segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mude seus pensamentos e mude sua vida!

Por Villela da Matta.

Milhares de pessoas acordam todos os dias, vão trabalhar e sentem que poderiam ser mais felizes se alguma coisa mudasse em suas vidas.

A maior parte das pessoas não reconhece que as oportunidades são construídas diariamente. Na realidade, a maioria das pessoas é covarde e possui medo de viver fora de seu limite. É usual que as pessoas estejam mais aptas a falar sobre o que elas querem, mas não estão dispostas a executar o que fazer realmente é necessário para que essas coisas aconteçam em suas vidas.

Estamos livres para crescer e também usufruir dos benefícios que este crescimento nos traz. Nossa responsabilidade é nosso poder. Se você fingir que não possui este poder, conseqüentemente, não mudará sua vida em nada e experimentará muita dor. Não espere ter 70 anos para olhar para trás e se arrepender por não ter criado a vida de seus sonhos.

Comece trabalhando sua imaginação!

Imaginação é o que libertará para viver uma existência melhor. Você deve se tornar tão imaginativo como era quando criança e sonhar alto. Como adultos, nós fomos condicionados a limitar nosso pensamento e trazer nossos sonhos para o que a sociedade acha possível e alcançável. Por isso, se a sua intenção é de ampliar suas realizações em qualquer nível, você não deve ser muito condizente com o que acredita ser realizável. Lembre-se que o segredo dos grandes realizadores é que um dia eles sonharam além de seus limites.

Acredite em você e em suas conquistas!

Tenha em mente duas coisas: você é o que você acredita e você está onde quer estar. Se você acredita que não nasceu para ser bem sucedido e plenamente feliz, você não será. Felicidade e qualidade de vida não possuem nenhuma relação com seu nível prévio de realização, conhecimento ou até mesmo recursos financeiros. Felicidade está diretamente ligada à sua realização e você só pode alcançar isso se acreditar em você e tiver coragem para trilhar novos caminhos.

Se você realmente deseja estar em algum outro lugar na vida, então você deve manter seu foco e entrar em ação. Lembre-se das palavras de Albert Einstein sobre o que significa insanidade: “É continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Faça coisas diferentes em sua vida!

Seu futuro começa agora!

Pessoas que não ampliam seu poder de atuação estão sempre dizendo “Amanhã eu farei isso ou aquilo”. Por que não hoje?

Entenda que você escolhe o que fazer com a sua vida: seu tempo é sua energia. Se você tem o sonho de fazer algo, então encontre algum meio para fazer disto parte da sua realidade hoje. Faça algo além de procrastinar a execução em um dia que se transforma em algum dia. Mude suas palavras e você mudará sua vida.

Você pode dar milhões de desculpas para não entrar em ação agora! “É muito longe”, “não tenho tempo”, “não tenho dinheiro”, “sou muito velho”. Pare de dar desculpas! Quando estamos interessados sempre achamos uma maneira de contornar as dificuldades.

Que tal estar interessado por sua vida e sua felicidade?

Há uma história de uma mulher cuja cidade fora inundada. Ela desesperadamente subiu para o telhado e se segurou na chaminé para se salvar. Um vizinho veio num barco e ofereceu ajuda. Ela disse “Não, Deus irá me salvar”. Um cachorro veio e tentou movê-la para que ela se salvasse. Ela chutou o cachorro e disse “Não, Deus irá me salvar”. A polícia veio de helicóptero e ofereceu assistência. Ela disse “Não, Deus irá me salvar”.

Ela morreu na tempestade e sua primeira pergunta para Deus foi: “Por que você não me salvou?”. Deus disse: “Eu mandei um cachorro, um helicóptero, e um barco. Você estava esperando por um milagre?”.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eu confio plenamente em liderança?

Por Roberto Recinella

"O grande líder é aquele que está disposto a desenvolver as pessoas até o ponto em que elas eventualmente o ultrapassem em seu conhecimento e habilidade”. Fred A. Manske

Todas as pessoas gostem ou não do termo, têm uma imagem internalizada sobre o que é liderança. Esta serve de referencia para as exigências sobre si mesmo em relação aos seus pares, as suas expectativas frente aos seus subordinados e seus chefes no trabalho, e reflete a sua opinião sobre aquelas autoridades que dirigem os destinos das organizações, da nação e do mundo. Esta imagem forma o julgamento de cada pessoa de "porque as coisas são como são" e "o que precisaria ser feito para mudar". Todos têm uma imagem de líder: próxima ou distante, positiva ou negativa, explícita ou não. Reconhecê-la é um passo de vital importância para o seu desenvolvimento pessoal.

O que você acha, por exemplo, de trabalhar num restaurante que tenha assumido como sua missão "Dar ao cliente a oportunidade de ter prazer em se alimentar" ao invés de simplesmente afirmar: "Nossa missão é alimentar e satisfazer o cliente".

Ou como no filme O Gladiador, às vésperas de uma luta decisiva, os soldados sendo incentivados pelo seu general a "visualizarem" onde estarão após a batalha, pois ele já se via andando em sua propriedade pelos campos de trigo, colhendo-o. Com isso ele conseguiu dar significado àquele esforço do batalhão, todos sabiam que iriam se ferir ou até morrer, mas á vitória era um objetivo maior, a batalha se transformou em um obstáculo a ser superado, pois a vitória já era certa em seus corações.

Quando um líder diz ao seu liderado exatamente o que e como fazer, ele se torna único responsável pelos resultados da tarefa. Se der errado não há nenhum problema, pois a culpa será apenas do chefe. Foi ele quem mandou fazer desse ou daquele jeito. Por outro lado quando o líder permite ao liderado definir a própria estratégia de trabalho e passa a se concentrar no resultado final ele inverte a situação. Depois de pensar, o liderado vai escolher uma alternativa de ação. Como ele mesmo foi o autor e mentor da idéia, ele ficará automaticamente comprometido com o sucesso da mesma.

