segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Por que pessoas talentosas não conseguem ter sucesso?

Por Simão Mairins

Como já dizia Peter Drucker, “inteligência, imaginação e conhecimento são recursos essenciais, mas somente a eficiência os converte em resultado”

Auvers-sur-Oise, França, 27 de julho de 1890. Financeiramente desequilibrado, Vincent, irmão de Theodorus e paciente do doutor Gachet – conhecido psiquiatra da região, atira contra o próprio peito, em um campo de trigo, perto da casa onde mora. O disparo não é certeiro e ele acaba retornando ao próprio quarto, cambaleante, mas sem deixar ninguém na rua perceber o ocorrido. Vincent permanece recluso até o dia 29, quando é encontrado por alguns amigos. Mas já é tarde.

O motivo exato do suicídio nunca ficou claro para as pessoas do pequeno povoado situado nas redondezas de Paris. Mas cogitou-se, na época, que o descontrole emocional de Vincent, intensificado pelo inconformismo com a situação financeira enfrentada por ele e o irmão, o tenha levado à atitude drástica. Vincent era pintor e Theodorus tentava vender seus quadros, mas os trabalhos não empolgavam ninguém a pagar muita coisa por eles.

Hoje, mais de um século depois, poucos artistas são tão venerados no mundo quanto Vincent, que somente após a morte conseguiu sucesso e ficou conhecido por seu sobrenome: Van Gogh. Considerado um precursor da ligação entre tendências impressionistas e o modernismo, o pintor, que é de origem neerlandesa, influenciou diversas vanguardas que surgiram em diferentes países no início do século XX.

quadro de van gogh
No limiar da Eternidade, quadro pintado por
Vincent Van Gogh pouco tempo antes de
cometer suicídio.

Assim como Van Gogh, muitos outros profissionais, extremamente competentes na atividade em que são especialistas, não conseguem tirar proveito da própria genialidade. Por quê?

O escritor norte-americano John C. Maxwell, que é especialista em treinamento de líderes e autor do livro "Talento não é tudo", afirma que essa capacidade pessoal "é algo muitas vezes superestimado e frequentemente mal entendido". Segundo ele, "quando as pessoas realizam grandes coisas, os outros muitas vezes explicam suas realizações atribuindo-as ao talento. Mas esta é uma maneira falsa e equivocada de encarar o sucesso".

Maxwell ressalta em seu livro que o talento tem, sim, sua importância, e não pode ser desconsiderado. "Onde os Estados Unidos estariam se o país não tivesse sido formado por líderes talentosos?", afirma o escritor. No entanto, ele afirma que é preciso ir além, transformar competência em eficiência.

Já dizia Peter Drucker...

drucker
Peter Drucker.

O pai da administração moderna, Peter Drucker, dizia que "inteligência, imaginação e conhecimento são recursos essenciais, mas somente a eficiência os converte em resultado". Para o consultor Deni Belotti, o compromisso com os próprios projetos é fundamental, e não pode ser esquecido. Para ele, a regra básica é: persistência. Segundo Belotti, é preciso ter "visão, capacidade de sonhar grande e, é claro, uma grande dose de determinação".

Já Elias Awad, palestrante corporativo e biógrafo de grandes executivos brasileiros – como Samuel Klein, da Casas Bahia – afirma que, no mercado de trabalho, a melhor maneira de transformar talento em sucesso é somando. "Em um mundo onde é inadmissível pensar em realizar algo sozinho, eu acrescento ao pensamento do mestre Peter Drucker que não basta apenas a sua convergência e o seu comprometimento, mas sim o da equipe", afirma Awad.

O escritor complementa chamando atenção para a questão da autoconfiança. Segundo o escritor, é ela que "levará ao merecimento. Ou seja: eu me empenho, eu me aprimoro, eu estudo, eu leio... Portanto, mereço ser feliz e ter sucesso. Enquanto isso não estiver muito claro em nossas mentes, os problemas e adversidades, muitas vezes criados ou potencializados por nós mesmos, serão mais fortes que nossas capacitações e objetivos. Dizem que querer é poder... Então, antes de poder, você precisar querer", afirma Awad.

