domingo, 7 de abril de 2013

Você é engajado?

Por Karina Magolbo

O Estudo Global sobre A Força de Trabalho, realizado pela Towers Watson, mostra que apenas 28% dos profissionais brasileiros estão altamente engajados no trabalho. Entre os demais, 30% estão desengajados, 26% se sentem sem suporte por parte das empresas e 16% estão desvinculados de suas companhias (acesse o estudo completo aqui).
Entrevistei para a Revista Liderança Digital, Luiz Edmundo Rosa – diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional) – que falou sobre os fatores que influenciam o engajamento de um profissional.
Engajamento é sinônimo de comprometimento, ou são conceitos distintos?
Luiz Edmundo Rosa - Eles se alternam nas organizações. As empresas hora utilizam um conceito, hora utilizam outro, mas com o mesmo significado.
Tem sido muito complicado para as organizações formarem equipes com profissionais engajados?
É o grande desafio nas empresas hoje. Não é fácil, pois as condições de engajamento são complexas. Vão além da relação líder e liderado. A grande questão é: como vou trabalhar para obter engajamento em uma empresa se a proposta da empresa não atende aos valores da pessoa. Engajamento é quando você (a empresa) toca no coração das pessoas. Não é um atributo no brasileiro e sim das pessoas. Um exemplo são as escolas de samba – todos estão engajados para o sucesso da escola. É o lema um por todos e todos por um.
Quais os principais fatores que contribuem para o engajamento de um profissional?
Em primeiro lugar a adequação dos valores e cultura da empresa, aos sonhos do colaborador. Os colaboradores que não sentem essa adequação questionam: que prazer eu tenho de trabalhar na empresa se ela trata mal os clientes e os funcionários?
O líder é o segundo ponto. Como ele me trata, como estou sendo aproveitado, como o meu líder está trabalhando minhas dificuldades? Quais as minhas chances de erro? A cultura da empresa é fundamental no engajamento.
E em terceiro lugar a relação líder e liderado. O líder consegue resolver os problemas? Muitas vezes o problema não é do líder, mas da empresa que não tem colaboradores alinhados com seus valores e cultura.
Um talento engajado pode ser confundido com um workaholic?
Não necessariamente. O workaholic é um obcecado pelo trabalho. Engajamento é o comprometimento com o sucesso da empresa.
Podemos mensurar o engajamento por níveis?
É difícil mensurar. É preciso conciliar o desejo e o resultado. Muitas vezes as pessoas estão engajadas com a ideia e não com a ação e o resultado final.
Qual o nível de proximidade entre engajamento e a alta performance?
Só existe quando os indivíduos têm condições (qualificação técnica), competência para alta performance. Você mede o engajamento pela evolução e não pelo resultado final. É muito difícil ter alta performance sem engajamento, mas é possível ter engajamento sem alta performance.
Como manter engajados talentos de alta performance?
Talentos precisam de desafios constantes. Não podemos manter o mesmo padrão sempre. Ele está preparado para um desafio cada vez maior, tendo a chance de aprender coisas novas e mostrar valor.
Em sua opinião, o que um talento engajado espera da organização em que ele atua?
Reciprocidade, respeito, reconhecimento, confiança, oportunidade para fazer algo a mais, diferente.
Como conquistar o comprometimento da equipe e eliminar a frustração corporativa?
Criando um propósito para a equipe. Muitas vezes você vê um time de futebol que não está legal. O líder (técnico) é quem constrói a visão, mostra como fazer. O senso de propósito é o líder quem dá para que a equipe sinta que pode transformar a visão em algo a mais. É o líder que passa que todos estão no mesmo barco e que podem avançar e melhorar juntos.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

VOCÊ JÁ DESCOBRIU A SUA RAZÃO SOCIAL?