Tudo começa pela autoliderança, ou seja, liderar a si próprio. Liderar sua mudança, sua adaptação constante ao que é necessário, ao que você quer atingir e ao que os seguidores necessitam para alcançar a meta almejada.

A principal característica que dá suporte à liderança é a confiança.A confiança representa uma condição, sem a qual, a liderança não floresce. Ou seja, só é líder quem inspira confiança. Esta condição não garante a liderança, mas garante a base onde ela pode ser construída.

Sem confiança não existe nenhum tipo de liderança, principalmente a autoliderança, pois, se você não acredita em si mesmo como poderá confiar nas decisões que toma para si próprio?

Outro aspecto importante de observarmos é a natureza do comportamento humano. Seria ideal que pudéssemos acreditar inocentemente numa teoria humanista de liderança levando-se em conta que todas as pessoas são basicamente boas, apresentando sempre comportamentos louváveis e nobres. No entanto, como nos alertou Maquiavel em "O Príncipe" , não podemos nos iludir, devemos focar apenas a realidade, enfrentando assim a verdade efetiva das coisas.

Seria perfeito se as pessoas tivessem apenas virtudes como: humildade, coragem, honestidade, benevolência, bom humor, entusiasmo, determinação, compreensão, entre outras boas qualidades. Mas no mundo real o que encontramos em graus vaiados nas pessoas comumente são avareza, crueldade, covardia, falsidade, inveja, egoísmo, orgulho, indiferença e muitos outros desvios de personalidade.

E como expressou brilhantemente Nelson Rodrigues "O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema proclamou-se vilão. Nem um idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'".

Então como liderar se não há confiança entre as pessoas?

Infelizmente ainda estamos formando lideres para uma realidade que já não existe mais. Para o passado, em vez de formar para o futuro.

Liderança não se refere àquelas pessoas eleitas ou abençoadas para dirigir nossos destinos, nem tampouco se limita a uma caixa de ferramentas raras ou habilidades individuais secretas. Liderança é um valor e um ideal para realizar a transformação que queremos. Desenvolver a liderança é o nosso desafio neste novo milênio.

Verdadeiros lideres são cada vez mais raros de se encontrar, encontramos ótimos gerentes e administradores, mas poucos lideres. A palavra gerenciar tem uma história bem curiosa, ela deriva da palavra italiana "maneggio" que significa treinar um cavalo. Tire suas próprias conclusões.

Em minha opinião pode-se treinar animais de circo para realizar alguns truques de entretenimento, mas um ser humano, não se treina se desenvolve.

Segundo Joseph O'Connor em seu o livro "Liderando" ser um líder em primeiro lugar significa desenvolver-se a si mesmo. À medida que se torna um líder, você encontra recursos em si mesmo que não sabia que tinha. Você se torna mais você, porque a maior influência de um líder vem de quem ele é, do que ele faz e do exemplo que ele dá.

Em segundo lugar, o líder inspira outros para juntar-se a ele em sua jornada, então liderança envolve habilidades de comunicar e influenciar.

Em terceiro lugar, um líder precisa olhar para frente, bem como prestar atenção onde ele esteve e onde ele está agora. O líder enxerga além da situação imediata. Ele vê o contexto da jornada inteira. Isso significa que ele precisa compreender o cenário do qual faz parte, ver além do óbvio, sentir como os eventos se conectam a padrões mais profundos, enquanto outros apenas vêem acontecimentos isolados.

Liderança é uma combinação de quem você é, habilidades e talentos que você tem e a sua compreensão da situação ou do contexto em que você está. Embora esses elementos sejam universais, você os juntará de uma maneira única.

Sinto em lhe dizer, mas não existe receita de bolo para liderança.

Apesar de existir uma lista com dezenas de habilidades necessárias para a liderança, até poderia citá-las em ordem alfabética ou por ordem de importância e facilmente aumentar o numero de paginas deste livro, mas assim eu estaria sendo egoísta, pois impediria que você mesmo pesquisasse por conta própria cada uma delas.

Sozinhas estas características não significam nada, é a sinergia entre elas que faz a diferença. Como num passo de mágica misturando amarelo e azul, obtemos o verde.

Peter Drucker causou uma ruptura na década de 90 em relação a esta Teoria dos traços.Segundo esta teoria, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas. Assim, o líder apresenta características marcantes de personalidade através dos quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. A teoria dos traços parte do pressuposto de que certos indivíduos possuem uma combinação especial de traços de personalidade que podem ser definidos e utilizados para identificar futuros líderes potenciais.

No prefácio do livro "O Líder do Futuro" Druker diz que líderes natos podem existir, mas, com certeza, poucos dependerão deles. A liderança deve e pode ser aprendida. Esta constatação motivou uma série de estudos por parte de professores e consultores. Para o autor, o que define o líder é o atendimento a quatro condições básicas de liderança, apresentadas pelos líderes por ele estudados:

Líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são pensadoras, outras profetas. Os dois papéis são importantes e muito necessários, mas, sem seguidores, não podem existir líderes;

Um líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas.

Popularidade não é liderança, resultados, sim; Os líderes são bastante visíveis, portanto, servem de exemplo; Liderança não quer dizer posição, privilégios, títulos ou dinheiro. Significa responsabilidade. A personalidade de liderança, estilo de liderança e traços de liderança não existem. Segundo Druker a polêmica sobre características e traços é pura perda de tempo.

Muitas vezes perdemos tempo em adquirir ou aprender características "x", "y", "z" sendo que na maioria das vezes esquecemos-nos de desenvolver ou aplicar aquelas que já possuímos e com isso nunca aceitamos estarmos preparados para liderança.

Não existe formatura em liderança , este é um aprendizado que dura à vida toda.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O que os bem-sucedidos fazem de diferente?

Há alguns posts eu tento passar um pouco da dimensão psicológica do empreendedor. A razão é uma percepção particular. Muito humildemente, eu acredito que o sucesso de um empreendedor não depende apenas de um bom produto, um negócio bem montado e aporte de capital. Há um fator humano que pode desequilibrar toda a balança. Mesmo quando o empreendedor já tem um produto desenvolvido e, aparentemente, está bombando no mercado. São os aspectos subjetivos da perseverança, da capacidade de assumir risco, da constante auto-motivação e do aprendizado pelo exemplo de outros.