A importância das escolhas

Na vida, nem sempre fica claro qual o melhor caminho para se chegar a um determinado objetivo. Na verdade, saber claramente qual objetivo perseguir não é uma tarefa muito fácil. As opções são muitas e uma coisa é importante ter em mente: nem sempre dá pra escolher todas. Por isso, grande parte do sucesso de um profissional, certamente, dependerá das decisões tomadas ao longo da carreira. Como fazer isso da maneira certa?

"Saber escolher e decidir é fruto de exercício constante", afirma Elias Awad. Segundo o escritor, "quanto mais se praticam escolhas e decisões, certamente, mais apurado fica seu feeling".

Awad chama atenção, no entanto, para o fato de a confiança excessiva na experiência adquirida ao longo da vida poder atrapalhar na hora de se tomar uma decisão. "Quanto mais apurado seu feeling, mais atento aos detalhes você deve estar, para não tomar decisões e assumir escolhas fundamentado apenas na autoconfiança", explica o escritor.

Talvez Van Gogh tenha tomado decisões erradas, não tenha acreditado no próprio potencial nem conseguido gerir seu trabalho. Ou não. O gênio pode, simplesmente, ter sido um incompreendido. Mas, e você: tem conseguido transformar seu talento em sucesso? Afinal, como diz John C. Maxwell, "todos temos algo que podemos fazer bem". Deixe seu comentário. 

O que o Coaching pode fazer por sua empresa

Por Indiara Oliveira

Os benefícios da implantação da cultura de coaching e o impacto disso nos resultados da empresa é a proposta deste artigo. Esta abordagem propõe uma reflexão sobre a importância de uma ferramenta dinâmica e estimulante, para o mapeamento e direcionamento de equipes, identificando seus pontos de melhoria, valores, crenças e competências.

O coaching em sua vertente empresarial tem como objetivo maior conduzir o movimento que identificará o cenário atual da sua organização, com vistas a montar estratégias para alcançar o cenário desejado, proporcionando ainda com isso ganhos intrínsecos secundários, mas não menos importantes, percebidos pela equipe, a cada desdobramento do processo.
A partir de mecanismos dinâmicos e estimulantes, as sessões de coaching acontecem criteriosamente, provocando a mobilização da equipe, levando-a a identificar, reconhecer e mensurar o potencial humano do grupo, num processo desafiador e instigante de abordagem sistêmica, explorando o que há de melhor em cada um dos seus integrantes.

O coach não precisa ser um expert no negócio do cliente. Com uma boa formação e ferramentas e técnicas adequadas, o coach tem plena condição de conduzir o processo, promovendo o alinhamento da equipe com as metas corporativas, atuando como analista comportamental, levantando competências, sem esquecer obviamente da perspectiva pessoal e de qualidade de vida de cada componente da equipe.

