quarta-feira, 25 de maio de 2011

Educação infantil precisa abordar finanças e empreendedorismo

Desenvolver o espírito empreendedor e estimular modos inovadores de raciocínio são ferramentas essenciais à preparação de nossas crianças e jovens para o futuro

Por influência do capitalismo, que coloca a concorrência, a ambição e o acúmulo de dinheiro como sinônimos de poder e soberania, nossas acrianças são bombardeadas pela visão positiva do consumo desmedido. Pais e professores brasileiros sentem-se despreparados e sem tempo para trabalhar com seus filhos e alunos situações referentes às finanças, assunto tão presente no cotidiano brasileiro.

A sociedade vem exigir modificações nesse cenário, no qual o dinheiro reina sobre valores morais e éticos. Há como transformar essa realidade que nos assola com a mais forte arma que possuímos, a educação, buscando a saúde econômica do país, orientando os alunos a constituírem uma poupança. Diante disso, veem-se muitas e excelentes razões para se educar as crianças sob o olhar da educação financeira e do empreendedorismo.

Dessa forma, fica claro a importância de se preparar cidadãos que enfrentem um mercado crescente, que os pressiona para o consumo. É necessário o desenvolvimento de habilidades e atitudes que permitam regular a conduta pessoal e familiar para o uso racional de recursos econômicos escassos.

A partir dessa perspectiva, a alfabetização econômica e a educação para o consumo proporcionam as ferramentas para que todos possam entender seu mundo econômico, interpretar os eventos que podem afetá-los direta ou indiretamente e melhorar as competências para tomar decisões pessoais e sociais sobre a variedade de problemas econômicos que se encontram na vida cotidiana.

O estudo do desenvolvimento de conceitos econômicos na infância e adolescência vem ganhando espaço nas últimas duas décadas. Isso é provado por uma série de estudos neste âmbito. Porém, ele não tem sido tão evidente em torno do estudo das condições que possibilitam que os indivíduos alcancem seus níveis de alfabetização econômica para atuar eficientemente no mundo econômico.

A partir da educação financeira, a criança tem chance de aprender a planejar gastos e a consumir de modo responsável, livre da alienação consumista. Como a educação exige consistência e repetição, quanto mais cedo se começa, maiores as chances de sucesso na construção de uma mentalidade responsável em relação ao dinheiro. A educação financeira proporciona maturidade para evitar situações de irresponsabilidade financeira e ainda faz mais: ensina a gastar com prazer, a investir, a doar, a poupar, a ser mais feliz.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Educação financeira pode melhorar rendimento de funcionários

Educar financeiramente é transmitir o conhecimento necessário e fornecer ferramentas para que as pessoas possam visualizar de forma clara sua situação financeira

Fonte: Infomoney

Dívida. Essa é uma das responsáveis pelo estresse, ansiedade e preocupação da maioria das pessoas. Com tantos problemas financeiros para resolver, o desânimo chega e a queda de rendimento no trabalho também.
De acordo com a educadora financeira Silvia Alambert, algumas organizações já perceberam que a educação financeira é uma aliada à produtividade e à qualidade de vida dos seus funcionários.

"Acredito que a educação financeira se tornará cada vez mais uma grande aliada das empresas, pois o recurso mais valioso dentro de uma empresa é o seu 'elenco' e, por isso, a saúde financeira de seus funcionários será cada vez mais um pilar da boa governança", afirmou a educadora.

Educar financeiramente, segundo Silvia, é transmitir o conhecimento necessário e fornecer ferramentas para que as pessoas possam visualizar de forma clara sua situação financeira e fazer escolhas mais saudáveis e inteligentes. "Ao mesmo tempo, permite que comprendam diferentes tipos e formas de investimento como oportunidade para seu perfil ou situação financeira", completou.

Para que os resultados sejam satisfatórios, é necessário um acompanhamento e que as pessoas sintam os benefícios da educação financeira.