Por Bruno Correia
Este artigo foi redigido após assistir o Documentário "Quem se Importa", que trata do empreendedorismo social ao redor do mundo, vale a pena e recomendo.
Como todos sabem, a razão social é denominação legal que identifica uma empresa perante a Junta Comercial do seu estado,  ou seja, o nome oficial da entidade e que não precisa ser necessariamente o mesmo nome pela qual a empresa é conhecida pelos consumidores, este é conhecido pelo nome fantasia.
Mas hoje não falaremos da pessoa jurídica e sim da pessoa física, convido os leitores a refletir sobre a sua Razão Social pessoal, diante das reais demandas da sociedade e como podemos utilizar nossas potencialidades para interagir com a sociedade.
Escrevo este artigo logo após assistir o longa metragem “Quem se importa”, documentário sobre empreendedorismo social, filmado em sete países que traz para cena personalidades internacionais como Muhammad Yunus do Gremeen Bank e (Nobel Paz 2006), Bill Drayton da Ashoka e Mary Gordon da Roots of Empathy Canadá, junto com brasileiros como o Joaquim Melo do Banco Palmas, Wellington Nogueira da Doutores da Alegria mais de uma dezena de cidadão que resolveram fazer a diferença no mundo, e que passaram de figurantes da sua própria estória (com “E” mesmo), à diretores da história de milhares de pessoas ao redor do planeta. Este documentário me fez refletir e questionar sobre qual é o mundo nos queremos, e a pergunta que não quer calar é qual é a minha Razão Social.
Segundo dicionário Aurélio, “razão sf.1.motivo legítimo; faculdade de avaliar; julgar; ponderar ideias universais; raciocino, juízo.” e “social adj2g. 1. Da sociedade, ou relativo a ela.” Neste contexto poderemos afirmar que Razão Social de uma pessoa é tão somente o motivo legitimo desta, frente à sociedade a qual esta inserida. Em momento algum, faremos qualquer juízo de valor no que se refere ao que é certo ou errado, ou ao que cada um deveria fazer e ou deixar de fazer. Esta analise é de caráter pessoal e deverá estar embasada na sua Razão Social.
Seria ingênuo da minha parte, achar que todos nos temos conhecimento, habilidade e atitudes para sermos Empreendedores Sociais, e não é este o objetivo deste artigo. Trago ao cerne da questão a reflexão das pequenas atitudes diárias que podem ser relevantes sob o ponto de vista da coletividade, estas ações estão coerentes com a minha Razão Social?
Se você demorou em responder ou esta em dúvida, este é o momento ideal para fazer um balanço. Convido-lhes a fazer uma análise dos seus pontos forte e fracos e identificar possíveis oportunidades e ameaças (análise SWOT). Entretanto se sua resposta for afirmativa parabéns, você entendeu o real significado de viver em sociedade descobriu que a soma das parte é maior que o todo e que se cada um individualmente fizer o que é possível, o impossível será só uma questão de tempo para ser realizados. Como disse Karen Tse daInternational Bridges for Justice Suiça,“Noutro século, as pessoas diziam que era impossível acabar com a escravidão, mais um grupo de pessoas disse “vamos acabar com a escravidão”. Quando as demandas sociais passam a compor a Razão Social de pessoas, o engajamento fará a diferença nas suas vidas e contribuirão para a vida de todos na sociedade.
E você? já sabe qual a sua Razão Social?

quarta-feira, 27 de março de 2013

O quanto você é dependente da sua vaquinha?

Por Marcio Okabe

Ouvi de uma amiga de Salvador uma estória que pode ser uma excelente metáfora para gerar mudanças em muitos empreendedores.
A história do monge e a vaquinha
Quantas vezes não aconteceu algo parecido com você?
A estória é sobre dois monges, um aprendiz e outro muito sábio, que foram visitar um sítio bem pobre no qual morava uma família. O monge mais velho falou para o aprendiz que ele deveria fazer o que fosse pedido sem questionar.
Chegando na humilde casa, notaram que a família era composta por um casal e três filhos. Eles estavam mal vestidos e claramente passavam necessidade. O monge mais velho então perguntou para o pai de família o que eles faziam para sobreviver.
Ele respondeu que tinham uma vaquinha que apesar de magrinha, dava o sustento necessário para irem tocando a vida. O monge agradeceu e se despediu da família.
Ao saírem da casa, o monge mais sábio falou para o aprendiz “Pegue a vaquinha e jogue-a do precipício.”
O aprendiz arregalou os olhos e tentou questionar que a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela humilde família. Porém, ao perceber o olhar do mestre, cumpriu a ordem a contragosto.
Depois de alguns anos, o monge mais novo ficou com remorso e decidiu voltar ao mesmo sítio para ver o que tinha acontecido com a família. Chegando lá, notou que o jardim estava florido e com vários animais, incluindo diversas vaquinhas.
Ao entrar na casa ele percebeu que tudo havia mudado, porém era a mesma família. Então ele questionou:
- Puxa, percebemos que a vida melhorou bastante para vocês, o que houve?
E o pai de família respondeu:
- Depois que vocês foram embora há alguns anos, a nossa vaquinha caiu do precipício e morreu. Achamos que seria o fim do mundo, mas tivemos que nos adaptar e descobrimos habilidades e competências que não conhecíamos em nós mesmos.
Aquele acidente nos forçou a buscar oportunidades e novas fontes de renda que não havíamos pensado enquanto estávamos satisfeitos com a vaquinha.
Moral da história
Todos nós temos uma vaquinha, porém em alguns momentos é necessário matá-la para abrir espaço para novas oportunidades.
Esta história me marcou bastante, pois percebo que ao longo de mais de 10 anos como empreendedor já matei muitas vaquinhas ao longo do tempo, o que me fez correr atrás de novas oportunidades.
E você? Já matou sua vaquinha?