Venho de família de empreendedores e converso com muitos todos os dias. Já vi guinadas extremas em negócios, tanto para o bem quanto para o mal. Duas coisas garantiram a sobrevivência das empresas durante os momentos críticos de inflexão: a capacidade do empreendedor de assimilar as pancadas (metafóricas, claro) e a habilidade de enxergar novos caminhos. São aspectos que não necessariamente dizem da qualidade do produto, da fatia do mercado ou do capital investido. São exigências comportamentais que interferem diretamente no andamento dos negócios.

É claro que apenas o aspecto pessoal não garante sucesso. É preciso conjugá-lo com todas as premissas clássicas que definem um bom negócio: ter um produto ou serviço pelo qual as pessoas querem pagar; ter bons meios de fazer esse produto chegar ao consumidor e montar uma estrutura eficiente na qual as receitas são maiores que os custos. Mas negócio nenhum mantém o crescimento se o empreendedor for descontrolado ou não tiver a habilidade de equilibrar vários pratos ao mesmo tempo.

O que, então, garante o sucesso, em termos psicológicos e comportamentais? Há padrões que podem ser percebidos e aprendidos? A resposta é sim, segundo a psicóloga americana Heidi Grant Halvorson, autora do livro Succeed: How We Can Reach Our Goals (Seja bem sucedido: Como Podemos Atingir Nossos Objetivos, numa tradução livre). Em um texto escrito para a Harvard Business Review, ela elenca nove coisas que as pessoas bem-sucedidas fazem diferente do resto. Não são tarefas desumanas. Elas revelam que os bem-sucedidos têm processos para executar suas obrigações e refletem, mesmo que inconscientemente, sobre sua condição e como melhorá-la para ter mais eficiência. Leia a lista e confronte-se. O que você faz diferente?

Seja específico. Ao impor metas, seja o mais específico possível. A precisão dá uma medida clara do que é o sucesso. Perder cinco quilos é mais preciso que perder algum peso. Saber exatamente o que tem de ser alcançado mantém a motivação. Pense também em ações específicas que vão ajudar na realização das metas. Dormir menos, comer menos, exercitar-se mais – são todas promessas vagas demais. Já definir um horário fixo para se deitar todas as noites não deixa margem para outras possibilidades. Transposto para a vida profissional, o processo de autodisciplina funciona da mesma maneira.

Não desperdice oportunidades. O homem moderno é um ser muito atarefado. Ele pratica uma espécie de malabarismo com as oportunidades. Ele pega uma, trabalha nela um pouco e a joga para o alto. Ao mesmo tempo, ele pega outra oportunidade, trabalha nela um outro tanto e a joga para o alto… Apenas para apanhar a primeira oportunidade. Nós perdemos muitas chances de agir simplesmente porque não notamos que estavam em nossas mãos. Imagine aquele contato comercial que se distancia. Será que realmente você não tem tempo para pegar o telefone e ligar para ele? Atingir os objetivos significa agarrar as oportunidades – as grandes e as pequenas – antes que elas escorram pelos dedos.

Saiba exatamente o quanto falta no caminho. Para atingir metas é preciso um monitoramento honesto e regular do próprio progresso. Se não há ninguém para lhe dar esse feedback, avalie a si mesmo. Se você não souber o quão bem está indo, não conseguirá ajustar suas estratégias corretamente. Confira seu progresso com olhos rigorosos e em bases frequentes – diariamente, dependendo do objetivo.

Seja um otimista realista. Ninguém determina objetivos sem se envolver numa rede de pensamento positivo. Acreditar na capacidade de ser bem-sucedido é fundamental para criar e manter a motivação. Mas nunca subestime as dificuldades de atingir metas. A maioria exige tempo, planejamento, esforço e persistência. Estudos mostram que pensar que as coisas vão fluir facilmente e sem esforço deixa o empreendedor mal preparado para missão, aumentando as chances de fracasso.

Concentre-se em melhorar, não em ser bom. É importante a pessoa acreditar que tem a habilidade para atingir as metas, mas também importa muito que ela confie que é possível aprender a habilidade. A maioria das pessoas acredita que a inteligência, a personalidade e as aptidões são coisas fixas, que não podem ser melhoradas. O resultado: o foco nas metas se direciona a provar a própria capacidade, em vez de desenvolver e adquirir novas competências. Ainda bem que caiu por terra a percepção de que as habilidades nos são determinadas por natureza e imutáveis (confira meu post anterior). Aceitar o fato de que é possível mudar e melhorar ajuda a fazermos escolhas melhores e atingir pleno potencial. “Pessoas cujas metas sejam melhorar, em vez de ser bom, tomam a dificuldade como estímulo e apreciam a jornada tanto quanto o destino”, diz Heidi.

Seja firme. É a vontade de se comprometer com objetivos de longo prazo e persistir diante de dificuldades que distingue os bem-sucedidos. Pessoas firmes geralmente aproveitam melhor a educação que receberam e expressam isso em resultados. A boa notícia é que, se você nunca foi um dos mais esforçados, existem maneiras de melhorar a situação. Pessoas sem essa “pegada” geralmente pensam que não têm as qualidades intrínsecas dos bem-sucedidos. “Está errado”, diz Heidi. Como já foi dito, esforço, planejamento, persistência e boas estratégias são as chaves para o sucesso. Abraçar essa percepção não irá apenas ajudar a enxergar as metas mais nitidamente, como a ganhar a firmeza necessária.

Malhe sua força de vontade. Seus músculos de autocontrole são como qualquer outro músculo em seu corpo – quando não é exercitado, fica flácido com o tempo. Mas quando é usado, cresce forte e mais adequado para ajudá-lo a atingir os objetivos. Para tonificar a força de vontade, tome desafios que exijam coisas que você prefira não fazer. Sempre que uma tarefa não lhe parecer atraente, ou exija muito esforço, faça.