Trabalhando em conjunto

"É importante destacar que a implantação de um método de educação financeira requer todo um esforço conjunto que deve ser pensado pelas duas partes: empregador e o beneficiado", explicou Silvia.

A educadora acredita que, da mesma forma que os custos com planos de saúde foram compartilhados entre empregador e empregado, a educação financeira será assim nos próximos anos.

"Os resultados podem ser surpreendentes. Colaboradores motivados, amparados por empregadores que se preocupam em vê-los crescendo financeiramente, são colaboradores que se tornam empoderados para que cumpram suas metas e objetivos profissionais e pessoais com extrema satisfação e tranquilidade", concluiu Silvia.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quem se interessa pelos pequenos empresários

Focar em micros, pequenos e médios empresários pode ser uma excelente alternativa para a empresa manter seu ciclo de caixa positivo. Com menos poder de barganha muitas vezes este perfil torna um grande parceiro do fornecedor fortalecendo a relação: ganha-ganha.

Por Flávia Chinelato

Sinônimo de prosperidade para muitas empresas é atender as grandes empresas, preferencialmente as multinacionais. Visando este público pouca atenção é dada aos micros, pequenos e médios empresários. Indiferente do tipo de segmento, todos querem ter uma grande cartela, ou melhor, uma cartela com grandes clientes.

Tamanho não é documento, já dizia o dito popular há anos. Grandes empresas não são sinônimos de grandes clientes. Claro, muitas são honestas, sérias e agem de maneira bastante coerente, deixando no mercado sua marca positiva. Mas infelizmente nem todas as empresas podem ser consideradas grandes clientes.

Grande parte não compra nada a vista, começa a pagar com 40, 60 ou 90 dias, parcelam ao máximo, atrasam os pagamentos e no final chegam querendo renegociar a dívida pagando 60% do valor total da compra. Para eles é um orgulho ter um fluxo de caixa tão positivo! Para os fornecedores um pesadelo ou escravidão.

Apesar da competição tão acirrada nos últimos anos, algumas empresas fazem pouca ou nenhuma questão de atender este perfil de clientes. Focadas em atender os pequenos e muitas vezes desconhecidos clientes, tem o seu faturamento anual bastante positivo. Além de uma segurança de que não são massacradas pelos gigantes do mercado.

Por serem menores e com menos poder de barganha, muitas vezes nasce ai uma relação saudável para ambas as partes. De um lado o fornecedor tem um cliente fiel que compra regularmente, ainda que seja em menor quantidade, mas que honra os compromissos em dia, não causando prejuízos financeiros. Do outro lado tem um cliente com um fornecedor parceiro que por estar positivo é capaz de realizar promoções, descontos ou algum tipo de benefício extra e ambos crescerem juntos.

É uma oportunidade de mercado para quem não tem condições ou interesse em investir em clientes altamente exigentes e pouco delicados. Não quer dizer que os menores são exclusivamente os melhores pagadores, porém é uma fatia de mercado que tem sua importância e pode sim gerar um bom retorno aqueles dispostos a investir.

15 filmes que todo administrador deve ver

Professores da área de Administração e Negócios recomendam as obras que consideram indispensáveis para os profissionais que ocupam cargos de gerência e liderança.

Por Mariana Osorio, www.MBA.AmericaEconomia.com

"O cinema é a arte do século XX e a Administração a disciplina. Ambos têm feito uma aliança para mostrar o empresário ou o administrador ao mundo". Assim define María Elena Carballo, ex-ministra da Cultura da Costa Rica e professora do Incae Business School, a relação entre o cinema e a Administração de Empresas.

Carballo explica que a sétima arte tem se interessado desde o início do século pelas figuras do empresário e do administrador, e as mostra para prover um campo de análise. E, na maioria das vezes, o faz de uma forma crítica, para que possamos estudar seu comportamento.