No coaching é possível identificar e estabelecer estratégias e metas, sessão a sessão, visando superar, o que poderão ser as crenças limitantes. Essas crenças cegam e obstruem os esforços impedindo o despertar da equipe para o foco e para a criatividade. Incutindo a importância da visão sistêmica e a ressignificação dessas crenças, aprimoramos a comunicação e o controle das emoções, ativamos o empowerment no indivíduo e assim minimizamos o efeito dos fatores que sabotam, interferem e impedem a organização de alcançar os resultados desejados.
O coaching, como ferramenta de aceleração de sucesso, consequentemente identifica esses traços limitantes da equipe, que se não observados atempadamente, poderão desdobrar para um movimento desfavorável de desmotivação e, não raro, de autosabotagem, com reflexos nos resultados da empresa. Daí, tratar adequadamente os sinais de timidez, insegurança, ansiedade, comportamento inadequado, dificuldade para lidar com pressões e outras adversidades como falta de foco e de assertividade, pode determinar o bom resultado do processo.
Este movimento, que vem crescendo aceleradamente no Brasil, tem sido a solução que muitas empresas encontraram para dar vigor a suas equipes e assim alcançarem o tão almejado cenário de sucesso.
A seguir, apresento como a metodologia é capaz de atuar em sua empresa, colaborando para desenvolver e potencializar a equipe:
- Traçar o Mapa Mental
O comportamento da sua equipe é determinado pelas pessoas que a compõem, e o comportamento de cada uma delas tem relação direta com seus respectivos mapas mentais. Fatores como crenças, convicções, valores, talentos, habilidades e competências definem a forma como desempenharão seus papéis na organização, e o coach é o profissional mais qualificado para conduzir o processo que identifica, mensura, adequa e equaciona esses fatores, fazendo-os aliados, convergindo-os na direção do propósito da empresa.
- Desenvolver o Potencial Humano
O coaching hoje é a ferramenta mais adotada no universo corporativo para garimpar talentos a ressaltar potencialidade, colocando-as em ação. É a metodologia que alinha essas forças ao plano estratégico organizacional, fomentando a alta performance individual, visando alcançar os melhores resultados, e como consequência natural, elevando a qualificação profissional da equipe.
- Alinhar Expectativas
Muitas vezes não há clareza do que é a expectativa da empresa e muito menos, a do colaborador. Sem que isso esteja claro e devidamente alinhado, dificilmente se alcançará o que há de melhor em ambos. O coach, como profissional qualificado para levantar essas expectativas e com suas técnicas bem aplicadas, traz para a equipe e consequentemente para a organização o alinhamento disso que, definitivamente, é preponderante para o sucesso do processo de coaching executivo.
- Direcionar Esforço
Sem planejamento, foco e alinhamento dificilmente os resultados serão satisfatórios. Esforço mal direcionado desgasta e desmotiva em decorrência do retrabalho e da falta de compreensão de como se quer alcançar o resultado. No processo de coaching as sessões são canalizadas para organizar a força de trabalho no sentido sinergético do propósito da empresa. Alinhando, de parte a parte, idéias e motivações.
- Gerenciar Emoções
Emoção é um dos fatores mais imprescindíveis quando falamos de seres humanos. Não é possível pensar numa equipe, por mais pragmática e racional que seja, sem pensar no quanto há de troca emocional ali, não só intra como interpessoalmente. Assim sendo, é fundamental que isso seja bem conduzido e dimensionado. Neutralizando o impacto nocivo das emoções e implantando uma politica adequada de feedback, transformamos algo que seria devastador, numa ferramenta poderosa de motivação e compromisso. Coaching é isso, coaching é entender sua equipe holisticamente, tirando de seus mais diversos aspectos, aquilo que pode agregar valor, colocando-a na direção do que a levará ao cenário desejado.
- Acelerar Resultados
Coaching é ação e acelerar resultado é o maior de todos os objetivos desta ferramenta poderosa de mobilização de pessoas. O coach, como figura qualificada para conduzir esta metodologia, num processo de cocriação com o cliente, identifica a real necessidade da sua empresa e o perfil de sua equipe. Se, é a partir das pessoas que se alcançam os grandes resultados, é a partir do coaching que se inicia um processo extraordinário de melhoria pessoal, fazendo o indivíduo se transformar no melhor profissional que ele puder ser, partindo do individual na direção do conjunto, somando forças e direcionando-as dentro do propósito organizacional visando alcançar aquilo que mais se espera quando se resolve implantar a cultura do coaching numa organização: O SUCESSO.
Por isso, todo e qualquer processo de coaching deve ser conduzido por coaches devidamente certificados, formador por instituições reconhecidamente sérias, o que garantirá o melhor resultado do processo e a satisfação do cliente, seja ele o profissional, seja ele uma grande empresa.

