sábado, 12 de novembro de 2011

Os prós e os contras de começar um negócio logo após se formar

PEGN
Está chegando o final do ano e, com ele, a formatura de muitos jovens. Nessa fase, para alguns deles, surge a dúvida: ocupar uma posição no mercado de trabalho ou abrir minha própria empresa?

Escolher o empreendedorismo deve ser uma decisão ponderada. Para isso, a Entrepreneur elencou os prós e os contras desse caminho. O que você acha melhor para a sua trajetória?

1. Pró: você tem tempo e energia para se dedicar a uma startup.

Sem cônjuge, filhos ou emprego fixo, os recém-formados tendem a ter mais tempo para se dedicar a um negócio novo. Isso permite que eles mergulhem na empresa sem sentir os efeitos adversos da dedicação intensiva. Os longos dias de trabalho – e a falta de sono – também não terão o mesmo efeito em alguém que está acostumado a passar as noites estudando para provas ou escrevendo dissertações. E, além de tudo, não há muito a perder: os jovens normalmente não têm de pagar financiamento imobiliário ou sustentar uma família, o que significa que a receita do negócio pode ser reinvestida.

Contra: Você pode ter mais dificuldade para conseguir crédito.
Um aspecto crucial para uma startup é assegurar alguma forma de financiamento. Às vezes, isso vem de investimento próprio, outras vezes, de anjos. Mas é comum recorrer a uma linha de crédito para a pessoa jurídica. Como recém-formado sem histórico, isso pode ficar mais difícil.

2. Pró: você ainda não está cansado de tanto trabalhar em uma grande corporação.

Para muitos empreendedores potenciais, os anos dentro de uma empresa podem deixá-los cansados do negócio em geral. Isso acontece, em geral, devido ao ambiente regrado e pouco livre de muitas corporações. Os recém-formados não têm essa bagagem e se sentem abertos e positivamente ansiosos sobre suas empreitadas. Eles acreditam que tudo é possível e conseguem arriscar mais. Lembre-se de carregar essa fagulha consigo pelos próximos anos.

Contra: começar um negócio pode significar assumir papéis que você não quer.

Quando pensam em começar seu negócio próprio, muitas pessoas imaginam um home office (ou um escritório na praia), contatos com outros empresários e muito dinheiro para pagar as contas. Infelizmente, esse não é um cenário realista – ao menos não por um tempo. Ser dono de um negócio significa não só liderar a empresa, mas também ser o time de vendas, os profissionais do marketing, o departamento de contas a pagar e a recepcionista. Em resumo, você se torna todos os aspectos do negócio até que seja possível contratar outras pessoas.

3. Pró: iniciar uma empresa vai trazer uma incrível experiência de vida e profissional.

Mesmo que o seu negócio não sobreviva, lançá-lo será uma vivência que irá valorizar o seu currículo. Você não entende o sangue, o suor e as lágrimas envolvidos na construção de um negócio até que tenha passado por isso. Você não compreende o valor de um cliente até que veja o quão difícil é conquistar um.

Contra: a mortalidade de negócios iniciantes é alta.

Fundar um negócio não significa sucesso instantâneo. Vai passar um tempo até que a empresa comece a ter faturamento e você possa levar um dinheiro para casa. Mesmo que a empreitada comece forte, não há garantias de sucesso futuro. Começar um negócio não tem rede de proteção. Você precisa ser destemido. Evitar o medo do fracasso irá ajudá-lo a manter o foco no sucesso.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Para virar Empresário

Isto É - 09/11/2011

O cenário econômico nunca foi tão favorável ao empreendedor. Descubra o que você deve fazer e os cuidados que precisa tomar antes de realizar o sonho de ser dono do próprio negócio