"Na vida real, não se pode fechar as pessoas em um globo para experimentar como em "O show de Truman", porque é antiético, mas você pode estudar sua acção com antecedência e, em seguida, traduzi-lo em uma obra, quer seja no cinema ou na literatura", disse Carballo.

Um dos ensinamentos que há no cinema, explica a acadêmica, é que ele mostra as múltiplas dimensões de quem tomas as decisões. "É a grande diferença que tem com os estudos de caso, onde você vê os resultados da empresas e do gerente em uma única dimensão. No cinema você vê sua vida íntima, como se esforçam para fazer sua empresa prosperar, mas também como traem, se enfurecem, algo que se aproxima muito mais dos seres humanos", afirma.

Para ela, isso é o que interessa conhecer nas escolas de negócios, e explica também que se abordam constantemente os temas que estão por trás do sucesso, como a solidão.

"Quando uma família faz uma homenagem ao empresário latinoamericano o pinta como um santo, e isso o distancia totalmente da realidade. Em geral, eles são pessoas com as mesmas falhas que temos todos, e isso é o interessante, seus problemas, seus erros, e como chegam a formar grandes conglomerados empresariais lidando com isso", explica a professora.

Nos Estados Unidos, aponta a ex-ministra, é muito mais fácil abordar esses temas no cinema, porque eles conseguem ver como heróis personagens como Bill Gates. Na América Latina, se exalta mais o herói militar ou o religioso. "Nós praticamente não temos filmes sobre administradores, porque se tende a pensar que são pessoas pouco interessantes ou desonestas, e esse mito tem que ser mudado ensinando as pessoas histórias de empresários que têm feito coisas boas, mas que cometeram erros também", defende.

Estudos de caso

O professor da escola equatoriana Espae-Espol Francisco Alemán, orientador de um cine-fórum para estudantes de MBA chamado "Hollywood e Administração", crê que o uso de filmes pode ajudar na compreensão de determinados modelos teóricos, mas também de como os personagens são influenciados pelos comportamentos organizacionais e as motivações gerenciais, que são parte desse mundo real.

"O cinema é um bom meio de descrever os comportamentos humanos, organizacionais, os processos de tomada de decisões, a comunicação, os estilos de liderança e tudo que tem relação com um tema específico", afirma o professor. Além do mais, explica que o tema dos estudos das escolas de negócios são os casos, e o cinema dá um maior realismo a esses casos.

Os filmes que um administrador não pode perder:

1 – Amor sem escalas (Up in the air, 2009)

Trata de um executivo que viaja o mundo com a missão de demitir trabalhadores de empresas multinacionais, e, de repente, chega em seu departamento uma mulher que resolve implantar um processo de demissões por videoconferência. Entra em cena um conflito entre gerência tradicional e gerência nova, que salta das escolas de negócios transformando as relações. "George Clooney (o protagonista) representa a geração que se defende muito bem das mudanças tecnológicas e consegue, nesse sentido, se sustentar", afirma Alemán.

Outro conflito presente é o da comunicação. O personagem tem um esquema de comunicação em que não escuta, não lê os sinais, o que resulta em um grande erro. Segundo Carballo, mostra um problema psicológico do personagem. "Ao fazer essa coisa tão horrível que é despedir as pessoas, se protege viajando constantemente sem ter relações interpessoais constantes. Assim, desenvolve uma armadura para não se comprometer emocionalmente com ninguém, e quando se compromete já é tarde", afirma.

2 – Ponto Final – Match Point (Match Point, 2005)

"Aí está o personagem arrivista, típico do século XIX, que vai chegar ao topo de qualquer jeito", diz o professor. O personagem principal, um tenista aposentado que dá aulas a milionários em Londres, é traído por sua própria ganância e, ao mesmo tempo, pelo sexo e a paixão.

3 - Enron: The Smartest Guys in the Room, 2003

Documentário sobre a fraude e posterior falência da empresa norte-americana Enron, um caso fantástico para tratar de ética profissional, indica Alemán.