Não jogue com as tentações. Não importa quão sólida se tornou sua força de vontade. É importante manter em perspectiva de que ela é limitada e, se você se sobrecarregar, vai acabar sem energia. Não tente tomar duas tarefas desafiadoras ao mesmo tempo. É possível parar de fumar e entrar em dieta ao mesmo tempo? E não se coloque em apuros que não podem ser remediados, em situações cheias de tentações. “Pessoas de sucesso sabem como não tornar as metas mais difíceis do que já são”, diz Heidi.

Foco no que vai fazer, não no que não vai fazer. Você quer perder peso, parar de fumar ou domar seu temperamento? Então planeje como substituir seus hábitos ruins por outros bons. É bem melhor que ficar refletindo apenas sobre suas falhas, seus erros. Tentar evitar um pensamento só faz com que ele fique ainda mais ativo na mente. O mesmo é verdadeiro quando falamos de comportamento. Ao tentar não fazer algo ruim, o hábito se fortalece. Se você quer mudar seu jeito de ser, pergunte a si mesmo: em vez disso, o que posso fazer?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O RH no centro da empresa

Além de ser a porta de entrada de todas as companhias, o setor de Recursos Humanos demonstra ter um papel decisivo para evolução de qualquer empreendimento

Por Pablo Maella

Numerosos estudos já comprovaram que estratégias e políticas de RH podem ter implicações sensíveis sobre o comportamento das empresas. Mesmo assim, ainda há executivos que se recusam a aceitar o fato de que apostar nessa área pode ter tanto impacto sobre o desempenho do negócio quanto, por exemplo, uma ação financeira, de vendas ou de produção.

Na realidade, ao negligenciar o efeito potencial de suas táticas de RH, a empresa corre o risco de perder oportunidades valiosas de melhorar seu rendimento. É que essas medidas afetam a receita do empreendimento de duas formas: mudam a conduta das pessoas e têm influência direta sobre a capacidade de competição.

O resultado pode ser positivo ou negativo, dependendo de como é tratada uma série de variáveis. Quando a atuação do pessoal é defeituosa, ele não só deixa de agregar valor real aos ganhos da empresa como também pode dificultar suas operações.

Trabalhando a área

Uma estratégia de RH apropriada deve levar em conta diversos fatores fundamentais. O primeiro deles é que o empreendimento deve adotar políticas condizentes com seu contexto. A empresa, normalmente, tem pouca influência sobre componentes externos, comuns a todas as organizações com as quais se relaciona. O que ela pode – e deve – fazer é adaptar suas ações de modo a se posicionar da melhor maneira possível diante dos desafios que enfrenta.

As políticas de RH também precisam levar em consideração sua inserção na realidade da companhia. Os fatores internos de um negócio são específicos e particulares para cada organização. Assim, só as próprias empresas têm a capacidade de influenciá-los e modificá-los. As variáveis internas que valem a pena levar em consideração incluem a situação financeira, a estrutura organizacional, as preocupações da direção e o papel dos sindicatos.

Ao mesmo tempo, essas ações devem estar alinhadas à estratégia de negócios do empreendimento e não ser uma simples implementação dessa tática. Elas devem, na verdade, ter uma função central na definição do plano de transações global, para que ambas sejam objetivas e estejam de acordo com a realidade das pessoas que formam a organização.

As empresas também precisam lembrar sempre da necessidade de ter uma coerência interna com a política de RH. Isso não significa que ela precisa ser a mesma em todos os setores da companhia. Dentro de uma mesma organização, podem coexistir diferentes políticas de RH, ajustadas para atender às necessidades dos mais variados tipos de mercado, pessoal e local de trabalho.

Ações reais

Depois que a estratégia e os critérios básicos das políticas de RH estão prontos, é hora de traduzi-los em ações concretas, que possam ser colocadas em funcionamento. Esta tarefa cabe aos profissionais de RH. Por esse motivo, o posicionamento desse departamento dentro da empresa é crucial.

Sendo assim, ele pode colocar-se de duas maneiras: como um setor ou operacional ou estratégico. Para ter uma influência tangível na receita da empresa, o RH precisa enfatizar os aspectos estratégicos em detrimento dos operacionais. Isso significa definir e desenvolver uma estrutura que dê apoio às conquistas dos objetivos da companhia e não se limite a administrar as operações do dia a dia – como contratações, avaliações, desenvolvimento de carreiras e salários. É desnecessário dizer que atribuir uma função abertamente estratégica a esse departamento é fato raro na maioria das empresas devido, principalmente, ao baixo status que, com frequência, ele tem nas organizações.

Outro fator crucial para o sucesso da estratégia de RH é a competência dos profissionais do setor em geral e de seu diretor em particular. O responsável pelo RH precisa conhecer muito bem o funcionamento da empresa e ter a capacidade de delegar, motivar e cumprir as metas. Depois que o plano é adotado, é necessário monitorar bem de perto o seu progresso. Para isso, é preciso estabelecer uma série de indicadores que, de forma ideal, devem incluir variáveis diretas (porcentagem de promoções internas, rotação, número de faltas) e indiretas (lucro, vendas, produtividade).

Um programa vigoroso de acompanhamento permite ao departamento fazer os ajustes necessários para obter melhoras duradouras. Também assume maior importância em um contexto como o atual, no qual as organizações passam por um processo contínuo de mudanças externas e internas – algo que requer a constante adaptação das políticas de RH.

Pablo Maella é professor de Gestão de Pessoas nas Organizações do IESE Business School. A instituição está entre as dez melhores escolas de negócios do mundo e é pioneira em educação executiva na Europa desde sua fundação, em 1958, na Espanha.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A liderança que transforma!

Este artigo tras o prisma de como conseguir mudanças substanciais na equipe. O papel do líder é fundamental para que haja a transformação pessoal.

Por Rafael Sanson de Araujo

Assim como discutir a diferença entre gerente e líder torna-se uma questão quase obrigatória quando o tema é liderança, antes de aprofundarmos a abordagem de liderança transformacional vamos apresentar, brevemente, a liderança transacional
que lhe serve de contraponto.