O Brasil está entre as nove nações com maior número de pessoas que abrem negócios no mundo, segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Há diversas explicações para a consolidação do empreendedorismo brasileiro. Com a economia aquecida, a estabilidade financeira e a aprovação da Lei das Micro e Pequenas Empresas, ficou mais fácil tirar uma idéia do papel. 'Há dez anos, quem abria uma empresa eram pessoas que perdiam o emprego e usavam o Fundo de Garantia para criar um negócio', diz Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae de São Paulo. 'Hoje, o cenário é diferente. Para cada um que empreende por necessidade, dois investem pela oportunidade.' Seja qual for o seu caso, confira a seguir quais são os melhores caminhos para se tornar empresário.
•Pesquise as áreas do mercado que mais se identificam com seu perfil profissional
•Reúna informações para dar subsídio à criação da empresa (melhor região, concorrência)
•Organize as informações coletadas para criar o seu Plano de Negócios
•Verifique se o projeto trará retorno financeiro e se o segmento de mercado é promissor
•Registre o negócio e formalize o nome de sua empresa
•Contrate um contador ou um advogado para orientá-lo no momento do registro

AS FRANQUIAS QUE MAIS CRESCEM NO BRASIL

Confira o ranking elaborado pela Associação Brasileira de Franchising

O DESAFIO DA SOCIEDADE

Dicas para evitar o desgaste com outros sócios de sua empresa:
•O sucesso da relação entre os sócios está mais relacionado ao campo da psicologia do que com práticas de gestão
•Paralelamente ao contrato social, faça um contrato de sociedade. Deixe de forma muito clara o papel e as responsabilidades de cada um
•Não misture vida privada com social. Seu sócio não precisa ser seu amigo íntimo
•Decisões estratégicas e financeiras precisam ser tomadas em comum acordo
•Não exija que seu sócio aja como você
•Estabeleça um modelo comum de acompanhamento e fiscalização dos negócios

terça-feira, 18 de outubro de 2011

CURSO DE ENGENHARIA DO SUCESSO

PROGRAMA ENGENHARIA DO SUCESSO E LIDERANÇA (presencial e à distância)

"Se você faz o que sempre fez, você obterá o que você sempre obteve" (Anthony Robbins)

Esse programa se resume em duas palavras: SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO.

Cada pessoa é única... e deve ser sempre valorizada em sua individualidade, por isso esse programa de desenvolvimento e transformação pessoal deve ser feito individualizado para que se atinja os objetivos traçados... FOCO EM SUAS METAS + AÇÃO = RESULTADOS
O engenheiro do sucesso é aquele que sabe transformar sua vida e a vida das outras pessoas para que saiam da inércia e nunca mais voltem ao estado original...

O engenheiro do sucesso é autodisciplinado, espiritualizado, pois precisa ter controle sobre suas emoções...

O engenheiro do sucesso é aquele que sabe como transformar seus sonhos em realidade... para isso ele alinha todos os fatores que levam alguém ao sucesso para que o desenvolvimento seja eficaz, permanente e traga os resultados esperados... (o engenheiro do sucesso é multidisciplinar, multifacetado e integrado as novas tecnologias)...

Deixe de protelar sua vida; Deixe a timidez de lado; Deixe as suas crenças limitantes que te atrapalham... VENÇA NA VIDA...

Quanto custa para você perder mais um ano em sua vida, protelando e deixando sempre para depois? Quanto custa deixar de ir em busca de seus sonhos por mais um tempo?...

O QUE SE PERDE NÃO É O TEMPO NA VIDA. O QUE SE PERDE É A VIDA AO PERDER-SE TEMPO.

Venha fazer esse programa de aprendizado da Engenharia do Sucesso e Liderança... através desse processo, você começará a ver e se preparar para uma vida diferente e mais satisatória em todos os sentidos (pessoal, profissional, financeiro)... ENTRE EM CONTATO... (19) 3012-0970... ou engenhariadosucesso23@gmail.com

DISCIPLINAS:

- AUTOCONHECIMENTO E ESPIRITUALIDADE;

- COACHING APLICADO PARA RESULTADOS RÁPIDOS;

- PNL A NOVA TECNOLOGIA DO SUCESSO;

- AUTODESENVOLVIMENTO;

- EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA;

- EDUCAÇÃO FINANCEIRA (aprendendo a trabalhar com dinheiro);

- MARKETING 3.0;

- WEB 2.0;

- TÉCNICAS DE VENDAS;

- TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO;

- LIDERANÇA;

- COMUNICAÇÃO;

- RELAÇÕES HUMANAS;

- FILOSOFIA E ÉTICA.