4 – Treze dias que abalaram o mundo (Thirteen Days, 2000)

Aborda a crise dos mísseis em Cuba, em 1962. Explora o modelo de decisões do agente racional e expõe conceitos interessantes sobre tomada de decisões e estratégias.

5 - A Verdade dos Bastidores (The Quiz Show, 1994)

Trata de um caso real dos anos 50: um engano massivo da televisão, aborda o tema da corrupção. ""É para pensar o início da carreira. Nele, três jovens tomam decisões que serão definitivas para suas vidas profissionais", conta Carballo.

6 - Barbarians at the Gate, 1993

Descreve o golpe mais famoso na história da RJR Nabisco. Os temas interessantes para se analisar são: LBO, Teoria da Agência, Fusões e Aquisições.

7 – Encontro com Vênus (Venus Meeting, 1991)

"Um diretor da Europa Oriental chega para conduzir uma orquestra onde predomina a Europa Ocidental. Mostra o quanto é difícil conseguir o sucesso em outra região. Excelente filme para analisar a liderança intercultural", diz Carballo.

8 - Com o dinheiro dos outros (Other People's Money, 1991)

Trata de uma empresa adquirida de maneira fraudulenta e as transformações que decorrem disso. "Nele, aprendemos sobre gerência das mudanças, resistência às mudanças, os valores da empresa antiga e como resgatá-los", afirma Alemán.

9 – Crimes e pecados (Crimes and Misdemeanors, 1989)

Esse filme mostra dois homens de sucesso que devem enfrentar diferentes dilemas éticos. "Trata muito bem do tema crime e castigo", afirma Carballo.

10 - Tucker (Um homem e seu sonho, 1988)

Trata de um empresário que quis introduzir inovações nos automóveis de sua época para criar "o carro do futuro", potente, rápido e aerodinâmico, e se depara com diversos obstáculos, mas consegue desenvolver suas propostas.

11 – O último imperador (El Último Emperador, 1987)

É a história do último imperador chinês, que subiu ao trono aos três anos de idade. Serve para ver o estilo e entender como o líder nunca está só e encontra-se sempre rodeado de uma equipe que o molda.

12 – Wall Street 1 – Poder e cobiça (Wall Street, 1987)

Apresenta o homem ganancioso e inescrupuloso capaz de fazer o que seja por dinheiro. "Mostra muito bem o perigo que é o tema do manejo da informação confidencial no mercado de valores, e também diferentes faces da liderança", afirma Alemán.

13 - Gandhi (Gandhi, 1982)

Biografia do líder indiano que lutou contra os abusos da ocupação inglesa e junto a outros líderes levou finalmente a independência ao seu país em 1947. "Desse filme pode-se tirar grandes lições de liderança", afirma Carballo.

14 – Doze homens e uma sentence (Twelve Angry Men, 1957)

Nesse clássico pode-se explorar temas como eficiência da decisão coletiva, liderança, persuasão, comunicação.

15 – O cidadão Kane (Citizen Kane, 1941)

"É um filme extraordinário, que está entre os 10 melhores da história. É uma obra indiscutível de um cineasta jovem, cujo protagonista associa para sempre a solidão e o sucesso profissional, uma dicotomia real de que, se somos exitosos, somos solitários", explica Carballo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Franchising em 'alerta': banalização pode comprometer a credibilidade do sistema

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o índice de mortalidade das franquias é de menos de 1% ao ano, o que faz o negócio ser ainda mais atrativo

Por Melitha Novoa Prado

Atuo no franchising brasileiro como consultora há mais de duas décadas. Afirmo categoricamente que franquias são, normalmente, um ótimo negócio. Porém, há pessoas e empresas que estão colocando em risco a credibilidade deste sistema. Vou explicar.