Os líderes transacionais são aqueles que apelam aos interesses e, especialmente, às necessidades primárias dos seguidores para alcançar os resultados organizacionais desejados. A relação entre líder e seguidor, neste caso, caracteriza-se pelo interesse da troca: oferecimento de recompensas materiais, como promoções, aumentos salariais, liberalidade no uso do tempo, em troca do esforço empreendido. Embora os líderes transacionais e os líderes transformacionais sejam considerados carismáticos e visionários, suas ações conduzem os seguidores a direções completamente diferentes e até mesmo contraditórias. Veja algumas características que diferenciam esses líderes.

Líder transacional
Recompensa contingente: negocia troca de recompensas por esforço, promete recompensas por bom desempenho, reconhece realizações. Administração por exceção (ativa): observa e procura desvios das regras e padrões, toma medidas corretivas. Administração por exceção (passiva): apenas intervém quando os padrões não são cumpridos. Loissez-foire: abdica-se de responsabilidades, evita tomar decisões.

Líder transformacional
Carisma: apresenta visão e sentido de missão, instila orgulho, obtém respeito
e confiança. Inspiração: comunica expectativas elevadas, utiliza símbolos para
concentrar esforços, expressa objetivos importantes de maneira simples. Estímulo intelectual: promove a racionalidade, a inteligência e a solução cuidadosa de problemas. Consideração individualizada: dedica atenção pessoal, trata cada funcionário individualmente, orienta tecnicamente, aconselha.

O papel do líder transacional assemelha-se mais ao de um gerente. Se observamos as diferentes características entre os dois líderes, percebemos que a liderança transacional utiliza o tipo de "poder manipulativo" que se baseia na promessa e concessão de recompensas, como forma de induzir as pessoas a se comportarem da maneira que a organização espera. Por outro lado, a equipe ou pessoa que espera recompensas para fazer o que a organização pretende comporta-se de maneira calculista e as relações de trabalho se dão pela troca de interesses.

A distinção mais significativa entre as duas abordagens reside na questão dos valores. Aqueles como justiça, dignidade, moral, liberdade, aos quais se refere a liderança transformacional, estão voltados para o crescimento e o desenvolvimento das pessoas e para a mudança de seus níveis de consciência. Valores relativos à
liderança transacionaI estão voltados para a mudança de comportamento do indivíduo, que deve estar em conformidade com os padrões esperados da organização, sem, necessariamente, envolver uma mudança de consciência.

Como vimos, diferentemente dos líderes transacionais, o foco dos líderes transformacionais está no processo de desenvolvimento de pessoas, levando-as a pensar por si mesmas, a trabalhar de forma independente, a dedicar-se a alguma coisa, quer seja uma causa, um produto ou uma ideia, a tornarem-se corajosas, honestas e confiáveis e a buscarem padrões de desempenho que vão além de seu próprio cargo.

Uma vez que a liderança é o processo de conduzir pessoas a alcançar uma meta comum, podemos admitir que a presença de determinadas qualidades dos seguidores facilita a eficácia dos líderes no alcance de seus objetivos. Se reconhecermos que seguidores eficazes podem significar líderes eficazes, também podemos reconhecer que seguidores eficazes são decorrentes de líderes eficazes e, assim, admitimos que os líderes orientados para o desenvolvimento, com o tempo, tendem a transformar os seguidores medíocres em seguidores eficazes.

Lembra-se, leitor, de algumas situações nas quais pessoas
foram colocadas à disposição do departamento de gestão de pes-
soas por incompetência, baixo rendimento em seu trabalho, pouca
iniciativa ou baixo comportamento empreendedor e, depois de
serem encaminhadas a outro setor, tornaram-se colaboradoras,
motivadas e criativas? O que poderá ter acontecido?

A busca de culpados para tal situação não nos levaria a lugar algum. Cada vez mais, porém, os líderes reconhecem que o meio de elevar os níveis de produtividade e inovação tão necessários à sobrevivência e ao crescimento das empresas no século XXI será criar uma cultura corporativa que encoraje e apoie
os funcionários a encontrar realização pessoal por meio do trabalho.

Com sua visão holística e integradora, a liderança transformacional prepara as organizações para enfrentar e solucionar as questões maiores do novo século, contri
buindo para a reconstrução de um sistema valorativo que deverá estabelecer as "novas bases de negócio".

A expressão liderança transformadora foi utilizada primeiramente em 1978 e esses líderes assumem a responsabilidade de remodelar as práticas organizacionais, visando sua adaptação às mudanças ambientais. Sem essa liderança transformadora,torna-se difícil moldar o futuro mais desejável para a nação ou para o mundo.

Se quisermos obter sucesso nos negócios em todos os sentidos (produtividade, qualidade, rentabilidade, imagem da empresa, inovação etc.), é no ser huma-
no que devemos investir, porque ele, desde o mais simples operário até o presidente da empresa, é a origem de todo o processo de transformação.

Nesse enfoque, cada um em seu nível de atuação contribui com sua essência para dar vida a uma identidade que é maior do que ele próprio: a empresa. Se obtivermos a excelência das pessoas, a excelência empresarial será uma consequência. Quando as pessoas encontram significado no trabalho, naturalmente alcançam seus mais altos níveis de criatividade e mais altos níveis de produtividade, e a dicotomia trabalho e prazer desaparece.

Sabe-se, no entanto, que uma empresa não muda por decreto. Não serão circulares, cartas aos funcionários, ações inconsistentes praticadas por uma área de gestão de pessoas imatura, nem um vídeo superproduzido que farão com que as pessoas
se engajem num processo de mudança ou transformação.

Você, leitor, pode estar se perguntando neste momento: qual a diferença entre mudança e transformação? Para esclarecer, vamos utilizar a definição abaixo. Veja:

Mudança - um modo diferente de agir, fazer de uma nova maneira, mais eficiente ou com maior qualidade. Envolve alterar a atividade, o processo, a rotina.