"SE VOCÊ PENSA QUE PODE REALIZAR OU SE VOCÊ PENSA QUE NÃO PODE. DAS DUAS FORMAS VOCÊ ESTÁ CERTO. O QUE VOCÊ PENSA É O QUE DETERMINA O QUE VOCÊ É". (HENRY FORD)

"QUEM QUER FAZER ALGUMA COISA, ENCONTRA OS MEIOS. JÁ, QUEM NÃO QUER NADA FAZER, SEMPRE ENCONTRA AS DESCULPAS". (PROVÉRBIO ÁRABE)

"NÃO SE PODE ENSINAR ALGUMA COISA A UM HOMEM; APENAS AJUDÁ-LO A ENCONTRÁ-LA DENTRO DE SI MESMO". (GALILEU GALILEI).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O caminho das pedras para abrir um negócio

Confira abaixo cinco passos a seguir ao empreender um negócio e saiba como conseguir suporte ao seu projeto.

Por Simão Mairins e Fábio Bandeira de Mello.

O primeiro passo é pensar na ideia. Quando o negócio é desenvolvido em torno de algo que o empreendedor domina ou tem afinidade, as chances de sucesso aumentam. É interessante analisar também quais as oportunidades existentes no mercado. Às vezes, há nichos prontos para serem explorados.


Conhecimento – Você precisa coletar informações para dar subsídio consistente à criação da empresa. É fundamental trocar ideias, pedir palpites e conversar com especialistas e pessoas experientes do mercado. Eles podem ter críticas construtivas, que podem lhe ajudar bastante na concepção do negócio.

Planejamento – Projetar as informações coletadas aumenta a chance de o negócio dar certo e possibilita a verificação de sua viabilidade. Nessa fase, são detectados os riscos, os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing e o plano financeiro que viabilizará a nova empresa. A partir dele, deve se buscar o capital inicial e o apoio necessário para abrir o empreendimento.

Implementação e registro – Na abertura do negócio, o empresário deve atentar para a redação do contrato social, em que são relacionados aspectos práticos do seu funcionamento, como definição básica da empresa, o capital social (valor ou bens investidos), a relação entre os sócios e a divisão dos lucros.

Próximos passos – Com o negócio iniciado, começam os verdadeiros desafios. Tenha em mente que dedicação, sensibilidade administrativa, persistência e trabalho duro são fundamentais. "Empreender é uma jornada, e não um destino", conforme recomenda Lynda Applegate, professora titular da Harvard Businnes School.

ONDE CONSEGUIR APOIO E ASSESSORIA

Sebrae – É a principal entidade de apoio ao empreendedorismo no Brasil, atuando em todos os estados. São oferecidos desde conselhos para a abertura da empresa e consultorias até cursos sobre gestão, marketing, finanças, entre outros. Mais informações em www.sebrae.com.br

Endeavor – Entidade internacional que atua no suporte ao empreendedorismo em países em desenvolvimento. No Brasil, o instituto oferece apoio no acesso ao capital e aos serviços qualificados, além de promover eventos para estimular o interesse dos investidores locais por negócios empreendedores. Mais em www.endeavor.org.br

Incubadoras de empresas – São entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio inicial de uma empresa e desenvolver a aceleração de empreendimentos. Em geral, oferecem assessoria na gestão técnica, facilidades de serviços compartilhados e um espaço físico especialmente adaptado para alojar cada negócio.