Há muitas franqueadoras que trabalham com ética, profissionalismo e seriedade. Elas oferecem a seus franqueados uma estrutura que os ajudará a ter sucesso em suas unidades e, mais do que isso, alcançar o retorno do investimento que fizeram. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o índice de mortalidade das franquias é de menos de 1% ao ano, o que faz o negócio ser ainda mais atrativo. Este dado somado ao apoio técnico e administrativo de uma boa franqueadora - além do direito de uso de uma marca já consolidada no mercado – impulsionam empreendedores para alcançar realização pessoal e profissional.

Por ser um excelente negócio, especialmente para quem não tem experiência empresarial no setor que pretende investir, as franquias vêm crescendo muito no Brasil a cada ano. Hoje já são mais de 1700 empresas franqueadoras no país. O problema é que junto com esse crescimento assistimos a banalização do sistema - um risco tanto para franqueadores sérios como para franqueados de boa-fé, interessados em ter um negócio próprio sólido e rentável.

A todo instante, ouvimos empresas que se consideram 'franqueadoras' afirmarem que seus negócios são "100% garantidos" e isentos de risco. Outras vêm propondo até consórcio para aquisição de uma franquia. Normalmente, com ofertas fantasiosas, tais empresas querem apenas garantir um aumento em seu próprio faturamento.

Porém, ainda há muitas pessoas que, motivadas pelo sonho de ter um negócio próprio, acreditam nestas promessas. Perdem dinheiro e se desiludem com o mercado de franquias. Vale ressaltar que as franqueadoras sérias também perdem com esta situação: o trabalho antiético de alguns resvala na reputação de quem trabalha com honestidade.

A ABF tem se preocupado muito com esse problema, já que um de seus papéis principais é defender o setor. Uma das provas disto é a atuação da Comissão de Ética, composta por franqueadores, franqueados, advogados e consultores que, periodicamente, avaliam práticas que fogem da Lei de Franquias. No entanto, a rapidez com que ofertas 'nebulosas' se disseminam, especialmente por meio da Internet, permite que empresas mal-intencionadas provoquem enganos, falsas ilusões e, pior ainda, erros irreparáveis.

Atenção, futuro franqueado: antes de investir numa franquia, faça uma pesquisa sobre o tipo de negócio que lhe interessou, o potencial de mercado, o sucesso alcançado pela marca e principalmente, a idoneidade da empresa. Também é interessante conversar com outros franqueados da rede, buscando saber o nível de satisfação em relação ao franqueador. Com informação será possível não só fazer uma boa escolha, mas, principalmente, vencer aqueles que podem afetar o franchising brasileiro. E vale tudo para mantê-lo forte e saudável.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A importância da comunicação nos dias atuais

Por Acácio Garcia

O mundo hoje está dividido em dois grandes blocos:

pessoas que falam em público e pessoas que não falam em público.

As pessoas comunicativas levam vantagens em relação às tímidas.

Quantas oportunidades perdemos na vida por causa da timidez?

Imagine-se no lugar do dirigente de uma empresa selecionando um profissional para compor sua equipe. Entre os candidatos a serem selecionados, estão um tímido e outro comunicativo.

Qual deles você selecionaria?

Com toda certeza, o candidato mais extrovertido, não é verdade?

Não foi por acaso que você se interessou por esse tema tão importante nos dias atuais.

Nessa conturbada vida moderna e nesse mercado corporativista, a cada instante que passa, surge a oportunidade de nos comunicarmos em público.

Tal oportunidade está presente em todas as atividades, numa época em que a busca por uma profissão de destaque exige essa imposição de naturalidade na fala, qualquer que seja o tipo de profissão que você tenha escolhido.

E falo assim porque muitas pessoas pensam que falar em público é importante somente aos profissionais da área jurídica, do magistério ou da política.

É óbvio que a necessidade de falar em público se agiganta à medida que vamos galgando posições de liderança na sociedade, nas organizações públicas e privadas e mesmo como autônomos.

Desta forma, todos os profissionais, indistintamente, bem como os estudantes, devem estar preparados para se apresentar em público com naturalidade e prazer, ao invés dos atropelos do nervosismo e do pavor.