segunda-feira, 25 de março de 2013

A importância do Coaching para um grande homem de negócios


ERIC SCHMIDT: Um Coach realmente ajuda.
Presidente da Google entrevistado por Adam Lashinsky, 
Revista Fortune – 8 de julho/2009
A revista Fortune perguntou a 22 das pessoas mais bem sucedidas 
do mundo: “qual o melhor conselho que você já recebeu?” 
Eric Schmidt respondeu: “Um que me vem à mente é ter um Coach. 
Um jovem membro, John Doerr, em 2002 disse: Meu conselho para 
você é ter um Coach. E eu disse: Bem, eu não preciso de um Coach, 
sou um CEO estabilizado, para que precisaria de um Coach, tem algo 
errado? Ele disse: Não, não, você precisa de um Coach, todo mundo 
precisa de um Coach. Então, Bill Campbell se tornou meu Coach 
e serviu muito bem ao Google. Todo atleta famoso, todo artista famoso 
tem um Coach, alguém para observar o que está fazendo e perguntar: 
É isso mesmo que você quis dizer? Você fez isso mesmo?, dar a eles 
uma perspectiva. Uma das coisas que as pessoas nunca são boas é 
olhar para elas como os outros as enxergam.”

O que as grandes pesquisas falam sobre o Coaching para executivos e empresas:
Estudos divulgados na Revista Fortune, mostram 
que o retorno do investimento no Coaching (ROI) 
é muito alto para as empresas.
Executivos que passaram pelo processo de Coaching classificaram o retorno
quantitativo em 6 vezes o valor do investimento. Algumas melhorias apontadas
como resultado do Coaching:
- Melhor relacionamento com subordinados 77%
- Melhor relacionamento com chefe 71%
- Melhor relacionamento com pares 63%
- Aumento da satisfação com o trabalho 61%
- Aumento de comprometimento 44%
Fonte: Revista Fortune


MAURICIO HASBENI DE MELO
Advogado Especialista em Direito Empresarial pela FGV.
Life Coach e Analista Comportamental pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC)
Criador e Coordenador do Clube do Empreendedor.
Consultor para pequenas e médias empresas.
Coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Humano ENGENHARIA DO SUCESSO
 
No mundo existem 3 tipos de pessoas:
As que fazem as coisas acontecerem;
As que seguem as pessoas que fazem;
E as que se perguntam o que aconteceu
.

quinta-feira, 21 de março de 2013

As Regras do General Colin Powell


DICAS DE LIDERANÇA

  1. Nada é tão ruim quanto parece. Amanhã de manhã vai parecer bem melhor.
  2. Fique furioso e depois esqueça.
  3. Evite ter seu ego completamente vinculado à sua posição – afinal, sua posição pode cair.
  4. Isto pode ser feito!
  5. Tenha cuidado com o que você escolhe, porque pode acabar conseguindo.
  6. Não deixe fatos negativos impedirem uma boa decisão.
  7. Não tome as decisões pelos outros. Não deixe os outros tomarem as decisões que são suas.
  8. Cheque os detalhes.
  9. Compartilhe o crédito.
  10. Mantenha-se calmo. Seja gentil.
  11. Tenha uma visão. Seja exigente.
  12. Não aceite conselhos dos seus medos, ou dos pessimistas.
  13. Otimismo permanente é um multiplicador de forças.
 (Fonte: Crescimento Pessoal & Motivação®)

quinta-feira, 14 de março de 2013

Coaching – O que você precisa saber sobre este processo

Por José Roberto Marques


Coaching é um processo que utiliza técnicas, ferramentas e recursos de diversas ciências. Coaching é um mix de recursos e técnicas que funcionam em ciências do comportamento (Psicologia, Sociologia, Neurociências, Programação Neurolinguística) e de ferramentas da Administração de empresas, Esportes, Gestão de Recursos Humanos, Planejamento Estratégico, entre outros.

É um processo que produz mudanças positivas e duradouras. Conduzido de maneira confidencial, individualmente ou em grupo, o Coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos individuais sejam os desenvolvidos ou os de melhoria, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas/profissionais possam conhecer e atingir seu potencial máximo, e com isso, alcançar suas metas.

Como o Coaching funciona?

Coaching é uma metodologia que busca atender as seguintes necessidades: atingir objetivos, solucionar problemas e desenvolver novas habilidades. O Coaching é um processo de aprendizagem e desenvolvimento de competências comportamentais, psicológicas e emocionais direcionado à conquista de objetivos e obtenção de resultados planejados.

