Por Raúl Candeloro - Revista Liderança
É muito raro encontrar, no mundo empresarial, histórias de sucesso de empresas que não tiveram de se reinventar em algum momento, seja porque uma crise causou a mudança, seja porque alguém previu a crise e mudou antes dela acontecer. De qualquer forma, essa reinvenção é necessária – o mercado muda e a empresa precisa mudar também. Se uma das definições mais aceitas de inteligência é justamente a capacidade de se adaptar, então inteligência empresarial passa também por esse processo.
Existem, porém, alguns empecilhos. Se mudar fosse fácil, mudaríamos todos e raramente veríamos empresas desaparecerem. Pensando sobre esse assunto, encontrei esta lista do especialista Jim Meisenheimer, a qual mostra o motivo da quebra de muitas companhias e que considero especialmente importante de compartilhar (livremente adaptada, editada e comentada).
- Falta de adaptação ou incapacidade de aceitar novas ideias e formas de fazer as coisas.
- Não ser autêntica, ou seja, tentar ser igual e copiar o que os outros estão fazendo. Falta de personalidade e de diferenciação no mundo empresarial mata.
- Falta de comprometimento. Existe uma diferença imensa entre estar 99% e 100% comprometido com alguma coisa.
- Falta de emoção. Ralph Waldo Emerson disse: “Nunca nada grandioso foi conquistado sem entusiasmo”. Paixão é um dos pré-requisitos do sucesso.
- Não ser convincente. Toda empresa tem uma história para contar aos seus clientes sobre por que eles deveriam preferi-la à concorrência. Quando a empresa não tem essa história ou não sabe contá-la direito, quebra.
- Falta de alegria. Nada afunda mais rápido uma empresa do que a falta de alegria da equipe, tanto no relacionamento interno quanto com clientes. Empresas mal-humoradas raramente prosperam.
- Falta de segurança. Se você não tem certeza de algo, então não espere que os clientes tenham.
- Falta de objetivos claros. Empresas que prosperam sabem exatamente o que querem e para onde estão indo.
- Falta de profissionalismo. Se o mercado muda e novos conhecimentos, processos e novas ferramentas surgem, vence quem aprende mais rapidamente a aumentar sua eficiência com o que existe de novo.
- Falta de consistência. Como diria Jim Collins, “o maior sinal de mediocridade é a inconsistência”. Começa-se uma coisa, depois outra e nenhuma delas é realmente finalizada. Empresas de sucesso são consistentes.
Se eu fosse colocar mais um item nessa lista, seria o MPPA – Muito Papo e Pouca Ação –, ou seja, falar muito e agir pouco (execução é fundamental – leia Execução: a disciplina para atingir resultados, de Ram Charan, se quiser saber mais sobre o assunto).
Outro item poderia ser o contrário do anterior: MAPP – Muita Ação e Pouco Planejamento (a famosa síndrome da barata tonta).
E você, o que colocaria na lista de causas de fracasso das empresas?
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