Sob meu ponto de vista, a educação brasileira deveria iniciar esses treinamentos já no ensino fundamental (o antigo primeiro grau), com práticas mensais de oratória, poesias e outros tipos de apresentação em público, com campeonatos e entrega de medalhas e placas aos vencedores, mostrando, desde a infância, o valor que o mercado dá àqueles que falam bem e se apresentam em público com naturalidade.

Caso contrário, continuaremos a assistir a vergonhosas e péssimas apresentações de nossos acadêmicos, mestrandos e doutorandos que pagariam uma fortuna para escapar de TCCs, monografias, dissertações e teses exigidos ao final de cada curso.

E o pior: quantas vezes acadêmicos procuraram nossos cursos de oratória, alegando que estavam desistindo de seus cursos por terem que apresentar trabalho em sala de aula.

Após a participação no curso, eles viam, por meio das práticas simples, alegres e descontraídas, que o "bicho-papão" do medo das apresentações era muito menor do que eles pensavam.

Em todas as profissões o que mais se usa após a formatura é a comunicação, a fala em público.

Para exemplificar: um engenheiro administrando uma obra com centenas de trabalhadores ou um médico administrando um hospital ou uma clínica utilizará quase 80% da oratória, da comunicação, e somente 20% de conhecimentos técnicos aprendidos em seus cursos universitários.

Portanto, se existe um presente valiosíssimo para você, para seus filhos ou para alguém que você ama, é um bom curso de oratória prático e filmado.

Vale ressaltar que o curso teórico de oratória não possui a mesma força que o curso prático e filmado acompanhado com as respectivas correções ou feedback.

É notório que após o curso você melhora sua auto-estima e, com as ferramentas das técnicas em mãos, passa a ter prazer em fazer uso da palavra nos encontros entre amigos, nas reuniões, nas palestras, numa festa de aniversário, de casamento ou de formatura, em sala de aula ou em alguma outra solenidade de sua empresa ou órgão público.

Vale salientar que falar em público não é só pedir a palavra e fazer um discurso "sem eira nem beira", com palavras soltas e desencontradas.

Falar em público é interagir e manter uma comunicação efetiva com os ouvintes, transmitindo todas suas idéias e pensamentos, com um objetivo claro e sem ruídos na comunicação.

Apresentar-se em público é convencer os ouvintes. É dominar bem o assunto que está expondo.

É falar para uma plateia como se estivesse conversando com naturalidade, para um grupo de amigos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ter uma segunda carreira pode valer a pena

Com a velocidade que a tecnologia trouxe ao mundo corporativo, muitos executivos se esquecem de manter o desenvolvimento profissional e pessoal, afirma articulista.

Por Caio Infante.

No mundo corporativo 2.0, os executivos começaram a pensar em uma segunda carreira. Essa prática pode ser importante por diversos motivos que vão desde a satisfação de ampliar horizontes como forma de crescimento pessoal até possíveis insatisfações com a área na qual se está trabalhando e a aposentadoria que um dia virá.

Com a velocidade que a tecnologia trouxe ao mundo corporativo, muitos executivos se esquecem de manter o desenvolvimento profissional e pessoal. Focados ao extremo nas atividades que desenvolvem nas corporações onde atuam, com smartphones que não permitem que se desliguem de suas atividades profissionais nem durante a noite, essas pessoas acabam por deixar a vida pessoal e até mesmo o desenvolvimento de suas carreiras em um sentido mais amplo, limitando-se a resolver os problemas do dia a dia, sem uma visão de médio e longo prazo em si próprio.

Ter uma segunda opção e desenvolvê-la com calma é a melhor forma de se lidar com o lado profissional já que não existe a necessidade de adquirir o conhecimento de forma rápida, o executivo pode participar de cursos sobre o assunto de interesse paralelamente às atividades e estudos relacionados à sua área de atuação. Esse desenvolvimento auxilia em bastante uma potencial mudança de função caso o profissional passe por uma transição de carreira, seja por necessidade ou pela substituição natural das empresas.