Transformação - um modo diferente de ser e envolve mudanças de premissas, crenças e valores. Resulta em mudanças no comportamento pessoal e corporativo.

Mas como se transforma uma organização? Há cinco estágios no processo de transformação organizacional e também pessoal.

O estágio inicial pode ser descrito como Inconsciência. Nesse estágio, o líder encontra-se inconscientemente incompetente para atuar como um líder transformador. Não despertou para os novos valores exigidos para o seu papel e age sem questionar suas verdades. À medida que se torna ciente do seu desempenho, muitas vezes exercido de maneira ineficaz, através do feedback do ambiente interno ou externo, entra no segundo estágio de transformação:

Consciência. Este estágio, geralmente incômodo ou mesmo ameaçador, leva-o a decidir e agir em busca da aprendizagem de novos comportamentos para fazer
frente aos desafios que se impôem. Sem dúvida, mudar para um novo modo de ser pode colocá-Io frente a frente com seus medos e inseguranças. Para quem não incluía no seu repertório comportamental tais práticas, passar, por exemplo, a delegar, a dar poder e autonomia a seus funcionários, é um grande desafio e, ao mesmo tempo, apenas o começo do processo de transformação pessoal. Gradualmente, o líder coloca em prática o "novo comportamento", tornando-se conscientemente capaz em uma nova esfera de atuação. À medida que o novo comportamento se torna parte de seus hábitos, ele desenvolve um novo modo de ser e seus valores mudam. O líder agora está pronto para iniciar um novo ciclo cuja evolução é contínua,

A transformação corporativa requer mudança de valores e comportamentos, cujo ponto de partida se encontra na transformação pessoal do líder. À medida que evolui a consciência dos líderes para o papel transformador que devem desempenhar na empresa e na sociedade, outras abordagens surgem para consolidar o que é essencial: seus valores.

Empreender: talento nato ou aprendizado?

Por Simão Mairins

Com um mercado em pleno desenvolvimento e um número cada vez maior de oportunidades sendo abertas, o cenário brasileiro nunca foi tão favorável ao empreendedorismo. Mas será que essa uma alternativa viável para qualquer um? Afinal, é possível aprender a empreender?

No Brasil, poucas pessoas podem falar sobre esse assunto com tanta propriedade quanto José Carlos Dornelas, autor de alguns dos mais importantes livros da área no país. Conversamos com ele para a matéria de capa da revista Administradores nº 8, "Empreendedorismo: que negócio é esse", um grande dossiê do qual participaram também empreendedores de várias partes do Brasil, entre os quais Alexandre Tadeu, fundador da Cacau Show.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com José Carlos Dornelas:
Administradores - Empreendedorismo: aprendizado, vocação ou as duas coisas?

José Carlos Dornelas - Apesar de serem várias as definições sobre empreendedorismo, podemos notar que alguns aspectos sobre o empreendedor estão sempre presentes, como iniciativa e paixão pelo negócio, utilização criativa dos recursos disponíveis, aceitação de riscos e possibilidade de fracassar etc. Assim, podemos definir o empreendedor de maneira abrangente e ao mesmo tempo objetiva como aquele que faz acontecer, que se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. O discurso de que o empreendedorismo nasce com o indivíduo vem mudando cada vez mais. Acredita-se que o processo empreendedor possa ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso é decorrente de uma gama fatores internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as adversidades encontradas no dia a dia.

O Brasil tem registrado uma das maiores taxas empreendedoras do mundo, o que, à primeira vista, pode ser entendido como bastante positivo. Entretanto, analisando a nossa realidade, sabemos que grande parte dos nossos empreendedores estão ali por necessidade, não por iniciativa, o que resulta em níveis de capacitação para a administração empresarial muito baixos. Qual o impacto disso para o país e como podemos profissionalizar esse grupo?

A educação empreendedora deve ser difundida pelo país, não só no nível universitário, mas em todos os níveis. Não só através de cursos formais, mas em programas específicos para empreendedores. Com conhecimento de gestão, os empreendedores entenderão, por conta própria, que empreender apenas por necessidade não os levará a um futuro sustentável. Não é fácil, mas deve ser uma bandeira que o país precisa defender.

"Podemos definir o empreendedor
de maneira abrangente e ao
mesmo tempo objetiva como
aquele que faz acontecer"

No Brasil, ainda há um índice alto de falências entre pequenos negócios. Em sua opinião, por que isso acontece e quais os caminhos para solucionar o problema?

Além da dificuldade de acesso a crédito e menor capacidade de competitividade, a falta de preparo e a carência de conhecimentos gerenciais – onde se inclui a capacidade de planejar – são pontos cruciais que impedem o empreendedor fazer com que seu negócio cresça e se desenvolva. A questão do acesso ao crédito é um problema macro do país e não depende apenas do empreendedor isoladamente para ser resolvido. Por outro lado, questões gerenciais não só dependem dos próprios empreendedores, como deveriam ser priorizadas pelos mesmos. Estatísticas que tratam a dinâmica dos negócios no país são frequentes. Estes estudos permitem que se tomem ações e se criem políticas públicas para auxiliar o desenvolvimento do empreendedorismo nacional. Os que pretendem criar um novo negócio deveriam tomar conhecimento destes relatórios e de suas recomendações, o que hoje é algo fácil de se fazer acessando a internet. Com isso poderão aumentar suas chances de sucesso.

Até que ponto a burocracia e a alta carga tributária prejudicam o empreendedorismo no Brasil?

O custo Brasil é de longe um dos grandes entraves à competitividade das empresas brasileiras. Mesmo assim, muitos empreendedores conseguem se diferenciar no mercado através da inovação, criando vantagem competitiva em relação à concorrência e com isso podendo praticar margens diferenciadas. Como todos os empreendedores sofrem as altas cargas tributárias/fiscais/trabalhistas, devem ser buscadas soluções na inovação que permitam a diferenciação no mercado.