Universidades – Muitas instituições oferecem iniciativas de apoio à tecnologia, como o Disque Tecnologia da USP. Além disso, nas universidades é possível contar com a ajuda de empresas juniores para consultorias voltadas à resolução de problemas em diferentes áreas de atuação. No Brasil, existem cerca de 1.200 empresas nesse estilo. Detalhes em www.brasiljunior.org.br

Cooperativas – São empresas de propriedade coletiva e democraticamente geridas. Nelas, um grupo de profissionais de uma mesma área se une e presta serviços semelhantes. Todos os integrantes de uma cooperativa são sócios e têm o mesmo poder de voto.

Empreendedorismo: que negócio é esse?

Histórias de sucesso e a própria teoria ensinam que a melhor forma de descobrir a resposta à pergunta acima é colocando ideias em prática e fazendo as coisas acontecerem.

Por Simão Mairins e Fábio Bandeira de Mello.

Embora não haja consenso entre os historiadores sobre a data e o local, especula-se que foi em 5.000 a. C., em algum lugar da antiga Mesopotâmia, que o homem inventou a roda. Verdade ou não, o fato é que, pouco tempo depois – aliado à domesticação de animais – o invento já era utilizado para potencializar a capacidade de transporte de cargas e pessoas. Podendo ir mais longe e com mais bagagem, as populações antigas construíram estradas, ergueram edificações e conquistaram novos territórios, unindo povos e dando o primeiro passo para o que, um dia, viria a se chamar de globalização.

Tudo o que a roda possibilitou ao longo da História, no entanto, só se fez possível porque o homem foi capaz de reinventá-la diante de cada nova necessidade ou desejo. No século 3 a. C., o matemático grego Arquimedes projetou o primeiro sistema de roldanas, que permitiu levantar objetos pesados, inviáveis de se erguer apenas com a aplicação de força direta. Hoje, esse sistema é utilizado, por exemplo, nos elevadores e nas academias de musculação. Na China, século 2, descobriu-se que aquele objeto circular poderia ser utilizado para o transporte de cargas médias em curtas distâncias somente com a força do homem: assim foi inventado o carrinho de mão. Já na França do século 18, com as cidades em expansão, a criação dos primeiros automóveis e da bicicleta revolucionou a mobilidade urbana.

Para o economista austro-húngaro Joseph A. Schumpeter, essa iniciativa de recombinar estruturas, redesenhar conceitos e gerar novidade tinha nome: empreendedorismo. Responsável pela introdução de uma nova visão dos sistemas produtivos, ainda na primeira metade do século XX, o teórico colocou o empreendedor no centro dos seus estudos e o posicionou como elemento chave para o desenvolvimento. Graças a ele, de acordo com Schumpeter, é que são inventados novos bens, esquematizados novos processos e desenvolvidos novos mercados.

"Apesar de serem várias as definições sobre empreendedorismo, podemos notar que alguns aspectos sobre o empreendedor estão sempre presentes, como iniciativa e paixão pelo negócio, utilização criativa dos recursos disponíveis, aceitação de riscos e possibilidade de fracassar", destaca o professor José Dornelas, autor de alguns dos principais livros sobre o assunto no Brasil.

Veja todas as matérias do especial
■O caminho das pedras para abrir um negócio
■Saiba como ter espírito empreendedor e transformar seu sonho em realidade

Entrevistas
■Receitas de sucesso: como a Cacau Show se tornou referência em empreendedorismo
■Empreender: talento nato ou aprendizado?


Quando tinha apenas 17 anos, Alexandre Costa já havia tomado consciência disso tudo e percebido que existia um mercado pouco explorado na confecção de chocolates artesanais. Com apenas US$ 500 dólares de investimento, o jovem rapaz iniciou seu negócio em uma sala de 12m² na empresa de seu pai. "Na Páscoa de 1988, com muita determinação, consegui uma encomenda de dois mil ovos de 50 gramas. Para minha surpresa, ao chegar com o pedido na fábrica, fui avisado de que não havia possibilidade de produzir ovos com esse peso. Para honrar o compromisso assumido, resolvi fazer os ovos por conta própria. Comprei matéria-prima com o dinheiro que peguei emprestado de um tio e contratei uma senhora que fazia chocolate caseiro. Após três dias com jornadas de trabalho de 18 horas, o pedido foi entregue", relembra Alexandre.