Para ser compreendido de forma mais clara, pode ser comparado à aliança de sucesso entre um técnico desportivo (coach) e seus atletas (coachees). Em resumo: "Coaching é a parceria entre coach (profissional) e cliente (coachee) onde acontece um processo estimulante e criativo que inspira e maximiza o potencial pessoal e profissional do cliente".

O que faz um Coach?

O Coach é o profissional especializado no processo de Coaching. Pode ser considerado um treinador que assessora o cliente (coachee), levando-o a refletir; chegar a conclusões, definir ações, fazer uma melhor organização do tempo, e principalmente a agir em direção ao alcance de seus objetivos, metas e desejos pessoais e profissionais. A essência do Coaching está em fornecer suporte para uma pessoa mudar da maneira que deseja, assim como auxiliar a seguir na direção desejada.

Quando uma empresa deve buscar processos de Coaching?

Uma empresa deve buscar o trabalho de um Coach quando necessita:
- Gerar novos comportamentos e atitudes voltados para resultados.
- Desenvolver a comunicação entre as pessoas, ampliando a sinergia e a confiança. 
- Harmonizar os relacionamentos internos, resolver conflitos entre pessoas ou equipes. 
- Ampliar a produtividade dos colaboradores e das lideranças. 
- Elevar os índices de Satisfação no Trabalho, Motivação e Felicidade. 
- Aumentar as vendas e consequentemente o faturamento. 
- Desenvolver Equipes de Alta Performance.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ética para quê?


Por Carlos Miranda
Mudar a situação de que tanto reclamamos depende de abandonarmos nossas pequenas atitudes desonestas e corruptas...

Você, assim como eu, nunca deve ter ouvido e lido tantas discussões a respeito de ética. 

Estamos vivendo um tempo em que a transparência, a liberdade de expressão e as novas formas de comunicação e conexão social propiciam maior exposição a temas que sempre existiram. 

No entanto, mesmo com a sociedade reagindo e “botando a boca no trombone”, fico extremamente preocupado ao verificar o que estamos fazendo de concreto para mudar o quadro. 

Apesar de gerar indignação e protestos – mas não catalisar mudanças –, essa avalanche de notícias de escândalos, corrupção e acidentes facilmente evitáveis é tratada como se tivesse acontecido em um país distante ao qual não pertencemos e, ainda mais, sobre o qual não temos a menor responsabilidade. 

Infelizmente, a desonestidade e a corrupção, base de grande parte de nossos problemas, existem e ainda são largamente praticadas nas relações mais básicas de nosso dia a dia. 

Mudar essa situação, de que tanto reclamamos, não depende de grandes revoluções, povo na rua ou caras pintadas, mas fundamentalmente de abandonarmos os pequenos atos desonestos e corruptos que praticamos. 

Lamentavelmente, em nosso país ainda encontramos aqueles que, por não concordarem com as leis, com a carga tributária ou com o rigor de determinadas regras estabelecidas para uma boa convivência social, preferem desobedecer, sem perceber que isso é tão imoral quanto a atitude dos políticos corruptos que tanto criticamos. 

Parar com essa prática de “interpretar” as regras de acordo com a nossa conveniência e de corromper as leis e as autoridades, por menor que seja o grau, é a grande “revolução” que podemos fazer imediatamente. E isso vale para tudo. É um pacto que deveríamos estabelecer, independentemente de quanto isso possa ser difícil para alguns. É o “sacrifício” que uma revolução exige. 

Isso significaria pagar impostos corretamente, assumir e aceitar uma multa por excesso de velocidade, independentemente das consequências, não tentar “livrar” um filho do serviço militar pedindo para um “pistolão”, não comprar produtos piratas, não “cortar” os outros no trânsito, por mais atrasados que estejamos. Enfim: respeitar e cumprir 100% das leis de nosso país, sem se importar se as outras pessoas fazem o mesmo ou não. 

Só assim poderemos esperar que, por meio de nossos exemplos, surja uma geração que veja a corrupção como algo estranho e anormal. 

Nesse pacto, o novo empreendedor terá papel fundamental, agindo de forma ética, não permitindo nenhuma espécie de desvio de conduta em seus negócios e, acima de tudo, espalhando a nova onda para todos os seus parceiros de negócios. 

Dessa forma, poderemos ter esperança de um dia deixarmos de assistir todos os dias a cenas protagonizadas por policiais corruptos ou políticos que, em vez de terem curriculum vitae, têm folha corrida e, principalmente, a tragédias como a de Santa Maria.