Ações como a Lei Geral das MPEs, o programa Microempreendedor Individual e outras iniciativas têm trabalhado no sentido de melhorar a administração dos pequenos negócios e trazê-los para a formalidade. Em outra frente, o Sebrae tem atuado muito bem no sentido da capacitar e orientar os novos empreendedores. Você acredita que, finalmente, estamos caminhando para um novo cenário, com negócios mais modernos e empreendedores mais profissionalizados?

Raros foram os momentos em que os que pensam em empreender no Brasil tiveram condições tão interessantes para colocar suas ideias em prática. Mas é preciso muita atenção, pois janelas de oportunidades não ficam abertas por muito tempo. Ser a "bola da vez" não significa que o Brasil entrou em definitivo para o grupo das grandes economias mais propícias ao empreendedorismo de longo prazo. Ainda faltam políticas públicas duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo, como alternativa à falta de emprego e visando respaldar todo esse movimento proveniente da iniciativa privada e de entidades não governamentais que já fazem sua parte.

Qual a importância do plano de negócios?

Um plano de negócio é um guia, um mapa, um planejamento da empresa que vai ajudá-lo a atingir o seu objetivo. O empreendedor deve pensar em questões estratégicas, operacionais e de marketing. Com isso se espera que a empresa cresça e que o plano de negócios funcione como uma bússola, um instrumento de gestão.

Há, entretanto, quem ache que o plano de negócios, de certa forma, "engessa" o empreendedor. O que você pensa sobre isso?

O plano de negócios não é uma ferramenta estática. Pelo contrário, é uma ferramenta extremamente dinâmica. Com ele é possível identificar os riscos e propor planos para minimizá-los e até mesmo evitá-los, identificar seus pontos fortes e fracos em relação a concorrência e o ambiente de negócio em que você atua, conhecer seu mercado e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços, analisar o desempenho financeiro de seu negócio, avaliar investimentos, retorno sobre o capital investido... Enfim, você terá um poderoso guia que norteará todas as ações de sua empresa, mas que pode e deve ser atualizado e utilizado periodicamente.

Quem começa um negócio, inevitavelmente, sujeita-se a riscos. Evitá-los totalmente pode ser um entrave na hora de apostar em coisas novas que podem alavancar o empreendimento. Por outro lado, correr riscos desnecessários ou mal calculados pode gerar grandes prejuízos. Afinal, qual a melhor maneira de identificar os limites mínimos e máximos dos riscos que se pode e deve correr?

Os riscos são inevitáveis. Por isso, calculá-los adequadamente é fundamental para quem quer prosperar. É interessante criar um mapa do que pode falhar e dos impactos que o empreendimento pode sofrer caso isso ocorra. As chances de diluir esses riscos são muito maiores se você tiver esse mapa em seu planejamento e tomar as medidas preventivas. É interessante conhecer as variáveis macroeconômicas que mais influenciam seu negócio, definir as premissas para essas variáveis ao longo do tempo, determinar cenários otimistas, prováveis e pessimistas em seu planejamento etc.

Você está preparado para montar um negócio?

Natasha Hazan, coordenadora regional da Endeavor RJ, revela alguns pontos importantes que todo empreendedor deve estar atento.

Por Fábio Bandeira de Mello

Abrir o próprio negócio faz parte do sonho de milhares de brasileiros. A maioria, porém, trava na hora de dar os primeiros passos pelas dificuldades encontradas no caminho. Como forma de colaborar com essa situação, o Portal Administradores está realizando uma série de entrevistas com especialistas e empreendedores de sucesso para auxiliá-lo na construção do seu negócio.

Nessa semana, confira um bate papo feito com Natasha Hazan, coordenadora do Instituto Empreender Endeavor no Rio de Janeiro. Natasha explica o melhor caminho para avaliar um potencial negócio, as características marcantes nos empreendedores de alto impacto e dúvidas comuns quando a assunto é abrir uma empresa. Confira abaixo:

Quais são as características predominantes nos empreendedores de sucesso?
Na Endeavor, acreditamos no empreendedor de alto impacto. Esses empreendedores têm algumas características:
- Sonham grande: eles têm ambição e capacidade de enxergar longe;
- Tem brilho no olho: eles têm paixão pelo que fazem, e por isso fazem cada vez mais e melhor;
- Inovam: sabem que não adianta fazer igual ao concorrente para ter diferenciais;
- Botam pra fazer: eles têm capacidade de executar com excelência;
- São éticos: trabalham com transparência, gestão e profissionalismo.

O dinheiro deve ser o objetivo do empreendedor ou a consequência de realizar o que realmente gosta?
O objetivo de um empreendedor de alto impacto é revolucionar indústrias e o meio no qual atuam. Eles querem crescer para gerar renda, oportunidades e postos de trabalho. Esses empreendedores proporcionam mobilidade social. E o melhor de tudo: inspiram as próximas gerações de empreendedores de alto impacto e, por conseguinte, desenvolvem a economia do país. Sem dúvida o dinheiro é uma consequência de realizar o que realmente gosta de fazer, e também querer ser exemplo para o mercado.
Quais são os mercados de maior potencial no país para abrir um negócio?
Empreendedores, quando olham apenas setores mais aquecidos, podem estar avaliando mal as oportunidades. Nem sempre um setor super aquecido é aquele onde existem as reais oportunidades para um determinado empreendedor. Cabe ao empreendedor encontrar oportunidades em função não apenas do mercado, mas de seus conhecimentos e paixões pessoais.

Existe algum roteiro (caminho) para as pessoas avaliarem o potencial de uma oportunidade?
Avaliar o potencial de determinada oportunidade é uma das principais etapas para um empreendedor. Um bom filtro é conseguir responder quatro perguntinhas básicas:
a. O negócio resolve um problema ou vai ao encontro de necessidades da sociedade?
b. O benefício que o negócio gera é diferenciado o suficiente para que garanta ao empreendedor vantagens na competição com outros?
c. Existe um número de pessoas / clientes em quantidade suficiente para investir neste negócio?
d. Esta oportunidade parece ser lucrativa ou os retornos são baixos demais?