3 erros mais comuns dos empreendedores

Por Marisa Adán Gil

Existem muitas listas indicando o que o empreendedor deve fazer para ter sucesso. Mas pode ser mais útil entender quais são as atitudes que levam uma empresa ao fracasso. Se você conseguir identificar quais são os fatores que estão limitando o crescimento do seu negócio, poderá tomar as providências necessárias parar evitar o desastre. Segundo Karl Stark e Bill Stewart, fundadores da consultoria Avodale e colunistas da Inc, existem três fatores que impedem o empreendedor de construir uma empresa saudável: 1. Eles acreditam que a situação está fora do seu controle e por isso não tomam nenhuma atitude; 2. Eles não estabelecem metas para cada fase da sua jornada; 3. Eles não fazem reavalições ao longo da trajetória.
Não importa quais sejam as dificuldades enfrentadas pela empresa, sempre há escolhas. Acreditar que a situação é imutável é um erro bastante comum. Nos negócios, sempre é possível mudar três coisas: a maneira como você se relaciona com os clientes; a maneira como você se relaciona com os funcionários; a maneira como você se relaciona com os seus objetivos. Nem sempre é possível transformar todas as três, mas sempre dá para mexer em pelo menos uma delas. Quando os sócios são capazes de ver os fatos com objetividade, podem enxergar as diferentes opções de conduta. Por exemplo, nem todos os ativos da empresa estão na folha de balanço: o comprometimento e a lealdade dos clientes, seu relacionamento com os fornecedores e a localização da empresa são vantagens que podem ser usadas a seu favor.
Somente quem estabelece metas pode saber se está no caminho certo. Um bom jeito de determinar objetivos é colocar no papel onde quer que a sua empresa esteja em cinco anos, com base em indicadores confiáveis. Depois, é preciso voltar no tempo e calcular quais são as conquistas que precisam ser feitas ao longo de um ano, dois anos, três anos… Dessa maneira, cada vez que realizar um desses objetivos, saberá que cumpriu mais uma importante etapa rumo ao sucesso.
Depois que os planos foram estabelecidos, é preciso dar sequência ao planejamento, fazendo reavaliações constantes das metas. Os empreendedores que não fazem esse balanço tendem a tomar decisões erradas. Talvez a sua estratégia não esteja funcionando. Ou talvez a empresa esteja indo bem, mas os funcionários estejam descontentes. Se uma dessas frases for verdade, é preciso sentar na mesa e repensar todo o plano. Nem sempre o empreendedor percebe que a empresa está com problemas. Para evitar o pior, tenha sempre em mente essas três regras: saiba que é possível mudar a situação da empresa; estabeleça metas com base em indicadores confiáveis; reavalie o plano regularmente.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Pense e faça


Por Ralph Marston
Não é suficiente apenas pensar sobre nossos objetivos e visualizá-los. Só pensar não o levará a lugar algum, a não ser que você combine isso com ações. Também não adianta só agir. Sem foco e inteligência, suas ações podem ser inúteis e até mesmo destrutivas.
É essa combinação entre pensar e fazer que produz a grandeza. O pensamento e a clara visualização tornam suas ações eficazes e elas servem para transformar seus pensamentos em realidade.
O pensamento não é um substituto para a ação, assim como a ação não é uma substituta para o pensamento. Embora as duas coisas sejam necessárias, a maioria das pessoas tem uma inclinação mais forte para apenas uma delas.
Muito do esforço necessário para conseguir realizar algo está justamente na superação dessa tendência natural – de fazer sem pensar ou de pensar sem fazer. Para aqueles que fazem esse esforço, combinam as duas coisas e se superam, qualquer objetivo é possível de ser alcançado.

Cada vez mais forte


Por Ralph Marston
Quanto mais você faz uma coisa, melhor fica nisso. Quanto mais você levanta pesos, mais fortes ficam seus músculos. Quanto mais você reclama, melhor fica em reclamar. Quanto mais você aprende, melhor fica em aprender. Quanto mais você inventa desculpas, melhor fica em se desculpar. Quanto mais coisas você realiza, mais realizações é capaz de conseguir.
Quais são os seus talentos? Quais você gostaria que fossem? Hábitos negativos podem ser muito fortes, porque foram praticados por muito tempo. Em comparação, qualquer nova ação positiva vai parecer fraca no começo. Cultive-a e ela ficará mais forte. Decida no que você quer ser forte e faça – e continue repetindo.
É impossível transformar-se num campeão de musculação com apenas um treino. Você precisa de tempo e repetição para se desenvolver. Comece hoje mesmo a se fortalecer nas áreas que melhor lhe servirão.

Grandes ideias


Por Ralph Marston
Pense como uma ideia pode ser poderosa. Toda grande invenção, todo trabalho magnífico de arte, toda conquista brilhante começou com uma ideia. Não há limites para onde uma ideia pode levá-lo.
Mesmo assim, uma ideia sozinha não é suficiente. Ideias são inúteis se alguém não executá-las. Por si só, uma ideia não é capaz de fazer nada – ela só passa a ter valor quando ações correspondentes são realizadas. Você provavelmente já teve centenas ou até mesmo milhares de boas ideias – e as únicas que serviram para algo foram aquelas que tiveram uma ação sua conectada ou causada por elas.
Ideias só criam valor quando investimos nelas nossas ações. De fato, quanto mais você age sobre suas ideias, melhor essas ideias acabam ficando. Por quê? Se você nunca age sobre suas ideias, não tem de se preocupar se elas são realistas ou não. Saber que você terá de agir baseado nessa ideia irá fazê-lo ter mais foco, ser mais realista e obter maior sucesso. A ação impõe uma disciplina saudável no seu pensamento e traz as melhores ideias à tona.
Uma ideia é um mapa para o sucesso – e não o sucesso em si. Uma ideia é um ótimo começo, mas só se você agir. Respeite e valorize suas boas ideias, agindo para transformá-las em realidade.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