Agora, aos 40 anos, ele conta com mais de 4.400 funcionários, produz em uma fábrica de 17.000 m² de área construída, possui filiais em todos os estados brasileiros e é o grande responsável pela Cacau Show, a maior rede de lojas de chocolates finos do país. "Hoje somos uma marca moderna, democrática e inovadora. A Cacau Show revolucionou o mercado de chocolates ao oferecer produtos de alta qualidade – com carinho artesanal – a preços acessíveis", orgulha-se o empresário, que venceu o Prêmio Empreendedor do Ano 2011, promovido pela Ernst & Young Terco.

"O discurso de que o empreendedorismo nasce com o indivíduo vem mudando cada vez mais. Acredita-se que o processo empreendedor possa ser ensinado e entendido por qualquer pessoa, e que o sucesso é decorrente de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as adversidades encontradas no dia-a-dia", afirma Dornelas.

Um exemplo disso é a história de André Luís, ex-morador de rua e menino do tráfico, que descobriu que poderia ter uma vida diferente sendo empreendedor. "Eu fiz um curso de informática no período que passei no Instituto Padre Severino (centro de reclusão de menores do estado do Rio de Janeiro). Aproveitando os conhecimentos de edição de textos, diagramação e editoração de imagens que adquiri lá, resolvi criar um informativo", conta André, que hoje é dono do jornal Plantador Fiel, cuja tiragem mensal de oito mil exemplares circula no Complexo do Alemão.

Empreender no Brasil


Em abril deste ano, a pesquisa mundial Global Entrepreneurship Monitor (GEM) apontou que o Brasil tem a maior taxa de empreendedores iniciantes do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e do BRIC (reunião de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China). Em números, isso significa que, em 2010 – ano base do levantamento – 21,1 milhões de brasileiros eram empreendedores em negócios com até três anos de atividade, ficando atrás apenas dos chineses.

A pesquisa também aponta que o empreendedorismo no Brasil tem sido motivado mais por oportunidades do que por necessidade (casos em que se empreende por não haver outra alternativa) – o que, pelo menos teoricamente, indica uma atividade mais qualificada. Em complemento, o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações registrou, em janeiro, o menor índice de pedidos de falência em um início de ano desde 2005, embora o número ainda continue alto.

Por trás das estatísticas tão animadoras, entretanto, os empreendedores brasileiros têm ainda muitos obstáculos a superar, principalmente aqueles relacionados ao ambiente econômico e empresarial do país, como, por exemplo, burocracia excessiva, uma das cargas tributárias mais altas do mundo e infra-estrutura incipiente.

De acordo com dados do Banco Mundial, o Brasil ocupa a vergonhosa 127ª posição no ranking de facilidade de fazer negócios, atrás de países como Botswana (52º), Azerbaijão (54º), Vanuatu (60º), Samoa (61º), Tonga (71º) e Mongólia (73º). No mesmo levantamento, o país aparece entre os mais complicados na hora de se abrir um empreendimento (128º no ranking de facilidade de se abrir um negócio), atrás de Irã (42º) Moçambique (65º), Etiópia (89º) e Cabo Verde (120º). Na América Latina, Peru (54º), Chile (62º) e Colômbia (73%), por exemplo, também estão em situação melhor que a do Brasil.

Então, saber lidar com a dificuldade é um pré-requisito que, para os brasileiros, vem antes de muitos outros. "O custo Brasil é, de longe, um dos grandes entraves da competitividade das empresas brasileiras. Mesmo assim, muitos empreendedores conseguem se diferenciar no mercado por meio da inovação, criando vantagem competitiva em relação à concorrência. Como todos os empreendedores sofrem com as altas cargas tributárias, fiscais e trabalhistas, devem ser buscadas soluções inovadoras, que permitam a diferenciação no mercado", destaca Dornelas.