Por exemplo, Kátia trabalha em controladoria e adora dançar, fez vários cursos nesta área como forma de conhecer mais os estilos disponíveis, profissionalização e relaxamento. Foi demitida e resolveu buscar oportunidades nas duas áreas. Desta forma ela pode avaliar as melhores oportunidades e escolher a que ia de encontro com suas expectativas.

No exemplo acima citamos um hobby para ilustrar, mas ele pode ser abordado de diferentes modos. Pode ser um administrador que se interessa por economia, após desenvolver essa área do conhecimento resolve largar a administração e dedicar-se a esse novo campo.

Várias são as opções disponíveis e as combinações possíveis tudo depende das preferências de cada indivíduo. O importante é se preparar. Um executivo que resolve dar essa guinada profissional sem preparo pode dar um "tiro no pé", pois deixará uma posição confortável na área em que atua e terá dificuldades imensas de ingressar no novo ramo sem qualquer experiência.

Para auxiliar no desenvolvimento da segunda carreira é importante seguir alguns passos como participar de cursos, palestras e workshops sobre a área escolhida, aproveitar para fazer network com profissionais da área. Antes de concretizar qualquer alteração o executivo também deve fazer o planejamento financeiro da mudança reduzindo gastos e mantendo uma reserva financeira para conseguir minimizar contratempos desta ordem.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Aprendizagem Organizacional e a Educação Corporativa

A boa educação corporativa não ensina só a apertar botões. A corporação gera o emprego, paga o salário, desenvolve o conhecimento, aperfeiçoa as habilidades, educa e capacita para uma realidade onde o discurso e a prática andam juntas.

Carlos Rodrigues*

Segundo Davenport e Prusak, no livro “Conhecimento Empresarial”, aprender em organizações significa testar nossa experiência e transformá-la em conhecimento acessível a toda Organização.

Conhecimento em organizações é “uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Nas organizações , ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas,processos, práticas e normas organizacionais.”

Em adição entendo a Educação Corporativa como formar e desenvolver profissionais, promovendo a geração, assimilação, difusão e aplicação do conhecimento organizacional, através de um processo de aprendizagem corporativa contínuo para alinhar as competências individuais às competências institucionais e transformando o conhecimento em valor agregado aos produtos e serviço da empresa.

Em resumo a Educação Corporativa é um dos processos práticos de aplicação da aprendizagem organizacional.

Hoje os cursos superiores de tecnologia, como exemplo, tem uma grade curricular voltada para a preparação daquilo que o mercado esta carente. Em nível universitário, tem durações de dois ou três anos e procuram seguir o atual modelo americano de curta duração e especificidade requerida de mercado.

O aluno adquire conhecimentos em uma área de saber e parte mais cedo para o mercado onde adquirirá as habilidades complementares e desenvolverá atitudes práticas de um ramo de negócio ou que exija competências específicas.

Se este aluno der a sorte de iniciar sua carreira em uma empresa de ponta que possua uma Universidade Corporativa, as ditas habilidades e atitudes específicas desta organização lhe serão transmitidas e rapidamente terá condicões de estar formado do jeitinho que o mercado precisa dele.

A idéia é muito boa!

Hoje nos EUA cerca de 50% dos matriculados em cursos universitários o estão em cursos de curta duração. Soma-se a isto que lá , continuada a expansão atual da Universidades Corporativas, se prevê-se em 2010 que numericamente se tenha mais Universidades Corporativas que Universidades Tradicionais.

Acredito que este modelo, depois de devidamente tropicalizado, mostrará uma luz no fim do tunel para os atuais entrantes no mercado de trabalho que, em função do alarmante nível de desemprego, não estão hoje sequer conseguindo enxergar o tunel.