As empresas precisam estar prontas para ouvir


Por David P. Lima Jr 
Investimentos na comunicação com os funcionários é um processo difícil dentro das grandes corporações
Em nenhum outro momento a frase “botar a boca no trombone” esteve tão viva e atual no mundo corporativo como nos dias atuais. Centenas de empresas espalhadas por todo o país estão investindo em maneiras de fazer com que seus funcionários sejam ouvidos pelo alto escalão. O mundo da comunicação corporativa vem, pouco a pouco, se especializando e se firmando como fator estratégico. As empresas descobriram que a chamada “rádio-peão” provocava fortes distorções nas informações e que as pessoas tendiam a agir com um forte comportamento tendencioso. Durante muito tempo a “fofoca news” deu a impressão de que os funcionários sabiam mais que a própria diretoria. E na verdade, em muitos casos, sabiam mesmo. Preocupados com os resultados, na maioria das vezes, catastróficos, os empresários estão investindo pesado em mecanismos que acabem com a boataria.
Uma pesquisa recente feita pela ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) demonstra que os investimentos nesta área ultrapassam os R$ 1,2 bilhão. É chegada a hora de enterrar de vez o velho “telefone sem fio” acabando definitivamente com os rumores e com a rede de intrigas que esta prática provoca. Afinal, como é possível o corpo de profissionais saber mais que a empresa? Ter ou não uma informação preciosa pode ser fator determinante para o fechamento de um grande negócio, para evitar perdas, para fortalecer uma posição competitiva, enfim, tudo o que é dito pelos corredores deve ser dito abertamente. Esta realidade traz à tona um fato: as pessoas que compõem uma empresa precisam estar preparadas para falar e para ouvir. O mundo empresarial precisa entender de uma vez por todas que as pessoas devem ter a liberdade de se expressar, mesmo quando o resultado de suas manifestações forem verdadeiras asneiras, pois, quando ouvidas as asneiras, o incêndio pode ser apagado antes de tomar proporções desastrosas.
A hora e a vez da interatividade e o investimento para ouvir empregados – Além dos tradicionais meios de comunicação (comunicações internas, boletins, jornais internos), as empresas contam, hoje, com meios eletrônicos, como intranet, painéis, terminais e telas digitais e, em alguns casos, rádios e TVs internas. Na Intellibiz, uma empresa de traduções empresariais, os funcionários são motivados a falar. Uma vez por mês a diretora Sra. Ana Carolina, reúne seus funcionários em um exercício que para muitos seria sinônimo de loucura, pois colocaria muita gente no “fio da navalha”. Ela reúne sua equipe onde eles, literalmente, colocam a boca no trombone, esclarecem todos os pontos duvidosos, as histórias mal contadas, etc. – e está satisfeita com os resultados dessa nova ferramenta. É claro que neste caso, este tipo de reunião é possível por se tratar de uma empresa de pequeno porte, mas há casos em que empresas constituíram em seus sistemas de comunicação verdadeiras redes de TV e rádio. Fazem questão que seus colaboradores participem. Muitas criaram uma linha direta com um ouvidor, outras ainda estão em busca de uma solução que torne possível uma comunicação clara, objetiva, rápida e acima, de tudo confiável.
Outra ação que tem se tornado bastante comum é investir em cursos de técnicas de comunicação verbal e não verbal. As empresas estão pagando mais para as pessoas que têm habilidades de comunicação bem desenvolvidas. O mundo corporativo está ávido de pessoas que se expressem com clareza, que sejam capazes de contestar e manter suas contestações, mas não há lugar para as pessoas “inseguras”. A habilidade de se comunicar é fator essencial para uma boa liderança que por sua vez é vital para as empresas que desejam permanecer em um mercado cada vez mais competitivo. Nos últimos anos tenho treinado pessoas para falar em público. Percebi que as empresas que investiram neste tipo de treinamento, quando se apercebem dos resultados, acabam por treinar suas equipes inteiras. A comunicação não é privilégio do corpo diretivo ou da liderança.