"O empreendedor brasileiro já está familiarizado com a burocracia. Além do mais, nós já temos várias ações de desburocratização para quem quer iniciar uma atividade empresarial, como o próprio Empreendedor Individual. A burocracia dificulta, mas não é impedimento para quem deseja empreender", reforça Joana D'Arc de Melo, coordenadora do Programa de Empreendedorismo do Sebrae-PR.

"É verdade que ainda há muita gente empreendendo no Brasil simplesmente por necessidade. Mas nada impede que essas pessoas se capacitem e possam ser bons empresários. Aliás, esse é um dos principais papéis do Sebrae: orientar os que começam por necessidade, para que eles minimizem os riscos e possam desenvolver uma atividade mais qualificada", afirma Joana D'Arc.

No caso de André, os diferenciais foram sua habilidade de negociação e um bom plano de negócios. Ele conta que, após participar de um curso do governo federal, foi habilitado a participar de uma feira de negócios, onde pôde expor seu trabalho e captar patrocinadores. "Hoje, a L'Oreal Paris e o Banco do Brasil são nossos parceiros graças a isso", conta André.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Franquias: uma opção para os empreendedores

Por Marcos Morita

Apesar dos recentes solavancos da economia, provocados pela elevação da cotação do dólar, rebaixamento das dívidas dos países de primeiro mundo e insolvência grega, um setor cresce a taxas de tigres asiáticos no Brasil, passando praticamente incólume a estas flutuações. Trata-se do segmento de franquias, o qual de acordo com a Associação Brasileira de Franquias crescerá 15% em faturamento em 2012, chegando a quase 90 bilhões de reais.

Baseados em sua maioria na prestação de serviços e em venda de bens de consumo não duráveis ou semiduráveis, as compras ocorrem por conveniência ou impulso, fazendo do mercado interno seu maior público-alvo. O poder de consumo aquisitivo conquistado pelas classes C e D, a participação da mulher no mercado de trabalho, maior número de pessoas vivendo sozinhas e o ritmo de vida corrida das grandes cidades, fizeram com que os pequenos e médios negócios localizados estrategicamente explodam suas vendas.

Para constatar o fenômeno, basta um passeio por alguns dos mais de setecentos shoppings centers do país, conforme dados da Alshop - Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings. Um gaúcho em Belém ou um amazonense em Santa Catarina se sentem em casa passeando pelos seus corredores. As marcas familiares estampam as vitrines, letreiros de lojas de roupas e calçados, lanchonetes e restaurantes atraem os mais diversos consumidores.

Os proprietários e administradores destes centros de consumo também o incentivam não só pelo poder de atração das marcas, mas também pelo retorno mais rápido e menor probabilidade de insucesso. Hoje, cerca de 60% a 70% dos shoppings são ocupados por franquias. São estas, aliás, as principais razões pelas quais centenas de milhares de empreendedores preferem estrear em seus negócios próprios.

As taxas de adesão e royalties embutem não apenas treinamentos e suporte, mas principalmente ativos intangíveis, tais como a marca, experiência anterior, modelo de negócios e menor possibilidade de mortalidade nos primeiros cinco anos de operação - fato que acomete oito em cada dez empresas de acordo como o SEBRAE de São Paulo. Já nas franquias este número cai para 1,5.

Sobre as variantes de novos empreendedores, existem desde os franqueadores profissionais, os quais investem em várias marcas de franquias ou concentram seu foco em diversas lojas de uma mesma rede, passando pelo executivo cansado da vida corporativa até o franqueado que investe as economias de uma vida na realização do negócio próprio. Em comum, liberdade, estabilidade, realização profissional e um bom pró-labore.