Em áreas cuja velocidade de renovação do conhecimento é muito alta, o ensino universitário tradicional de cinco anos(60 meses) já se desatualiza totalmente em 18 meses.

O saber geral das várias expressões culturais nunca acabará. O que muda e a forma de se adquirir competências. O ensino superior de curta duração pressupoe a educação continuada após conclusão do curso.

O conhecimento universal não precisa e não deve ser unicamente em salas de aula. Outras formas de ensino e aprendizagem hoje disponiveis devem ser utilizadas e desenvolvidas.

A Educação e Aprendizagem Corporativa são voltadas ao alinhamentos das competências humanas com as competências essenciais do negócio. Sonhos pessoais e necessidade de maior competitividade podem e devem andar juntos.

Trabalhabilidade é chave neste momento do mundo globalizado onde tempo é dinheiro, qualidade é fundamental e competitividade é fator de sobrevivência.

A Educação Corporativa não preconiza a extinção do Ensino Tradicional. Pelo contrário, as grandes Universidades Corporativas do mundo tem como principais parceiras as Universidades Tradicionais.

A boa Educação Corporativa não ensina só a apertar botões. A corporação gera o emprego, paga o salário, desenvolve o conhecimento, aperfeiçoa as habilidades, educa e capacita para uma realidade onde o discusso e a prática andam juntas.

Considerando resumidamente os fatores e características básicas de cada tipo de ensino/educação:

1.COMPETÊNCIAS
Enquanto o ENSINO TRADICIONAL desenvolve as competências para o mercado de trabalho genérico, a EDUCAÇÃO CORPORATIVA foca as competências essenciais do negócio específico.

2.APRENDIZAGEM
Enquanto o ENSINO TRADICIONAL é baseada em sólida formação conceitual e universal, a EDUCAÇÃO CORPORATIVA calca-se nas práticas e estratégias de um ramo ou setor de negócios.

3. SISTEMA EDUCACIONAL
Enquanto o ENSINO TRADICIONAL é formal e acadêmico, a EDUCAÇÃO CORPORATIVA se fundamenta na gestão de competências e na formação profissionalizante.

4.ENSINAMENTO
Enquanto o ENSINO TRADICIONAL desenvolve crenças e valores universais, a EDUCAÇÃO CORPORATIVA se preocupa também com crenças e valores da empresa e do segmento de mercado onde atua.

5.CULTURA
Enquanto o ENSINO TRADICIONAL desenvolve cultura só acadêmica, a EDUCAÇÃO CORPORATIVA desenvolve também a cultura organizacional

6.RESULTADO
Enquanto o ENSINO TRADICIONAL forma cidadãos para a comunidade genérica, a EDUCAÇÃO CORPORATIVA forma cidadãos competentes para o sucesso da empresa, dos clientes, fornecedores, empregados, acionistas e comunidade setorial onde atua.

O que nós queremos dos futuros profissionais e cidadãos é desenvolver-los sim para a Trabalhabilidade, para o trabalho e não para o cada vez mais raro emprego.

Essa educação voltada para a necessidade prática de mercado, socialmente responsável, não aliena o indivíduo e nem busca reproduzir doutrinas e valores retrógrados, busca sim formar cidadões capazes de produzir e viver com dignidade e principalmente trabalhar e aplicar na prática aquilo que aprendeu.

- Nos tempos atuais, que empresa produtiva (Indústria/Serviços) contratará um acadêmico com uma sólida formação conceitual e universal e uma competência genérica fabulosa, mas no qual terá que investir durante dois anos em formação específica e de negócios? Porque esta mesma empresa já não propicia o desenvolver das competências de seus mais habilidosos colaboradores ou da comunidade que ela está inserida?

* Carlos Alberto Dias Rodrigues, Engenheiro pela UNIFEI, especialização em gerenciamento pela FEA USP, pós-graduado em E-Management pela FGV, educador, consultor, palestrante, gestor e formador de e-formadores, cadre@ymail.com
Fonte: Web+proativa