Quais são as principais instituições e órgãos que oferecem apoio e financiam as empresas?
Hoje, cada vez mais, várias organizações e órgãos estão apoiando o empreendedorismo. Na Endeavor, os empreendedores contam com a consultoria de grandes empresários do setor em que atuam. Somos uma organização sem fins lucrativos que ajuda na capacitação de empreendedores para que eles sejam exemplo à próxima geração de empreendedores. Para as empresas que não se encaixam no perfil que procuramos, oferecemos gratuitamente um portal de empreendedorismo no qual é possível encontrar uma videoteca com workshops, E-Talks, blog, revista, artigos e calendário de eventos.

As incubadoras também fazem um trabalho espetacular para ajudar empresas iniciantes e elas podem ajudar bastante o começo de um negócio. O mercado também está pipocando com as aceleradoras, que são empresas que aceleram o crescimento de startups e os apresentam para investidores no mercado. Não podemos esquecer o SEBRAE, uma entidade privada e de interesse público que apóia a abertura e expansão dos pequenos negócios e transforma a vida de milhões de pessoas por meio do empreendedorismo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Como abrir uma empresa sem abandonar a carreira

Escrito por Ana Cristina Chaer Dib Netto

É comum, no início de um negócio, o dono fazer dupla jornada e se tornar empreendedor sem abandonar a carreira. Conciliar a vida de funcionário com a de empreendedor não é fácil, mas pode ser uma boa alternativa até a empresa decolar. Arnold Sanow, autor do livro You Can Start Your Own Business (Você Pode Começar seu Negócio Próprio, ainda sem tradução para o português), dá dicas que vão fazer da sua start-up um sucesso e que o deixarão tranquilo para pedir demissão na hora certa. Confira:

Envolva sua família: mesmo que tenha funcionários, lembre-se de que seu tempo é escasso. Às vezes será difícil dar conta do volume de trabalho. Por isso, conte com a ajuda de familiares nos momentos mais delicados. Seja para atender telefonemas, despachar mercadorias ou colocar o escritório em ordem, ter a contribuição de pessoas próximas e de confiança é uma boa maneira de cumprir mais tarefas em menos tempo.

Esteja pronto para abrir mão dos momentos de lazer: durante esse período, esqueça as horas de lazer. Todo o tempo livre deve ser investido no novo negócio. Esteja certo de que o sacrifício valerá a pena. Caso contrário será penoso abdicar, mesmo que temporariamente, de hobbies antigos. Se você estiver infeliz com a nova rotina, os efeitos serão sentidos no trabalho e no negócio.

Mantenha o profissionalismo: quando estiver no trabalho, foque no trabalho. Não permita que pensamentos sobre seu negócio o distraiam. Não falte ou saia mais cedo por causa de eventuais problemas na sua empresa. Jamais use equipamentos da companhia em que trabalha em benefício próprio.

Cada minuto é precioso: disponibilize 15 minutos do almoço para fazer ligações importantes. Use e-mail para se comunicar a qualquer hora com clientes. O tempo no metrô ou em aviões pode ser utilizado para colocar a leitura de documentos em dia.

Seja honesto: você melhor do que ninguém saberá avaliar se deve ou não contar para seu chefe sobre a dupla jornada. Desde que não interfira no trabalho, há gestores que não se importam com o que os funcionários fazem nas horas vagas. Em muitos casos, é melhor ser honesto do que deixar o chefe com a sensação de que você esconde algo.

5 razões para abrir um negócio

Escrito por Patrícia Machado em 21.01.2011

Começar um negócio próprio e ser um empreendedor é o sonho de muitos profissionais, mas assumir os desafios e os riscos dessa decisão é algo delicado e que deve ser analisado com prudência e atenção. Abrir e gerir uma empresa exige uma série de habilidades e conhecimentos. É preciso saber os conceitos de administração, o futuro do mercado em que se pretende investir, o público que deseja atingir e estratégias de marketing, entre outros.

Para ajudar você a tomar essa difícil decisão, a revista Inc fez uma pesquisa com 462 empreendedores e preparou uma lista com razões para você abrir um negócio próprio. Confira algumas delas.

1. Você é capaz de controlar o seu próprio destino
Possuir um negócio faz com que você não trabalhe para os outros. Você terá a responsabilidade de assumir o controle da empresa e tomar as suas próprias decisões. Isso permite que você construa uma cultura empreendedora capaz de fortalecer a marca da empresa.

2. Você define os seus horários
Ter uma empresa própria garante flexibilidade. O dono do negócio tem a possibilidade de determinar o local onde quer montar a unidade, seja em prédios comerciais ou dentro da própria residência. Além disso, determina os horários em que irá trabalhar e quais serão as suas prioridades.

3. Você escolhe os seus funcionários e parceiros
Trabalhar em uma empresa não permite que você escolha quem serão os seus colegas de trabalho. Isso se modifica quando se resolve ser empreendedor. Dentre as demais funções, o administrador do negócio deverá fazer a seleção dos profissionais que irão trabalhar para o crescimento da empresa. É interessante buscar pessoas que tenham os mesmo princípios que você e que tenham afinidade com o setor de atuação do negócio.

4. Você assume os riscos e colhe os frutos
Não há dúvida de que abrir o seu próprio negócio é um investimento de risco. Mas, se a empresa estiver bem estruturada e em um mercado promissor, a iniciativa poderá gerar importantes resultados. Caso isso aconteça, você assumirá os lucros advindos de um bom trabalho. Para atingir o sucesso, procure aprender com os erros cometidos, acompanhar o cotidiano do negócio e criar boas estratégias para superar os momentos de dificuldade.

5. Você aprende a todo instante
Ser funcionário de uma empresa pode significar, em alguns casos, executar o mesmo trabalho todos os dias. Isso não acontece quando se decide abrir o próprio negocio. A todo instante você aprenderá algo novo, conhecerá o funcionamento de todos os setores da empresa e terá que tomar decisões importantes que podem mudar o futuro do empreendimento.