profissionais bons o suficiente para conseguir um melhor posicionamento ou para permanecer na posição que já ocupam no mercado.

Segundo Bernt Entschev, consultor em recursos humanos que atua na capacitação e seleção de executivos para o mercado corporativo, para ser uma empresa que atrai bons funcionários, é necessário reter, desenvolver e saber atrair. “A gestão precisa saber avaliar e ser muito participativa nesse processo. A área de RH deve ter visão estratégica para apoiar as gerências nesses acompanhamentos. Não é só o salário bom que retém o profissional, é todo o conjunto de elementos”, afirma. Entre eles, o consultor destaca:

Ter valores sólidos.
Políticas adequadas.
Sucesso no segmento.
Respeito aos profissionais.
Valorização e espaço para crescer.
Remuneração adequada.
Bom clima organizacional.
Gestão participativa.

Como, então, é possível colocar em prática as estratégias de employer branding ou de empresabilidade na sua empresa? André Dametto, consultor e coaching, sugere um passo a passo para criar estratégias de atração de colaboradores: Entenda qual é o DNA da sua marca. É preciso entender que o conceito dela vai muito além de um logotipo, é um conjunto de atributos e sentimentos que diferenciam um negócio, produto ou sistema de outro.

Alinhe o planejamento da sua marca com o planejamento estratégico do seu negócio e muitos erros serão evitados. Uma dica é ter o presidente como o governante da marca.

Defina a sua employment value proposition, ou seja, uma proposta de valor com os atributos que diferenciam o emprego na sua organização de outros no mercado nacional e até mesmo global. Segundo Dametto, uma armadilha é querer que a empresa tenha uma proposta de valor que queira agradar a todos. Isso, com certeza, não será um bom caminho a ser seguido. A proposta de valor deve ser significativa para um devido público, só que a promessa da marca deve ser entregue em todos os momentos que o colaborador passa na empresa, desde o recrutamento, nas mensagens de propaganda e até na experiência de desligamento.

Valide a proposta de valor e comunique-a entre os devidos públicos, customizando a estratégia regionalmente sempre que necessário, dependendo do tamanho da empresa.

Crie e monitore métricas que comprovem que a estratégia definida foi bem-sucedida.

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