Não obstante, a importância dos aspectos financeiros, tais como retorno sobre o investimento, disponibilidade de fluxo de caixa e eventuais empréstimos, sem os quais o plano de negócio não conseguirá sair do papel, o futuro empreendedor deverá fazer uma pesquisa aprofundada. Buscar informações sobre o franqueador, conversar com franqueados de alto e baixo desempenho sobre o suporte e treinamentos oferecidos, o marketing institucional realizado e o relacionamento entre as partes, são fatores essenciais para o sucesso do negócio.

Pesquise também sobre eventuais lojas fechadas, assim como a oferta de lojas a venda em jornais e sites de franquias. Com estas informações poderá construir seu próprio cenário, confrontando com os demonstrados pelos franqueadores.

Como professor de empreendedorismo, sugiro que o empresário se imagine na função, verificando sua adequação ao dia a dia da operação da franquia, o qual, muitas vezes, poderá ser repetitivo e estressante. Lidar com fornecedores não pontuais, absenteísmo de funcionários e clientes apressados e muitas vezes mal educados podem ser frustrantes, trazendo saudades do mundo corporativo.

Saliento também a limitação inerente ao sistema de franquias, o qual cerceia a criatividade dos empresários, seja no lançamento ou modificação de serviços ou produtos. A padronização faz parte da vantagem competitiva das redes. Desta maneira, oferecer produtos não homologados, mudar o layout e o cardápio, podem trazer sérios problemas de relacionamento com o franqueador.

Por fim, sugiro que faça uma auto-reflexão profunda, verificando se conseguirá se adaptar as regras e procedimentos impostos pelo sistema de franquias. Apesar dos conselhos de franqueados, os quais interagem e sugerem modificações ao franqueado, você não terá toda a autonomia como se estivesse em seu próprio negócio. Afinal tudo na vida é uma questão de custo e benefício. Cabe a você escolher.

sábado, 24 de setembro de 2011

Está começando a empreender? Saiba o que perguntar ao contador

por Cláudio Henrique de Castro.

A escolha de um contador confiável e competente é uma importante tarefa para quem esta começando um empreendimento. Uma vez que este é um dos personagens mais importantes entre os stakeholders da empresa. Ele não é apenas responsável pelo trabalho de coleta de informações fiscais na sua empresa, mas também pode ser um importante parceiro para moldar a estratégia financeira e organizacional da organização.

Para quem está começando, acredito que quatro características sejam fundamentais para a contabilidade da pequena empresa. São elas:
Conhecimento sobre Tributação;
Entender como funciona o fisco;
Saber lidar de forma eficiente com o fisco; e
Ter um conhecimento amplo de práticas que possam melhorar a pequena empresa.

Outra ação importante que o empreendedor deve ter em conta é procurar uma contabilidade que veja sua empresa como um foco. Ou seja, que não tenha milhares de clientes para cuidar. Neste caso, as pequenas contabilidades são mais indicadas.

Abaixo seguem algumas perguntas que vão lhe ajudar a escolher melhor o contador de sua empresa:
Qual tipo de sociedade é melhor para minha empresa? Quais as vantagens e desvantagens de cada uma?
Onde estão os melhores financiamentos de fomento? Você pode me ajudar a encontrar?
Você vai me auxiliar a planejar e cuidar das questões trabalhistas da minha empresa?
Quais registros e métodos preciso ter para participar de licitações?
Você me ajudaria a montar um fluxo de caixa?
Você pode me ensinar sobre os termos contábeis e ser um conselheiro para minha empresa?

Existem muitas outras questões para serem perguntadas, porém coloquei as que considero mais importante neste tópico. Peço ao leitor que coloque outra questões importantes a serem feitas ao contador, direto nos comentários deste post.

E para finalizar, é importante ressaltar que a relação entre contador e empreendedor é conduzida por uma única palavra: Confiança. Ela é que possibilita a harmonia entre as partes e a sustentação para todas as ações.